A garrafa

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Minhas mães se olharam, e perguntaram se eu queria mesmo voltar pra casa, eu respondi que sim, eu estava muito chateada com a situação de hoje, não queria pensar direito, só queria mesmo me livrar daquela sensação ruim.

- Amanhã de manhã, vamos comprar uma passagem pra você no mesmo voo, se não encontrarmos mudamos o nosso voo para outro, tá bom?

- Sim. - Falei, e elas me abraçaram.

Após tudo esclarecido, minhas mães foram dormir e eu fui escovar meu cabelo, nesse momento vieram várias lembranças ruins de Melyssa me xingando, as lágrimas saiam sem permissão novamente, eu estava realmente triste, não fazia ideia que ela era assim, eu nunca fui tratada assim antes por ninguém.

Em seguida me deitei para dormir, e apaguei, caindo em um sono profundo, comecei a sonhar que estava na praia, o sol acabara de nascer, me sentia linda, radiante, caminhando pela areia, sinto-a quentinha nos meus pés, estou sorrindo e andando em direção ao mar, de repente piso em algo, olho para baixo para ver o que é, e percebo que é uma garrafa de vidro, a desenterro e pouco a pouco vejo surgir a imagem de um objeto dourado dentro da garrafa. "Mas é a minha pulseira", penso. A pulseira está ainda mais exuberante, tento tirar a tampa da garrafa, mas não consigo, nesse instante alguém se aproxima, uma garota, mas eu não consigo ver seu rosto, apenas seus olhos verdes, ela pergunta se pode me ajudar, eu respondo que sim, e em poucos segundos sem que eu entenda, o objeto de ouro já está em sua mão, e ela não precisou retirar a tampa da garrafa.

Com a pulseira na palma da mão, ela me entrega, eu pego e peço ajuda para colocar no pulso, ela a abotoa em meu pulso e eu agradeço. Com curiosidade pergunto seu nome, e ela responde: "Eu sou descendente de Kianda e Iemanjá, só revelo o meu nome se você não viajar, te encontro amanhã no mesmo lugar."

Após ouvir isso, acordo com o quarto todo iluminado e as janelas novamente abertas.

Amando uma SereiaOnde histórias criam vida. Descubra agora