Capítulo 30 [Parte 2]

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Bom dia vamos de capítulo

Boa leitura 📖

Capítulo 30

[Parte 2]

Assim que seus lábios finalmente me tocaram, agressivos e macios, uma explosão de cores, luzes e calor me inundou. Senti como se realmente flutuasse, e a única coisa que me mantinha presa no chão eram seus braços ao meu redor. Eu não estava esperando aquele tipo de beijo. Não que eu fosse reclamar, longe disso – eu estava extasiada com a maneira possessiva e urgente como ele explorava a minha boca, os dedos se enroscando selvagemente em meus cabelos, como se ele tivesse medo de que eu fosse fugir. Como eu poderia?

Tive minhas suspeitas confirmadas; os lábios de Arthur  eram mesmo muito macios – muito mais do que eu me lembrava -, contudo eram vorazes, faziam perguntas, exigiam respostas, me apresentavam uma miríade de novas sensações. Era como se eu estivesse sendo tocada por um homem pela primeira vez. Era terno e ao mesmo tempo feroz, e eu não queria que acabasse. Seus dedos me acariciavam suavemente, e sua língua ágil, macia, úmida, me levava à beira de um precipício, e a queda parecia ser tão prazerosa quanto assustadora. E tudo o que eu queria naquele momento era mergulhar no desconhecido.

- Senhores – chamou alguém. O garçom. – Esse tipo de comportamento não é adequado no restaurante,podem por favor parar com essa saliência .

Arthur me soltou cedo, muito cedo e se desvencilhou das minhas mãos.

- Desculpa – disse ele, enquanto minha cabeça ainda girava. – Não vai se repetir.

O homem baixinho nos avaliou por um momento, parecendo não acreditar que eu partilhasse da promessa de bom comportamento – com toda razão, eu não partilhava mesmo -por isso me lançou um olhar de advertência antes de se afastar.

- Eu não devia ter feito isso – Arthur  murmurou, correndo a mão pelos cabelos.

- Devia – objetei, ainda sem fôlego. – Devia sim.

- Não, Carla . Eu não devia. Não posso me aproveitar de você desse jeito. Você está fragilizada e eu... – ele sacudiu a cabeça atormentado. – Desculpa. Você é linda e eu agi sem pensar.

- Adorei te ver agindo sem pensar. Você devia fazer isso com mais frequência.

Mas ele não pareceu me ouvir.

- Temos um acordo que exclui qualquer tipo de contato físico. Você nunca quis isso. Eu me excedi. Sou um cretino!

- Acho que você não entendeu,Arthur . Tudo mudou...

- Nada mudou – ele me interrompeu. – Acho melhor irmos pra casa. Parece que beber ao seu lado não é uma boa ideia. - Ele chamou o garçom e pediu a conta.

Ah, ele não ia escapar assim tão fácil...

- Arthur , acho que você não compreendeu o que eu sinto.

Ele fechou os olhos e suspirou, exaurido. Quando os abriu novamente, estavam aflitos.

- Vamos fingir que isso nunca aconteceu, está bem? – mas ele não me olhava nos olhos. Estava fugindo! Oh, Deus! – Eu devia ter me controlado. Você está tão fragilizada, tem tanta coisa acontecendo, vindo de todos os lados... É imperdoável me aproveitar da sua fraqueza. Eu me deixei levar pelo momento. Não vai acontecer outra vez.

- Mas eu adorei! E quero que você se aprov...

- Por favor, Carla – ele suplicou, perturbado. – Não torne as coisas mais difíceis. Já é difícil o bastante me controlar sem você me incentivar. Vamos deixar as coisas como estão.

Olhei para ele chocada. Não porque ele se recusava a me beijar outra vez – bom, por isso também -, mas porque Arthur  queria me beijar e achava que não devia. Ele sentia algo por mim! Algo que ele tentava controlar. Algo que o fizera me tocar daquele jeito, segurar minha mão e me beijar daquela forma escandalosamente quente e urgente, e depois evitar me encarar.

Era algo que eu queria conhecer mais a fundo. Algo que, quem sabe, precisasse de um pequeno empurrão para vir à tona. E eu estava mais que disposta a empurrar.

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Sacanagem isso que o Arthur está fazendo, não?

Procura-se um marido-Carthur  (Finalizada )Onde histórias criam vida. Descubra agora