Livros

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Sentamos na mesa para almoçar uma de frente para a outra, minhas mães e meus avós conversavam e Melyssa não parava de olhar para mim. Eu só conseguia pensar no quanto ela é sexy. Depois do almoço minha mãe Marcela pergunta como Melyssa está.

- Estou bem.

- E seus pais como estão?

- Eles estão bem também.

Nesse momento o celular de Melyssa toca, ela atende e explica que precisa ir, mas antes pergunta se podemos nos encontrar a noite.

- Claro, me liga. - Respondo.

Quando Melyssa sai, minha mãe Alice pergunta se eu quero falar alguma coisa, eu franzo a testa e respondo que não, mas eu entendi que ela queria que eu pedisse desculpa por ter demorado a abrir a porta, ou algo do tipo, talvez ela também quisesse que eu dissesse que não iria se repetir, para evitar a conversa eu volto para o quarto e ela não disse mais nada. Mas com certeza ela iria me dizer para respeitar o ambiente, mal sabe ela que eu ainda sou virgem, ou talvez saiba, já que eu sou tão transparente, já Melyssa talvez nem imagine.

Entro no banheiro para finalmente tomar um banho, tiro a roupa, e entro debaixo do chuveiro, enquanto a água molha meu cabelo eu lembro e quase sinto Melyssa apertando minha cintura. Sinto meu coração acelerar, e me pergunto se isso é estar apaixonada.

Após o banho, visto um vestido liso não tão colado, costa nua, azul claro, curto, e coloco uma sandália branca simples, amarrada ao meu tornozelo. Coloco também minha pulseira fina de ouro, que ganhei das minhas mães no meu aniversário do ano passado. Penteio o cabelo com a escova, ele vai até a cintura, quando termino, tento formar cachos pressionando as pontas com as mãos, assim quando secar ele vai ganhar mais forma.

Para finalizar pego meu perfume com a fragrância de notas florais delicadas, e borrifo no pulso e atrás da nuca.

Então deito na cama observo os detalhes do quarto, a parede é amarela e tem 2 quadros na parede, um deles tem a pintura de um farol dentro do mar revolto, com ondas que se jogam nele. O outro tem uma mulher de costas, seus cabelos estão molhados, como se tivesse acabado de mergulhar a cabeça dentro da água, ela olha para o horizonte, e a água do mar cobre seu corpo até o ombro. Meus olhos continuam buscando informações, então vejo alguns livros empilhados na escrivaninha, curiosa, levanto da cama e dou uma olhada, são livros antigos, um pouco empoeirados, alguns falam de pesca, mas a maioria falam de lendas, mitologias africanas, mitologias francesas, e sereias, quando abro um dos livros, percebo que ele é falso, acho interessante, observo que tem uma pequena caixa dentro dele, retiro a caixa com cuidado, e quando tento abri-la, minha vó bate na porta e pergunta se pode entrar, guardo rapidamente a caixa no mesmo lugar e tento empilhar novamente os livros:

- Oi vó, pode entrar sim.

- Eu vim te chamar para ficar com a gente, porque estou achando você muito sozinha aqui, e não quero que se sinta só.

- Está tá tudo bem vó, eu tô bem, mas eu vou sim com a senhora. - digo enquanto abraço ela.

Amando uma SereiaOnde histórias criam vida. Descubra agora