Penso na gente

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- Tudo bem, mas eu acho que já vou indo. - Diz Melyssa levantando da cama.

- Fica mais. - Peço.

- É que eu tenho umas coisas pra fazer... - Fala coçando o pescoço com o dedo indicador.

- E você não vai me falar o que veio fazer aqui?

- Pensei que fosse meio óbvio! - Da um sorriso tenso.

- Você ficou chateada por causa das perguntas da minha mãe?

- Não, tá tudo bem. - Se aproxima da porta.

Eu não quero obrigá-la a ficar, então saiu de perto da porta e sento na cama.

- Eu gosto da sua companhia. - Falo sem pensar direito.

- É mesmo? Gosta como?

Percebo ela mais interessada.

- Gosto da gente juntas, penso na gente...

- Você pensa na gente como?

- Vem aqui que eu te mostro. - Convido ela a sentar.

Nesse momento o celular dela toca, ela retira de uma pequena bolsa que carrega de lado, olha pra mim e olha pro celular, vê a chamada e seu rosto indica surpresa.

- É, eu preciso mesmo ir, mas eu gostei de saber que você pensa na gente, porque eu também penso.

- Mas porque você tem que ir? Pensei que iria me ajudar a encontrar a pulseira...

- Eu planejava outra coisa pra gente hoje... mas não se preocupa eu vou na praia procurar sua pulseira.

- Mas ficou combinado de voltarmos todos lá hoje.

- Aconteceu um imprevisto, e eu preciso ir, não sei se vai da pra gente se encontrar mais hoje, desculpa.

- Que imprevisto?

- Não faz muita pergunta, eu não gosto.

- Tudo bem então, mas você disse que vai procurar a pulseira, então...

Eu não quis ser invasiva, mas fiquei pensando o porque de tanto mistério.

- Talvez eu vá, mas a gente se fala. - Diz abrindo a porta.

- Ta bom então. - Digo.

Ela da tchau com a mão e sai apressadamente.

Pego meu celular e olho as notificações, vejo que tem  mensagem de Ruan no meu privado.

Amando uma SereiaOnde histórias criam vida. Descubra agora