Amando uma Sereia

Reencontro

O carro se aproxima da casa dos meus avós, casa grande de primeiro andar, antiga, portão de madeira, janelas grandes, e minha vó na frente a nossa espera. Desço do carro e corro para abraçá-la:

- Que saudade! - Digo.

E sinto nela o cheiro de lar, de afeto, deixo escapar algumas lágrimas, o abraço é tão quente e fofo, que não quero sair dele. Minha vó é uma mulher preta de 75 anos, que mede 1,65 de altura, cabelos brancos, ama vestidos floridos que passem dos joelhos.

- Mãe, como a senhora está? - Pergunta Marcela.

Nesse momento solto minha avó, e minha mãe a abraça, eu entro na casa, e encontro meu avô na cozinha tomando um café, ele levanta e me abraça. Homem preto, medindo 1,80 de altura, cabelos crespos e grisalhos, está sempre vestindo branco, ou blusas e shorts de cores claras.

Depois de muitos abraços e conversas, bolos e cafés, nos organizamos nos quartos. Eu decidi dormir um pouco, a viagem foi longa e eu estava cansada, deitei na cama, peguei o celular e mandei mensagem para Melyssa avisando que eu já estava na cidade, e perguntando se poderíamos nos encontrar. Vendo que ela não iria me responder tão rápido, fechei os olhos e dormi. Por volta das 12:00hs, abro os olhos e percebo que estou mesmo na casa dos meus avós, pego o celular, sento na cama e ouço alguém falar:

- Oi...

Olho para o lado e vejo Melyssa sentada em um pufe, inclinada com os cotovelos tocando os joelhos e as mãos no rosto, olhando para mim, vestindo uma blusa azul marinho, trançada nas costas, um short bem curto preto e um óculos escuros que segura o cabelo.

- Oi, mas o que você está fazendo aqui? - pergunto, ajeitando o cabelo, com medo de não está apresentável o bastante.

- Poxa, recebi sua mensagem e vim te ver, você estava dormindo como um anjo.

Eu não tinha tanta certeza disso, minhas bochechas estavam quentes e provavelmente vermelhas, eu estava com vergonha, não foi assim que imaginei nosso reencontro.