43 - Respostas!

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***

O vente pareceu muito mais frio do que deveria e de repente o blusão fino não era mais suficiente. Meu corpo todo começou a tremer e eu sequer tenho certeza se é pela temperatura ou pelo meu nervosismo.

A porta está aberta e eu tento empurra-lá levemente, mas ela mal se mexe até eu aplicar mais força e um barulho quase ensurdecedor ecoa das dobradiças por todo o galpão escuro.

Eu enxergo quase nada, mas esse mínimo de visão também foi eliminado assim que eu um vulto formou-se ao meu lado e minha cabeça foi coberta por um saco de pano.

Eu começo a gritar e a só pensar uma única coisa: "Tu ta sendo burra". É, eu to.

Faz silêncio que vai ser melhor pra ti. — uma voz masculina me arrepia por completo.

Minhas mãos são puxadas para trás e eu sou levada a passos distantes e firmes por um longo corredor até uma porta tão pesada quanto a primeira.

— Meninos, eu disse que não era pra assustar a garota. — ouço uma voz mais velha extremamente baixa. É, eu posso ouvir-los.

— Ela não podia ver a entrada, a gente ainda não confia nela. — essa parte eu mal decifrei.

— Tira essa palhaçada da cabeça dela. — ouço e o tecido é violentamente tirado de mim.

Minha visão demora pra focar e eu me encontro em um salão quase tão escuro quanto o anterior, mas dessa vez, a pouca luz foca-se em um cara que eu diria ter por volta de uns cinquenta e cinco anos, alto, magro e grisalho. Sua feição é simpática, mas eu não vou cair nessa.

— Desculpa por toda essa cena. Nós não queremos te assustar, muito menos que tu sintas que está presa aqui. — ele se aproxima e eu olho para trás. Um dos caras está na porta. — O meu nome é Bradley.

— Me digam o que eu preciso saber. — cuspo as palavras, sem realmente filtra-las em minha mente.

— Tu é direta! Acho que nós nos daremos bem, Sarah. — o tal do Bradley diz e um outro homem nos traz duas cadeiras e as dispõe frente a frente.

Uma luz surge do outro lado da sala e algumas pessoas entram, mas eu não consigo identificar um só rosto.

— Eu não tenho intenção nenhuma de me dar bem contigo. Minha intenção aqui é conseguir o que eu quero e ir embora. — sinto orgulho de mim mesma quando minha voz não falha.

— E o que tu quer? — ele se senta e estende a mão, indicando-me para fazer o mesmo, mas eu permaneço de pé, sem sair da defensiva.

— Respostas! Tu, ou sei lá quem, me disse que me daria todas as informações que eu preciso saber sobre o meu pai. Eu sei o que tá acontecendo, eu só quero as coisas claras.

— Tu acha que sabe o que está acontecendo, Sarah. — ele se inclina e a luz ilumina melhor o seu rosto.

— De onde eu te conheço? — ele olha para trás e mais uma vez eu tento ver algum rosto, mas todos estão fora da pouca luz.

— Seu pai tinha essa empresa... — ele ignora minha pergunta.

— Com o Manny Mendes? — ele cerra seu olhar.

— Isso, e por muito tempo ele quis ir embora da cidade.

— Eu conheço essa história. — cruzo os braços e ele me encara.

— Tem certeza disso? Quer me contar a tua versão?

— Meu pai e esse tal de Manny eram melhores amigos, um apoiou o outro para estudar, mesmo que meu avô não quisesse isso para meu pai, então eles abriram uma empresa de investimentos ou sei lá e assim que ela começou a crescer, tentaram levá-la para Nova Iorque, mas como meu pai não quis, o pai de Shawn a roubou.

Influence - [Shawn Mendes]Onde histórias criam vida. Descubra agora