Influence - [Shawn Mendes]

81 - Presente de Natal.

SHAWN'S POV

Era nove da manhã quando Sarah anunciou que sua mãe havia comprado três passagens para Nova Iorque.

— O quê? — pergunto animado ao quase me engasgar com o meu café.

— O Natal será na casa da minha irmã e vocês estão convidados! — ela sorri e eu cubro sua coxa, contente.

— Não! Eu tenho que voltar para casa... — Santana checa o seu celular e olha para nós. — Minha avó quer que eu vá com vocês... Por que? Até quando vamos ter que nos esconder?

— Era sobre isso que eu ia falar com vocês agora. — Sarah suspira e envolve sua xícara com suas mãos, em um ato nervoso. — Uma investigação policial iniciou. Meu pai alegou ser uma ameaça à ele, como quando invadiram a nossa casa e vai ser lidado dessa forma.

— Ele realmente torna tudo sobre si mesmo, não é? — Santana murmura.

— Na verdade, essa é a melhor estratégia para termos algum tipo de justiça policial. Nós não estamos lá para prestar depoimentos e... um ataque a um prefeito é levado mais a sério. — defende e Santana e eu a observamos. — Eu não sei se eles vão conseguir alguma coisa ou se... — suspira e enterra a cabeça na mesa. — Isso é exaustivo.

— Eu sei, meu bem. — eu acaricio as suas costas. — Mas talvez seja hora de deixar os profissionais trabalharem.

— É, talvez a gente já tenha se metido demais... — Santana murmura ao me olhar.

— Que horas é o vôo, hum? — pergunto ao por uma mecha sua atrás da orelha, na tentativa de acalma-la com um pouco de carinho.

— Seis da tarde. — ela me olha e eu sorrio, beijando o topo de sua cabeça.

— Então vamos arrumar os nossas coisas, almoçar e ir. Pode ser? — ela assente, então terminamos nosso café ali em silêncio.

E como planejado, seguimos a manhã. Nos organizamos, pedimos almoço e dividimos a garrafa de vinho que havia sobrado.

Só que mesmo que estivesse em meus planos, trazer conforto a Sarah foi um dos meus objetivos que eu nem cheguei perto.

Eu estava feliz em voltar a Nova Iorque. Era a minha casa, onde eu me sentia o mais eu mesmo possível e isso era bom, só que... não havia o que eu dissesse que trouxesse a Sarah um pouco dessa minha felicidade.

Quando saímos do avião, somos recebidos por Ellen e foi nesse instante que eu pude ver minha namorada sorrir pela primeira vez no dia.

Suspirei e peguei a mochila que Sarah acabou jogando no chão para abraçá-la. Santana a cumprimenta um tanto envergonhada, e eu me aproximo para abraçá-la com cuidado.

Sua barriga já aparecia e isso atraiu toda a atenção de Sarah. Fomos até o carro e só nesse momento percebi que... não tinha como nós três ficarmos na casa de Ellen.

— Santana e eu podemos ficar na minha casa. — digo engolindo em seco ao tocarmos no assunto.

Eu pego meu celular e pesquiso por Manny. Noto Sarah me observar do banco da frente e eu forço um sorriso.

— Com certeza não tem problemas. Temos um quarto de hóspedes para ela e eu tenho o meu.

— Eu adoraria conhecer o teu pai. — seu tom era traiçoeiro.

— Ou podemos dar um jeito... — Sarah tenta encontrar uma alternativa.

— A mamãe e o papai vão ficar lá em casa, Sarah. — Ellen comenta. — Tu já vai ficar com o sofá. — ela torce o nariz e Sarah suspira.