Pulso

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Chegando a casa dos meus avós, minha avó abre o portão, e percebo que já estão quase todos dormindo.

- Se divertiu querida? — Perguntou minha vó.

- Sim, foi muito bom, fiz novos amigos.

- Que bom. Deus te abençoe meu amor.

- Amém vó, te amo.

Falei caminhando até o quarto, já no cômodo, fui direto para o banheiro tomar um banho e tirar todo o sal do corpo.

Abri o chuveiro e coloquei na água fria, mesmo tão tarde da noite estava muito calor, enquanto a água retirava as espumas do meu corpo, eu pensava o que poderia ter tocado na minha perna. Sai do chuveiro e enquanto secava o cabelo com a toalha, reparei pelo espelho que meus olhos estavam um pouco vermelhos, provavelmente do sal e do sono, eu realmente me sentia cansada.

Vesti um pijama muito confortável, e me aconcheguei na cama, fechei os olhos, e comecei a lembrar das palavras do Ruan, senti vontade de conversar mais com ele e de ser sua amiga. Fiquei refletindo também sobre como mudamos depois da infância, o quanto Melyssa esta diferente, acho que me incomodou vê-la ir tão no fundo no mar, e sob efeito do álcool, achei isso tão irresponsável, não o fato dela beber, mas de não ter noção do perigo, ou o fato de talvez ela ter. Aos poucos fui sentindo os olhos pesar e adormeci.

Acordei com a forte iluminação do quarto, acho que minha vó, ou alguém entrou no quarto e abriu as janelas, peguei o celular para olhar as horas, e reparei que tinha algumas notificações, notei que fui colocada em um grupo do WhatsApp, deixei o celular na cama e fui para o banheiro, escovei os dentes, tomei um banho, e coloquei um vestido lilás bem colocado ao corpo, passei meu perfume fragrância de notas florais delicadas, e só nesse momento ao olhar para o pulso percebi que havia perdido minha pulseira fina de ouro.

Amando uma SereiaOnde histórias criam vida. Descubra agora