Capítulo 53

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Anne

Loki havia me deixado sozinha naquela sala, totalmente perdia e sem rumo. Eu não tinha a menor ideia se o corredor estava seguro, nem a certeza que teria tempo suficiente para construir alguma coisa. A verdade é que eu estava muito zangada. Pensei que Loki finalmente estivesse mudando...que faria a coisa certa no fim. Mas é claro que ele não era corajoso suficiente para isso.

—— Tá legal, eu só preciso voltar até a cela, a mesma que tanto custei para sair. – Repito aquela frase mentalmente várias vezes, tentando me convencer de que não era o plano mais estúpido que já pude cogitar...

— Mais é claro que ele tinha que sair e me deixar com a parte mais difícil do plano, o que eu estava esperando? É do Loki que estamos falando não é ?

Dou passos cautelosos para dentro da cela, tomando todos os cuidados possíveis para não fazer barulho. — Tudo bem, eu sou uma Stark, isso não vai ser difícil. – Balanço a cabeça sutilmente voltando minha atenção para o material deixado sob a mesa.

Não eram lá os melhores tipos de armamento, nem a melhor tecnologia da terra. Mas por hora teria de me servir em alguma coisa.

— Eu preciso sair desse lugar, e não vai ser necessário uma armadura pra isso, até por que não tenho tempo. – Falo entre pensamentos. — Talvez o Loki tenha razão, talvez  eu realmente só precise construir algo que me ajude a escapar. descer por essa janela, sem quebrar nenhum osso no percurso.

Junto alguns dos dispositivos de armas em meu pequeno protótipo de mão que havia feito mais cedo. A ideia era simplesmente fugir, evitar qualquer tipo de conflito ou lutas perigosas, mas por via das dúvidas, eu não podia deixar de ter algo para minha defesa em mãos.

— O que está fazendo ? – Loki surge por trás de minhas costas me arrancando um grande grito abafado.

— Ficou maluco ? – Susurro irritada. — Você quase me matou do coração. O que é que está pretendendo fazer ? Me causar uma parada cardíaca? Por que se for esse o plano saiba que quase deu certo! – Rosno.

— Para de ser dramática. – Ele revira os olhos. — Eu descobri informações importantes. – Fala sério. — O imbecil do seu pai está aqui, e não vai demorar até que todos os outros vingadores bocos apareçam também. Seja lá o que você pretende fazer menina tem que fazer depressa. Eu não posso te levar pra fora desse lugar.

— E por que não? agora você é um tipo de agente duplo por acaso ? Achei que o combinamos era que você voltaria para me ajudar. – Arqueio uma sombrancelha para Loki que faz careta.

— Eu não sou agente duplo, e continuo não sendo seu amigo ! Só estou fazendo o que acho certo. – da de ombros. — Mas se você não sair daqui depressa as coisas vão ficar bem feias para o seu lado.

— Eu não entendo, acabou de dizer que meu pai está aqui, e que os vingadores. estão a caminho. Onde está a minha desvantagem ?

— Será que ainda não percebeu garota ? O seu pai é a chave de tudo isso ! Os gêmeos lá embaixo, não faziam a menor ideia que estavam sendo manipulados pelo rei do crime. Eles não vão ter uma vingança, não vão matar o seu pai, tudo não passa de uma mentira, uma desculpa inventada pelo grandalhão para que conseguisse aquilo que ele quer. 

— E o que ele quer ? – Pergunto confusa.

— Ele quer o Stark vivo, quer o usar para construir a pior e mais temida arma de destruição em massa que a humanidade já viu. Uma inteligência artificial capaz de se locomover pelas redes de internet. Um ser de poder grande, capaz de conter a energia de relíquias antigas. Eles o chamam de Ultron do infinito.

Durante todo aquele tempo que conheci o Loki, jamais havia notado em seu rosto tamanha preocupação. Sua intonação de voz era seria e cautelosa. Era possível sentir a tenção espalhada por cada palavra que saia de seus lábios. E foi ali, naquele instante, que percebi o tamanho da encrenca que estava prestes a me meter.

— Ultron do infinito...mais que...que história mais doida é essa ? – Gaguejo.

— Ele se chama Ultron, e o seu querido padrasto junto ao grandalhão lá embaixo, pretendem acoplar a ele três jóias do infinito, relíquias de milhares e milhares de anos de existência, de poder incomensurável e devastador. Uma vez que um ser robótico estiver em posse de tamanho poder, ele poderá ser capaz de destruir essa cidade em um piscar de olhos. E se vier a conseguir as seis jóias... então ele irá poder destruir o mundo apenas com um pensamento.

Uma sensação de pânico e desespero se instala em meu peito com aquela notícia. Sinto todas as minhas forças indo embora completamente de modo que preciso me apoiar em meus joelhos puxando o ar lentamente.

— Isso não pode acontecer...o meu pai jamais faria isso, ele não vai construir uma coisa desse tipo. – Soluço.

— Ele faria qualquer coisa para assegurar que ficará segura...

— Não, não, não, não... Isso só pode ser algum tipo de piada, não tem como isso estar acontecendo, não dá. – Respiro fundo tentando manter a calma desesperadamente. — Você tem que fazer alguma coisa, tem que me ajudar a sair daqui, se eles chegarem até mim vão me usar como um objeto de chantagem e então tudo está perdido.

Loki balança sua cabeça sutilmente em negação aumentando ainda mais meu desespero. — Eu queria poder ajudar mas não posso ...

— É claro que você pode. – Rosno. — Me ajude a sair daqui, ajude-me a chegar até o meu pai antes que ele chegue até mim. – Imploro. — que se dane esse disfarce de agente duplo...se não fizer nada todos nós vamos morrer. Seu irmão, o meu pai,  o Peter, a Nat, Eu, você...TODO MUNDO. Será que ainda não entendeu essa parte ?   – Pego um dos objetos sob a mesa arremessando contra Loki em uma atitude desesperada, sendo surpreendida quando vejo o objeto o atravessar, como se estivesse olhando para um fantasma.

— Aí meu Deus.... Vo- você está morto ?

O meu pai é o Tony Stark Onde histórias criam vida. Descubra agora