Eu não acreditei quando tudo aconteceu. Shawn acabou voltando e invadindo meu quarto quando já eram quase duas da manhã.
Sem nenhuma palavra, ele bateu na janela, eu a abri e ele entrou. Apenas me segurou pela nuca e cintura e puxou meu corpo com toda força para si, me beijando e me jogando na cama. Ele não precisou dizer uma palavra se quer e todas minhas roupas já estavam ao chão. Eu nem pestanejei.
Não tinha explicação, era como se todo aquele físico perfeito, cabelo levemente ondulado, maxilar quadrado, olhos negros e boca perfeitamente desenhada tivessem sido juntados em uma só pessoa para dois motivos:
Satisfazer àquelas que pudessem tê-lo ou torturar as que não podiam.Ele sobe em mim e seus lábios sabem exatamente o que fazer nos meus. Ao me tocar, toda sua expressão muda. De suave para obscura. E isso me causa ondas das quais eu não sei definir. Mas que eu tinha certeza das quais eu nunca gostaria de parar de sentir.
Seus braços estavam um de cada lado dos meus e ele não permitia que nossos corpos se encostassem. Ele apenas me beijava com toda a ferocidade que encontrava em si. Pelo menos era isso que eu estava fazendo.
Ele se senta sobre as minhas coxas e puxa sua blusa, que mesmo na penumbra, pude identificar que era cinza e em um reflexo levo minhas mãos até seu abdômen.
Seus jeans já estavam pinicando minhas pernas nuas, então levo minhas mãos até seu zíper e ele me ajuda a tirar suas calças.
Eu não sabia o que estava fazendo.
Ele volta a me beijar, mas dessa vez explora todo o meu corpo com suas mãos. Das coxas à cintura, da cintura aos meus seios. Eram enormes e quentes. Eu não queria que ele parasse. Ele não podia parar.
Não havia troca de palavras nenhuma. Apenas de toques. Ele leva uma uma mão às minhas costas e abre meu sutiã, puxando as alças em seguida.
Ele se levanta e meu corpo é tapado por frio e vergonha até eu perceber que ele estava trancando a porta e pegando uma camisinha no bolso de sua calça ao chão.
Ele não pediu permissão, mas de qualquer forma eu iria conceber. Ele já estava entre as minhas pernas, e havia tirado os dois últimos pedaços de pano que nos separavam. Tudo o que precisou fazer foi colocar seu quadril em movimento. Eu só percebi que havia trancado a respiração, quando eu a solto, ao senti-lo dentro de mim.
Eu ainda não sabia o que estava fazendo.
Um breve momento de dor se transformou em prazer, então com a minha expressão como incentivo, ele começou a aumentar sua velocidade.
E ir mais rápido, e mais rápido, e mais rápido, e mais...
E então, é óbvio que eu acordei.
***
— Clary, Clary, Clary! — grito ao me aproximar da mesa e largo a bandeja.
— Porra! Fala mais alto. — ela se assusta, tira seus fones de ouvido e levanta seus óculos escuros até o topo da cabeça. — O que tu tá fazendo? Vais comer essa comida?
— Uma coisa muito ruim aconteceu.
— O que? Pra ti estar comendo a comida de escola, deve ser muito ruim mesmo. — ela faz uma cara de nojo e jogou seus cabelos loiros pra trás.
— Eu acabei me atrasando e eu — me aproximei dela e cochichei minhas próximas palavras. — nem consegui olhar na cara dos meus pais.
— Por que?
— Vergonha.
— De que? O que tu fez, Sarah?
— Eu... — volto a cochichar. — eu tive um sonho.
— Ah, Deus. Só isso?
— Não foram sonhos comuns. Eu nunca tinha...
— Que tipo? — arregalo os olhos sem coragem para falar. — Eróticos? — apenas confirmo com a cabeça. — E desde quando isso é um problema?
— É errado. — afirmo.
— Não amorzinho, não é. — ela diz abrindo um sorriso, na tentativa de me confortar.
— Mas Clarissa, se fossem com o Brian...
— Espere um pouco! Não foi com o Brian? — ela levanta o tom de voz, mas logo volta a se encolher na mesa.
— Foi com... com ele. — eu aponto para Shawn com os olhos, que estava à duas mesas de nós com alguns caras, mas logo desvio o olhar. Eu também não conseguia olhar para ele.
Ela se vira discretamente. Da sua forma de ser discreta, o que era na verdade bem brusca e nada delicada e acha a pessoa da qual eu estava falando.
— Tu tá brincando. — ela começa a gargalhar de uma forma que o som ecoa pela sala. Todos olham pra nós. Eu odeio essa garota.
— Cala a boca. Tá todo mundo olhando.
— Ele também tá olhando? — ela diz entre risos e eu olho de canto de olho para ele. E adivinhem o que ele estava fazendo? Sim, olhando diretamente pra mim, com seus braços apoiados em cima da mesa e um sorriso idiota na cara.
— Sim!
— Qual é a graça, meninas? — era o Brian. Ele se sentou ao meu lado e beijou minha bochecha. Por algum motivo, acabei olhando para Shawn e seus olhos ainda não haviam desviado de mim, mas agora estavam estreitados, nos observando.
Que inferno!
— Nada não, B.
— É, B. Nada não. — ela diz isso de forma irônica. Ela nunca o chama de B, então a fuzilo com os olhos.
***
— Ei, Graxuda. — ouço assim que saio da sala para ir ao banheiro.
— Ah, não. — digo pra mim mesma e resolvo ignora-lo.
— Sarah! — ele me vira pelo braço. — Tá bem, eu não te chamo mais assim.
— Tu não tem aula, não?
— Eu tava saindo do... banheiro... pra onde tu tá indo?
— Mesmo lugar que tu fingiu ter saído. Até por que ele fica pra esse lado. — indico com a mão.
— Há! — me viro e continuo andando. — Espera! Me diz se tu sabe se tem alguma festa nessa porcaria de cidade.
— Eu por acaso tenho cara de saber de festa? Se tá ruim, vai embora. — ele começa a andar ao meu lado e me leva cada vez mais para perto dos armários.
— Não sabia que tu era toda esquentadinho. Mas me diz, que teatro foi todo aquele no refeitório?
— Não te interessa.
— Curta e grossa. Do jeito que eu gosto. — reviro os olhos. Parece que o banheiro nunca esteve tão longe na minha vida.
— Por que tu continua me seguindo?
— Por que tu não olha nos meus olhos? — ele da um passo em minha frente e tranca minha passagem com seu braço.
— Me deixa em paz! — passo por baixo de seu braço.
— Eu fiz alguma coisa?
— Talvez tua existência já me incomode. — digo com indiferença.
— Eu não sou tão ruim assim. — ele volta ao meu lado e da um leve empurrão em meu ombro.
— Para, Shawn. -paro de andar e me viro para ele. — Eu to falando sério. Para dessas gracinhas.
— Isso tem alguma coisa a ver com teu namoradinho? — ele ri.
— Não tem! Mas também não importa. Eu que não gosto disso. Dessa sua perseguição e encaradas. Só para. — eu coloco minha mão em seu peito para afasta-lo. E meu Deus, que peito... merda, Sarah! Que pensamento foi esse?
— Se é isso que tu quer, que assim seja. — ele diz seco e vai embora.
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Influence - [Shawn Mendes]
Fiksi PenggemarNão era como se ter um relacionamento com Shawn Mendes fosse possível. Ele é o típico garoto novo da cidade que ganha os olhares de todos por onde passa, mas ele só fala comigo por que meu pai, o pastor, o obrigou a me ajudar na construção de meu co...