24 - Aquela coisa de ser vadia.

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— Tá, te liga. — me viro pra trás antes da aula começar.

— O que foi? — Clary tira os fones de ouvido.

— Brian desistiu de mim e o Shawn foi um escroto. Então, to sem pretendentes e acho que to afim de fazer aquilo que me disse pra fazer?

— Espera um pouco! Quando tudo isso aconteceu? — dou de ombros. Não iria contar sobre a noite passada, então ela suspira. — Ok, mas que coisa? — pergunta desconfiada.

— Aquela coisa de ser vadia.

— Sarah! Tu tá brincando comigo?

— Eu to cansada de drama e quero me sentir livre dos dois, quem sabe a gente não vai assistir ao show de Lea e eu tento me soltar.

— Eu vou cantar, não vou poder te cuidar.

— Não precisa, eu me viro sozinha, só quero teu apoio.

— Eu te dou total e absoluto apoio. — ela sorri e eu assinto com a cabeça.

— Decidido, então.

***

O sábado à noite chega e visto meu melhor vestido, quer dizer, o mais justo. É tomara que caia e preto. Até que realça minhas curvas, o que me faz me sentir bem com ele.

— Cara, quando foi que tu ficou gostosa? — Clary zomba de mim, entrando no quarto e eu reviro os olhos. — Brincadeira, tu sempre foi. — ela beija meu rosto.

— Eu deveria estar nervosa?

— Claro que não. Estamos indo pra nos divertir. Eu sei que tua intenção é pra esquecer do... bom, deles. Mas também não precisa ser beijando todo mundo, pode ser só um, ou uma, ou ninguém. Relaxa, bebê. — ela esfrega meus ombros e hoje ela tá mais maravilhosa do que nunca.

O cabelo rosa persiste e ela veste um body preto decotado com uma jaqueta por cima e um saia de cós baixo, deixando mostrar partes da sua pele do quadril.

— Queria ter a tua confiança. De fazer as coisas e se vestir assim.

— Então, tenha hoje. — ela diz e ouvimos a buzina. — Lea chegou, vamos.

***

Eu jurei pra mim mesma que nunca mais beberia depois de tudo aquilo que aconteceu na floresta, mas confesso que depois de uma hora aqui, nada além de álcool me faria relaxar, então pedi para Travis, o baterista — e maior de idade — da banda de Lea, comprar para mim.

— Sarah? Eu não sabia que tu vinha aqui. — um cara loiro de olhos majestosamente azuis e sardas cobrindo seu rosto se aproxima de mim.

— Froy! Oi. — rio fraco. — Pois é, eu não costumo vir, mas a Clary vai cantar hoje e eu to precisando bastante de uma boa distração. — ele sorri e se encosta na parede com um pé apoiado e o copo na mão.

— Tá bem cheio hoje, talvez tu encontre distração.

— É... talvez eu já tenha encontrado. — digo me aproximando dele. O que foi isso Sarah? Quanta audácia. Ah, ok. Deve ser o álcool. — Tu tá aqui com amigos?

— To sim — ele cerra os olhos pra mim. —, mas eles não tão me procurando.

— Isso significa que...? — dou mais um passo à frente, deixando nossos rostos a centímetros de distância, e ele envolve minha cintura com os braços.

Influence - [Shawn Mendes]Onde histórias criam vida. Descubra agora