Capítulo 14
[Parte 1]
Arthur pegou minha mala no carro de Viviane e a guardou no porta-malas de seu SUV preto, enquanto permaneci ao lado de meus amigos. O pessoal do escritório deu no pé logo que o almoço no restaurante
italiano terminou.- Tão linda, menina Carla . Igualzinha à sua mãe nessa idade – disse Alice com lágrimas nos olhos. – Até o mesmo brilho no olhar.
- Verdade? – perguntei, um pouco emocionada quando ouvi Alice dizendo que eu parecia com a minha mãe.Meu avô dizia que eu era muito parecida com a minha mãe o que me deixou emotiva.
Ela assentiu, sorrindo.
- Ninguém conseguia ficar triste quando dona Mara estava por perto. Você herdou dela essa alegria, a cabeça oca e o coração puro. – Ela me abraçou apertado, então se voltou para Arthur que olhava tudo , segurou o rosto dele entre as mãos e comprimiu suas bochechas. – Cuide dela e terá meu amor para sempre, rapaz. Se magoar essa menina... – seu aperto se tornou mais forte.
Ele a olhou espantado, o rosto prensado entre as mãos fortes de Alice e assentiu rapidamente.
- Não vou magoar a Carla,pode ficar tranquila,que eu não farei isso – conseguiu resmungar.
- Que bom... que bom... – ela o soltou. – Agora preciso ir, porque aquela jabiraca topetuda já deve estar enfiada na minha cozinha, fazendo o quê, só Deus sabe.
Eu ri e a abracei. Quando Alice se foi, Arthur disse, massageando a mandíbula:
- Ela tem uma mão e tanto.
Dei risada.
- Não foi uma ameaça de verdade.
- Não foi o que pareceu.
- Relaxa, Arthur. Ela gostou de você. É só não ficar por perto quando ela estiver usando o cutelo e você vai ficar bem.
Ele assentiu, assustado, e tornei a rir.
- Carla , venha nos visitar sempre que quiser – Marinez disse ao me abraçar. – Por favor, não se esqueça de ser feliz, querida. A vida já te maltratou bastante.
- Obrigada, Marinez . Você também será bem-vinda quando quiser me visitar. – Ou eu achava que seria. Não havia falado sobre isso com o Arthur . Não ainda.
Viviane demorou mais para me soltar na hora do abraço .
- Estou com medo, Viviane – confessei, enterrando a cabeça em seu pescoço. Mesmo não tendo comentado com ela os efeitos que o meu marido vulgo Arthur causava em mim ultimamente, já que nem eu mesma entendia o que estava acontecendo comigo, ela sabia.Viviane sempre sabia.
- Eu sei – ela sussurrou. – E que beijo foi aquele? Deus do céu! Você tem tanta sorte!
- Deixa de ser boba. Eu não quero ficar sozinha com ele – eu disse, amedrontada com o que aconteceria a partir dali.
- Eu sei, Carla – ela segurou meus ombros e sorriu. – Eu só estava tentando descontrair um pouco. Mas acho que não é uma boa ideia eu passar a noite na sua casa. Pra todos os efeitos, é a sua noite de núpcias. Poderia levantar suspeitas uma amiga passar a noite com vocês, ou no mínimo seríamos chamados de pervertidos – ela sorriu. – Você vai ter que ser corajosa. Eu te ligo mais tarde, tá?
- Tá.
Ela me deu um beijo estalado no rosto e fiquei observando-a entrar no carro.
Quando ficamos sozinhos, virei-me para Arthur , que estava encostado no capô do carro, os braços cruzados sobre o peito, me observando - veja só! – com o rosto amigável.
- Pronta para conhecer sua nova casa? – ele sorriu, um pouco nervoso.
- Não. Mas acho que não tem outro jeito.
Ele riu, abriu a porta do carro para que eu entrasse e permaneceu calado durante todo o trajeto até o prédio de classe média. Arthur foi gentil e se ofereceu para levar minha bagagem até o elevador. Assim que abriu a porta do apartamento, fez um gesto para que eu seguisse na frente.
- Bem-vinda ao seu novo lar – anunciou.
Lar doce lar Carla
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Procura-se um marido-Carthur (Finalizada )
General FictionSinopse: Carla Carolina Moreira Diaz sabia como curtir a vida,ela já havia viajado o mundo todo.Ela é mimada e inconsequente,ama uma balada e é louca pelo seu avô,Um rico empresário de grandes posses e de quebra a única família da garota. Como o seu...