Influence - [Shawn Mendes]

72 - Mais um mês?

Eu demoro, mas sempre volto.

Fiquem aí com mais um cap que foi escrito com muito amor, espero que gostem.

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Não fazia nem dez minutos que Olivia havia nos entregado os hambúrgueres na nossa mesa de sempre no Hunters e eu já tinha terminado tudo.

Eu não poderia me considerar uma dessas garotas delicadas que comem calmamente feito damas, mas qualquer um saberia identificar que a minha pressa estava claramente relacionada a minha ansiedade.

É, as vezes quando eu fico ansiosa eu como. É melhor assim do que acabar deixando a minha pressão cair e bom... vocês devem se lembrar o que acontece. Desmaiar em público não seria muito vantajoso agora.

— Tá, tu pode por favor te acalmar? Ele vai te responder. — Clarissa disse pela milésima vez enquanto eu encarava o meu celular... também pela milésima vez.

Já era cinco e meia da tarde. Lea havia buscado Clary e eu na escola depois da minha reunião com o conselho de classes e nós finalmente decidimos que poderemos ter um baile de inverno, mesmo com os cortes nos orçamentos, então enquanto a minha cabeça se enche de assuntos pra lidar, eu vou adicionando mais alguns...

E para adicionar a todo esse novo estresse, Shawn não respondia as minhas mensagens e ligações desde as oito da manhã.

— Mas e se alguma coisa aconteceu? — pergunto, nervosa.

— Nada aconteceu, Sarah. Talvez ele só tenha deixado o celular em casa. — Clary tenta me convencer.

— Mas ele sempre me manda mensagem de manhã, no almoço e quando chega do serviço comunitário, tipo... obrigatoriamente! E ele já deveria estar em casa a um bom tempo. Não é como se ele tivesse muitos lugares para ir... — eu as olho.

— Talvez ele só não queira falar contigo. — Lea zomba de mim e eu cubro meu rosto.

— Vocês não tão ajudando! — digo, fingindo estar brava e as duas riem de mim.

— Tudo bem, tudo bem... — Lea diz. — Vamos mudar de assunto.

— Ah! Já sei! Amanhã tu tem a tua primeira consulta, isso é bom, não é? — Clary se inclina na mesa e eu torço o nariz.

Semana passada a minha mãe me propôs fazer algumas consultas psicológicas para que eu pudesse tentar racionalizar tudo o que aconteceu comigo e quem sabe fazer com que os pesadelos acabem.

O que é bom, mas...

— Eu não sei se eu quero falar sobre isso. — digo mais baixo e Clary, felizmente, assente.

— Talvez... sobre a escola? — eu rio. — Quem sabe alguma coisa de mecânica que a gente não entenda? — ela estava tentando me animar e eu lhe dou crédito por isso, mas Clary não estava sabendo como.

— Amiga, eu não vejo o meu bebê a mais tempo que eu não vejo o meu namorado, não me lembra dele! — digo me referindo ao meu carro e ela cobre o rosto, fazendo a namorada rir.