Influence - [Shawn Mendes]

10 - Shh! Cala a boca.

O dia amanheceu e a primeira coisa que eu fiz foi tomar banho.

Foi só entrar no banheiro, que flashbacks invadem meus pensamentos.

Eu deixei o Shawn Mendes me masturbar, isso é sério, Sarah? Onde tu tava com a cabeça?

A ficha ainda não caiu. Eu realmente o deixei fazer aquilo? E ainda por cima, eu gostei?

Eu não sei como vou conseguir olhar pra cara dele fora desse quarto, ainda mais depois de ter dito que aquilo não foi coisa de uma só vez.

Mas aconteceu, não tem volta. Não é errado, eu não tenho por que me punir por isso. E ele é tão bonito que o que seria errado era de tivesse deixado ele ir embora.

Começo a rir sozinha e entro no banho. Ainda bem que não fizemos nada na cama, por que toda a vez que eu olho para a pia, meu corpo estremece.

Assim que saio, olho para a janela e vejo que sua blusa ainda estava ali. Ele saiu e não a levou. Sem pensar eu a pego e a levo para meu rosto. Tinha o seu cheiro.

Merda, Sarah. O que tu tá fazendo?

Goste do corpo dele, não dele.

Então a jogo dentro de uma de minhas gavetas.

***

Quando desço as escadas, minha mãe apenas me avisa que eu almoçaria com minha irmã e o marido, então me leva até a casa deles.

— Ellen. — abro a porta sem nem bater.

— Sarah! Filha da puta. — eu a assusto e vou até ela, abraçá-la.

— Vocês deviam trancar a porta.

— Vem comigo. — ela me puxa até seu ateliê.

— Uau. — era um vestido longo, marfim, com decote reto aos ombros e costas abertas, rendado, cheio de pedras e justo até o meio da coxa, onde se abria em uma calda.

— O que achou?

— É lindo. Muito, muito lindo. — me aproximo para toca-lo. — Tu que fez?

— Sim! — ela sorri orgulhosa. — É meu primeiro vestido de noiva, sob encomenda. — ela diz e aperta sua colinha no topo da cabeça.

— El, tu é muito boa. Sério.

— Obrigada, flor.

— Onde está Jonas?

— Trabalhando, como sempre. — ela da de ombros. — Ele não sai da frente do computador durante o dia, mas eu não posso reclamar, por que, pelo menos, ele me dá bastante atenção à noite. — ela e começa a caminhar para a cozinha.

— Bem sutil, Ellen. — rio junto à ela.

— Já tomou café? — ela diz já pegando duas xícaras.

— Não. — respondo e me sento. — Tu acha que ele vai conseguir o emprego na construtora?

— Acho que sim. Mesmo que ele recém tenha se formado, ele é bom e a Sônia que é a dona do Engenho, então de qualquer forma... ela gosta muito de nós.

— Eu não sabia disso. Quer dizer... eu sempre soube que nossos pais e ela se conheciam, mas não achava que eles eram próximos.