A pulseira

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Nesse momento tentei fazer uma retrospectiva de onde eu estava, e se talvez eu possa ter perdido na praia. Peguei o celular e vi que Melyssa criou um grupo e colocou todos que estavam juntos ontem, eles falavam sobre Melyssa ter bebido demais e Igor ter salvo sua vida de um possível monstro marinho, ou alma penada, falavam que eu senti alguém me puxando, e perguntavam se eu estava bem, só agora lendo todas as mensagens que não vi porque dormi demais, decido mandar um áudio.

Elena: "Oi gente, bom dia, dormi bastante, e estou bem, tirando o fato de ter perdido minha pulseira de ouro ontem a noite"

Ruan: "digitando..."

Melyssa: "Como assim? Você já procurou por aí, não tirou e colocou em algum lugar?"

Ruan: "Procura direito pra vê se não acha, se não achar vamos lá na praia pra vê se a gente encontra"

Elena: "Eu não acho que vamos encontrar mais, se tiver mesmo perdido"

Betina: "Talvez encontre, lá é uma praia pouco movimentada"

Elena: "Tudo bem então, eu não lembro de ter tirado do pulso, mas vou procurar e já falo com vocês."

Então comecei a procurar a pulseira pelo quarto todo, olhei em cima da cama, tirei os lençóis, travesseiro, sacudi, olhei nas minhas joias, no banheiro, em baixo da cama, por todo o chão e nada de encontrar a pulseira.

Decidi então perguntar se alguém da casa viu a pulseira:

- Bom dia família.

Todos estavam terminando de tomar café da manhã, sento a mesa quando vejo os pães de queijo, me sirvo café e tomo.

- Eu ia te chamar para tomar café, mas imaginei que precisava descansar um pouco. — Disse Marcela.

- Que horas você chegou? — Perguntou Alice.

- Não lembro mãe, mas já era tarde.

- Era mesmo, pois fomos dormir meia noite.

- Vocês viram a pulseira que me deram de presente de aniversário no ano passado?

- Não, você perdeu? - Perguntou Alice.

- Não vi querida, procura direito nas suas coisas, talvez encontre. - Disse Marcela.

- Quem abriu as janelas do quarto? - Perguntei.

- Não sei, não fomos no seu quarto.

- Vó?

- Eu não fui ao seu quarto querida.

- Vô?

- Também não fui. - Respondeu ele.

- Tudo bem, eu devo ter aberto e não lembro, talvez tenha até guardada a pulseira e não lembre também, mas vou continuar procurando. - Falei enquanto dava mais um gole no café.

Estando esclarecido que ninguém viu a pulseira, volto para o quarto, dou mais uma olhada, procuro nas gavetas e não encontrando, decido pegar o celular e avisar o pessoal, quando ouço alguém falar:

- Oi.

Era Melyssa na porta do quarto.

Amando uma SereiaOnde histórias criam vida. Descubra agora