Capítulo 08

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Capítulo 8

Depois de sair da casa minha amiga,eu fui para casa e devo dizer que eu não devia ter vindo,Eu devia ter percebido que algo estava errado logo que entrei na mansão e vi Carlos em pé, no centro da sala de estar. Eu devia ter percebido.

- Pode me explicar o que significa isso? – ele disse num tom nada cordial, me mostrando o jornal do dia. Lá estava eu completamente bêbada sobre o balcão da danceteria.

Grunhi.

- Olha só, Carlos . Eu bebi um pouco a mais ontem e alguém deve ter tirado essa foto e entreg...

- Então é isso que você anda fazendo quando passa as noites fora de casa?! – ele interrompeu, colérico – É a isso que você tem se dedicado, Carla sério mesmo,bebendo e farreando ? Se sujeitando ao papel de uma... de uma garota de programa?

- Ei! Peraí! Quem você pensa que é pra falar assim comigo?

- Sou seu tutor! - Ele urrou, jogando o jornal no sofá de couro branco. – Como você pôde fazer isso, Carla ? Não percebe o que a mídia fez? Eles vincularam o seu comportamento ao nome do seu avô, as empresas do seu avô! Você acha que é essa a imagem que o Conglomerado Diaz espera passar para os clientes? Acha que é para essa bêbada que os funcionários querem trabalhar? Acha mesmo que algum dia você vai ser capaz de cuidar de tudo que o seu avô deixou? Eu tenho sérias dúvidas.

Retraí-me ligeiramente.

- A culpa não é minha. A imprensa é livre para escolher o que quiser, você sabe disso.

- Se você não der motivos, eles não terão o que escrever. Eu proíbo você de se comportar dessa maneira. Proíbo você de sair desta casa.

- Você não é meu avô! – retruquei. - Sou maior de idade, dona do meu nariz. Faço da minha vida o que eu quiser.

- Não enquanto estiver sob a minha custódia, morando debaixo do meu teto.

Foi então que tudo ficou vermelho à minha frente. Eu me aproximei dele até que nosso nariz quase se
tocou.

- É você quem mora debaixo do meu teto, não o contrario. Não estou sob a sua custódia. Os bens do meu avô estão, eu não. Meu avô pode ter deixado tudo nas suas mãos capazes, Carlos , mas você não pode me controlar. Nem tente!

- Se for preciso, vou alertar os seguranças para que não deixem você sair dessa casa. Pelo menos assim vou saber que você não está se metendo em encrenca.

- Você realmente acha que pode me trancar aqui?

Ele empinou o queixo duplo, me confrontando com os olhos obstinados.

- Farei o que for preciso.

- Tudo bem – estreitei os olhos e o encarei por mais um minuto antes de me virar e subir as escadas calmamente. Assim que fechei a porta do quarto, peguei meu celular. – Viviane , preciso de ajuda. – Relatei a
ela o que tinha acabado de acontecer.

- Que absurdo! Quem esse idiota pensa que é? – ela resmungou. – Pega tudo que achar necessário e vem pra minha casa. Você vai ficar aqui por uns tempos. Mais da metade das suas roupas já está aqui mesmo.

Eu Respirei aliviada depois de ter falado com a minha melhor amiga .

- Sabia que você ia me dizer isso. Obrigada! Mas sua mãe não vai se importar? – resmunguei.

- Carla , eu tenho 25 anos! A casa também é minha. – Porém ela hesitou. – Mas não custa avisar, né?

Assenti, ainda que ela não pudesse me ver.

Procura-se um marido-Carthur  (Finalizada )Onde histórias criam vida. Descubra agora