A última hora fica passando-se repetidamente em minha cabeça. Cada frase, cada movimento, cada detalhe.
Existe um grupo de pessoas armando-se para tirar meu pai do poder, destruir sua imagem e consequentemente a da minha família... e ainda querem minha ajuda para isso.
Mesmo comparecendo à missa todos os domingos, minha religiosidade nunca foi a das mais admiráveis e eu começo a me arrepender disso por não conseguir lembrar da cruz que eu cuspi para receber esse castigo.
Eu finalmente desbloqueio meu celular enquanto caminho pelas ruas escuras da cidade e noto quase inacreditáveis trinta e duas ligações de Shawn assim que avisto sua casa, então decido ir até ela ao invés de descer mais até a minha.
Quando subo sua escadaria tento achar a chave reserva que eu tenho certeza que Sônia deixou para o sobrinho, considerando sua falta de responsabilidade. Eu a encontro depois de uns minutos em baixo de uma decoração em um vaso de flores do jardim, então entro na casa.
O hall de entrada parece mais frio que o comum e a esse ponto, meu queixo já estava doendo de tanto tremer.
Eu não tenho certeza do que eu vim fazer aqui, mas voltar para minha casa não era uma opção e de qualquer forma, Shawn estará aqui em algumas horas.
Abro a porta janela e me direciono para a casa da piscina, entrando nela e ligando a luz.
É a terceira vez que eu venho aqui e os sentimentos que me surgem ao ver sua cama são tumultuosos e conflitantes entre ódio ao lembrar de Chiara e uma vontade incrível de vê-lo ao lembrar do que ele fez comigo ali.
Dou uma volta pelo cômodo e mexo em alguns de seus pertences. Me admiro por seu gosto musical variada de Drake a John Mayer, o teclado no canto e o violão empoeirado ao lado dele. Talvez ele toque...
Abro sua gaveta e pego um de seus moletons, então vou até seu banheiro e acho seu perfume, dando dois jatos no tecido antes de tirar toda a minha roupa e vesti-lo.
Eu acabo dormindo rápido ao me deitar em seu colchão.
***
— Ei... — meu ombro é balançado e sinto lábios rocarem-se nos meus. — Sarah, tu me assustou.
— Shawn? Oi... oi, eu... — me sento e o abraço por um longo e relaxante tempo. — Desculpa ter vindo... — sussurro e ele segura meus ombros para me olhar.
— Desculpa? Obrigado por ter vindo. Eu tava quase me desesperando... eu não conseguia me lembrar do endereço que eu vi na mensagem... eu invadi o teu quarto e a tua mãe quase me viu. Por que tu não me atendeu?
— Shawn, aquilo foi uma loucura.
— Então, tu foi mesmo? — sua expressão se fecha.
— Eu não quero discutir. — lhe olho e ele suspira.
— Mas quer me contar o que aconteceu?
— Agora não. Só me abraça. — digo e ele o faz, apertando seus braços em torno de mim.
— Tudo bem. — ele diz baixo, acariciando meus cabelos. — Eu to feliz em te ver. — ele segura o meu rosto e me beija. — Tu vai ficar aqui até de manhã?
— Que horas são?
— Quatro e meia. — diz e eu assinto.
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Influence - [Shawn Mendes]
Fiksi PenggemarNão era como se ter um relacionamento com Shawn Mendes fosse possível. Ele é o típico garoto novo da cidade que ganha os olhares de todos por onde passa, mas ele só fala comigo por que meu pai, o pastor, o obrigou a me ajudar na construção de meu co...