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- POLLY! – Minha mãe gritou.

- MÃE! – Rebati.

- PEGA ELE!

Ela gritou e o pequeno fujão aproveitou a brecha quando uma das empregadas abriu a porta. Eu e minha mãe suspiramos e rimos, depois disparamos atrás de um Nicklaus vestido uma calça, desde que aprendeu a correr, ele não faz questão de não correr!

Como ele tem tanta energia? Eu e minha mãe o achamos não muito longe de seu quarto, ele está olhando pela fresta na porta da sala de reuniões. O olhei com surpresa e ele riu.

- Não. Nick, não!

Ele riu alto e entrou dentro da sala, disparei atrás dele, abri a porta e encontrei meu pai segurando meu irmão com um semblante surpreso, meu irmão fez uma careta para mim e revirei os olhos, fui até ele e ele não quis se soltar do meu pai. Fiz cócegas em suas costas e ele se soltou, quando veio para mim ele claramente ficou emburrado.

- Lótus querida, eu precisava falar com você.

- Pode falar pai. – Respondi enquanto tentava fazer Nick parar de se jogar para trás.

- Querida... esse é o príncipe Friggon. – Olhei para um feérico jovem, alto, com uma postura reta, ele parecia uma estátua. – Ele deseja pedir sua mão em casamento.

- Não.

A resposta saiu dos meus lábios e eu nem pensei em uma resposta. O "não" saiu instintivo e Nick começou a gargalhar gostoso, o príncipe não esperava minha resposta e claramente ficou chocado, meu pai engoliu a risada diferente de Hércules que precisou virar para a parede para não rir alto. Tio Ai ficou estático como sempre fica quando precisa esconder uma emoção.

Então eu percebi o que eu fiz.

- Não! Não é isso, é que assim, pai eu estou dando banho em Nicklaus. – Olhei para o príncipe e fiz uma reverência rápida. – Me perdoe príncipe, mas no momento estou ocupada com meu irmão, conversaremos mais tarde.

- T-tudo bem senhorita. – Ele tentou não demonstrar surpresa.

Sai da sala e fui para o quarto de Nicklaus, o vesti e comecei a pentear seu cabelo enquanto ele mordia alguma coisa. Minha mãe chegou e se sentou na cama, meu pai, meu tio Hércules chegaram minutos depois, os olhei, eles se olharam e explodiram em risadas, minha mãe não entendeu o que estava acontecendo e puxado pelo clima, meu irmão também começou a rir.

- Lótus. – Meu pai está morrendo de rir.

- Lótus.... – Hércules nem consegue formar uma frase.

- Criança... - Ailin também está rindo.

- Pela Mãe! O que aconteceu? Porque estão rindo?

- Meu amor. – Meu pai puxou o fôlego e parou de rir. – Polly recebeu uma proposta do príncipe Friggon.

O rosto da minha mãe se repuxou em desgosto por um segundo e depois sumiu, meu pai riu.

- Ana... você não consegue esconder seu desgosto, não é? - Tio Ai perguntou parando de rir.

- Você precisa ensinar sua filha a não responder pelo impulso. – Meu pai falou enquanto pegava Nick e bagunçava seu cabelo desmanchando todo meu trabalho.

- Pai! Eu acabei de pentear.

- A princesa deve, com certeza, aprender a controlar os impulsos. – Hercules comentou.

O conto da Princesa Perdida (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora