Acordo antes do despertador tocar e fico encarando-o até às 06:58 virarem 07:00.
Como estava chovendo, Brian me mandou uma mensagem dizendo que me buscaria em casa e chegaria às oito, então simplesmente faço minha higiene, coloco uma saia rosa até o joelho, uma blusa branca, uma jaqueta jeans e uma bota de cano baixo.
Tomo o café da manhã com meus pais, pego meu almoço e corro para o carro, já que Brian já estava me esperando a alguns minutos.
Eu lhe dou um beijo na bochecha e seguimos o caminho, enquanto puxava uma mecha de cada lado de meu cabelo, as juntava atrás e as prendia com a colinha que já estava em meu pulso.
— Eu tenho treino no primeiro período, então não vou entrar no prédio contigo. — ele quebra o silêncio.
— Tudo bem.
— O que significa esse tempo que tu vai passar com aquele delinquente?
— Nada, oras. Eu só vou fazer um favor ao meu pai.
— Por que tu aceitou? Por que seu pai achou isso uma boa ideia?
— Talvez ele ache que eu tenha o que oferecer.
— Tu não vai se oferecer pra ele. — eu rio.
— Não a mim, idiota. Talvez quanto mais Shawn conviva comigo, mais ele perceba que suas atitudes hostil não o levarão à lugar algum.
— Eu não confio nele. — ele diz quando já estávamos entrando no estacionamento.
— Eu também não. — beijo seus lábios. — Mas não te preocupa, eu sei me cuidar. E tu confia em mim, certo?
— Ãhm... claro que sim.
— Te amo. — então saio do carro e vou em direção ao prédio, correndo por conta da chuva.
Como eu não sou a pessoa mais delicada desse mundo, acabo escorregando ao entrar no corredor e quase caio. A única coisa que me livrou do provável mais vergonhoso tombo, foi justamente quem eu menos queria chegar perto.
— Ótima tática. — ele diz com um sorriso sorrateiro.
Me solto de seus braços, pego minha bolsa do chão e arrumo minha blusa.
— Do que tu tá falando, Shawn?
— Essa coisa de cair na minha frente pra eu te ajudar. Ótima tática.
— Eu nem te vi, pelo amor... — reviro os olhos.
— Mas não precisa fazer isso. Eu não sou tão inacessível...
— É sério que tu vai continuar com isso?
— ...até por que eu já vou ter que aparecer na tua casa hoje. — ele diz alto demais e algumas pessoas nos olham. — Ah, me desculpa. Esqueci que tu tem namorado. — ele diz em forma de deboche.
— Cala a boca, por favor.
— E é filha do pastor. — ele diz rindo, como se tivesse alguma graça.
— Me deixa em paz. — eu tento passar por ele, mas ele me segura.
— Com todo o prazer, só deixa que eu vou embora antes. — ele diz se afastando ainda de frente para mim.
— Por que...?
— E não se esquece de colocar alguma coisa bem sexy pra me esperar. — ele diz à uns seis metros de mim, segurando sua mochila em um ombro. Meu corpo todo se efervesce, mas não do modo que ele gostaria. Era raiva.
Ele some no meio das pessoas e muitas delas me encaram e cochicham, mas ninguém poderia falar nada.
Não era como ser filha do meu pai me tornasse popular, mas a regra era clara: não mexa com a filha do pastor.
O único detalhe era que Shawn parecia não ter percebido isso ainda.
Sigo meu caminho até o banheiro de cabeça levantada.
— Que merda foi essa? — me assusto. Era Clarissa.
— Tu viu?
— S, todo mundo viu. O que foi aquilo? Era o Shawn Mendes? O que aquilo significou? — ela para um estante, mas não me deixa responder. — Meu Deus, Sarah Evans, tu perdeu a virgindade e não me contou?
— Primeiro! Para de falar um pouco. Respira garota. Segundo... eu nunca transaria com aquele garoto, pelo amor. — ela levanta uma sobrancelha.
— Até eu transaria com ele, tu já notou aqueles braços?
— Eu tenho namorado, garota.
— Tá, e eu tenho namorada e pegaria ele fácil. — eu rio dela. — Mas tu ainda não me explicou o que aquilo significou!
— Aquilo significou absolutamente nada. O negócio é o seguinte. — a puxo mais para o canto que estávamos e via os corredores se esvaziarem. — Vou ser rápida por que já vai bater o sinal.
— Só fala logo.
— Meu pai o pegou fazendo umas merdas e como ele já tinha duas notificações de atenção...
— Espera aí. Duas? Ele tá aqui à dois meses.
— Exatamente. O garoto é problema.
— Continua.
— Então, acho que meu pai ficou com pena e em vez de lhe dar mais uma notificação, ele meio que vai ter que me ajudar a construir meu Stingray 63.
— Teu o que?
— O Corvette.
— É... — ela expressava não entender.
-A porra do meu carro, Clarissa.
— Meu Deus, S. Ele vai te ajudar no carro?
— Pelo jeito...
— Mas tu não deixa ninguém tocar naquele carro.
— Não é bem assim.
— É bem assim, sim. Tu nunca me deixou testar ele.
— Óbvio que não, tu iria destruí-lo.
— Viu? Tu é superprotetora com ele. Isso não vai funcionar.
— Vai ter que funcionar e o mais rápido possível. Meu pai só vai libera-lo quando perceber alguma mudança nele.
— Isso não vai dar certo. — ela balançava a cabeça negativamente.
— Para! Vai sim. E tu vai ver. — o sinal bate. — Geografia?
— Sim. Dona Sullivan. — ela diz fazendo uma cara de nojo e eu rio. Parece que ninguém gostava dela, mesmo.
— Vamos.
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Influence - [Shawn Mendes]
ФанфикNão era como se ter um relacionamento com Shawn Mendes fosse possível. Ele é o típico garoto novo da cidade que ganha os olhares de todos por onde passa, mas ele só fala comigo por que meu pai, o pastor, o obrigou a me ajudar na construção de meu co...