Na praia

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- Oi Elena, vamos dar uma volta? - Pergunta Melyssa.

Ela está acompanhada, deve ter umas 3 pessoas com ela. Eu estava levantando da cadeira quando minha mãe Alice olha para mim e pergunta:

- Não está tarde pra isso querida?

- Claro que não mãe.

Minha mãe Alice olha para minha mãe Marcela, que diz:

- Ela só vai dar uma volta com os amigos, falta poucos dias para ela fazer 18, da um crédito.

- É mãe! Por favor.

Ela consente com a cabeça e eu caminho até o carro, abro a porta de trás e entro, percebo que tem uma pessoa no banco da frente e mais duas no banco de trás, digo:

- Olá.

Melyssa então fala:

- Esse ao meu lado é o Igor, e aí atrás com você estão Betina e Ruan.

Olho para o lado a fim de ver melhor o pessoal e respondo:

- Legal, meu nome é Elena galera. Pra onde vocês estão indo?

- Pra praia das pedras, lá é um lugar menos movimentado, e a gente pode beber e fumar. - Responde Melyssa.

Ouço ela falar isso, e percebo que não é bem minha vibe, mas fico calada. Ao chegarmos na praia os meninos retiram do carro algumas madeiras, e fazem uma fogueira. Melyssa pega um cooler, coloca no chão, retira uma cerveja de dentro, fecha, e coloca 2 carteiras de cigarros em cima dele. Ela toma um gole e me oferece:

- Não obrigada, eu não bebo.

- Você o que? - pergunta ela, encostando a boca da garrafa na minha boca, e eu a afasto.

- Não é possível, você parecia tão interessante. - Diz.
Eu ouço ela falar isso, mas por algum motivo não a levo tão a sério.

Ela dá mais um gole e então diz:

- Eu te ofereceria cigarros, mas com certeza você não fuma né?

Eu não respondi, apenas sorri, ela olhou pra mim, mordeu o lábio inferior e perguntou:

- Tem problema se eu beber e fumar?

- Não, claro que não!

E a verdade é que eu não me importava mesmo com isso, nessa idade a maioria dos jovens estão experimentando essas coisas, e eu não vou dizer que nunca experimentei, na verdade eu provei e por isso não uso, achei bem ruim.

Nesse momento Ruan senta ao meu lado com um violão, e pergunta se eu gosto de música, eu respondo que sim, e ele começa a tocar, ele toca algumas músicas, e eu curto, mas depois ele para, pega uma cerveja, toma ela toda de uma vez, pega outra, abre, e continua bebendo, eu apenas observo despretensiosamente, depois de tomar três cervejas, ele deita na areia e chora, eu posso ver as lágrimas saindo como uma cachoeira.

Amando uma SereiaOnde histórias criam vida. Descubra agora