Capítulo 02 [Parte 1]

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Capítulo 2 [Parte 1]

Aviso:não aguentei e postei a primeira parte do segundo capítulo

Boa leitura 📖

O dia do enterro havia chegado e eu não podia estar mais destruída.Eu estava sentada na primeira cadeira da igreja enquanto eu ouvia o padre discursar sobre a generosidade do meu avô,suas benevolências na comunidade,suas benfeitorias,o jeito que ele cuidava dos outros,como ele sempre tinha sido um homem bom e justo,um verdadeiro cristão temente a Deus,marido,pai e avô devotado a mim,o jeito como ele havia cuidado de mim depois que meus pais morreram,mesmo com o meu jeito,meu avô cuidou muito bem te mim.

Para falar a verdade,eu não estava ouvindo nada que o padre falava,eu só conseguiria olhar fixamente para o arranjo de orquídeas na minha frente,ignorando o fato de que era do meu avô que aquele padre estava falando,Devo dizer que doía bem menos desse jeito,não pensar que era ele que tinha morrido daquele jeito.Eu encarei a mesma orquídeas com raiva que foram as mesmas que tinham sido escolhidas quando enterrei meu pai e minha mãe,haviam centenas delas no dia do enterro deles,em cima do caixão e agora havia milhares delas no enterro do meu avô Pedro,para mim era a flor da morte.

. Para falar a verdade,eu detestava a morte,eu sei que eu não deveria odiá-la que ela fazia parte do ciclo,Você nasce,você cresce,vira adulto e depois você morre,isso era impossível de não acontecer,Eu sei que eu não devia a odiar já que agora eu estava sozinha,sem ninguém da minha família,Todos estavam mortos ,Eu havia perdido meus pais para um atentado terrorista em Madrid e o meu querido avô para uma doença horrorosa que havia tirado o meu avô de mim.Eu não tinha o que temer vindo da morte por eu ter pedido tudo que me importava nessa vida então não tinha o que temer né?

Na saída da igreja,recebi muito abraços e condolências de quem estava na igreja.a maioria dos amigos do meu avô Pedro.Caio ,seu braço , seu braço direito na L & L Cosmético, estava rígido como uma coluna de mármore. Sua pele azeitonada estava pálida, o rosto era uma máscara de seriedade, mas os olhos, vermelhos e inchados, o delatavam. Sua esposa o confortava como podia, e eu fingia que sua tristeza contida era por conta de uma negociação que dera errado, não por saber que nunca mais teria o velho amigo por perto porém eu sabia que era por conta do meu avô que havia falecido .

Carlos , o advogado de longa data de vovô, tomara conta de tudo desde aquela manhã fatídica – o funeral, a papelada das empresas, a missa de sétimo dia, os empregados da mansão. Ele havia sido de grande ajuda, já que naquela semana eu simplesmente me limitei a chorar trancada no quarto de meu avô – que ainda tinha o aroma delicioso de sua loção pós-barba. Só saí de lá com os protestos de linha melhor amiga,Viviane , que até ameaçou chamar os bombeiros caso eu não abrisse a porta e comesse alguma coisa e foi só por isso que eu lhe abri a porta

- Como está se sentindo? – Carlos ,que me viu perguntou quando eu já estava no estacionamento da igreja querendo saber do meu estado .

- Cansada. Só quero ir pra casa. – Para o mausoléu que ela havia se tornado fazia uma semana.

- Hã... Eu tenho plena noção que não é uma boa hora para isso, Carla , mas seu Pedro me deixou instruções para que o testamento fosse aberto após a missa de sétimo dia.

- Não pode ser amanhã por favor Carlos ? – Eu só queria ir para casa e chorar. Era pedir muito?será que nem assim ele podia me deixar em paz

- Sinto muito. Ele deixou ordens expressas para que o testamento fosse aberto sete dias após seu falecimento e eu tenho que cumprir isso como ordem do seu avô .

Eu Suspirei, fechando os olhos.

- Tudo bem, Carlos – cedi. – Se não tem outro jeito, vamos acabar logo com isso já que não tem jeito .

Ele assentiu e deu um sorriso amarelo.

- Vou até a mansão. Acho que vai ser melhor para você. Nos encontrarmos lá.

- Tudo bem – concordei desanimada.

Ele entrou em seu carro e me seguiu enquanto eu dirigia no piloto automático, fantasiando estar em algum lugar paradisíaco onde meu avô ainda vivia.

Ronan ligou para perguntar se eu continuaria trabalhando na galeria. Como se eu pudesse pensar em alguma coisa naquele momento ainda mais em trabalho .

- Não, Ronan . Eu Não tenho cabeça pra nada. Obrigada pelas flores, foi muito gentil.

- Eu realmente sinto muito, Carla ,seu avô era uma pessoa incrível que me ajudou muito a chegar onde eu estou .

- Eu também. – Ninguém imaginava quanto. – Pode arrumar alguém para me substituir. Chega de trabalho pra mim.

- Se precisar de alguma coisa, me liga – ele ofereceu.

Um bipe avisou que havia uma nova chamada.

- Obrigada, Ronan . Tenho que desligar. Tchau. – Apertei o botão e atendi a outra chamada. – Alô?

- Carla ? – Era Viviane,minha melhor amiga . A única pessoa no mundo que me chamava por meu apelido de infância sem terminar com o nariz quebrado. – Desculpa não ter ido à missa. Acabei presa no trânsito. Teve um acidente com
um caminhão de cerveja, que tombou e interditou a avenida. Só consegui sair de lá agora há pouco, mas acabei de chegar à mansão.

- Eu já estou quase chegando.

- Vou pedir para a Alice preparar um chá preto. Você anda muito pálida – disse ela.

- Parece ótimo. – Não que eu quisesse beber alguma coisa, mas não queria brigar com minha melhor amiga por conta disso,eu não precisava disso depois de ter perdido meu avô . O dia já estava ruim o bastante. – Te vejo daqui a pouco.

Eu estava precisando do carinho da minha melhor amiga depois de um dia tão duro é tão triste para mim,E ainda tinha o testamento que ia sair é algo me dizia que não era coisa boa já que meu avô estava desapontado comigo por conta de alguns comportamentos meus.,Eu só esperava que ele não tivesse me deixado desamparada.

O que será que vai acontecer vamos ver

Agora sim até amanhã

Comentem🦋.....

O jogo vai virar para Carla e o que ela vai fazer hein

Arthur tá para aparecer

Amanhã posto a parte 2 do capítulo 2.

Xoxo 💋

Procura-se um marido-Carthur  (Finalizada )Onde histórias criam vida. Descubra agora