Capítulo 09 [ Parte II]

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Capítulo 9 [Parte 2]

Felizmente, eu consegui chegar cheguei dois minutos adiantada e, pela primeira vez, bati o ponto na hora certa. E o mundo era cheio de gente doida! Antes mesmo de Karol,a Hittler mulher me mandar mais uma vez para os confins da sala da copiadora - o que achei totalmente injusto, já que não me atrasei naquele dia - , eu já havia marcado um
encontro com meu possível futuro marido. Apesar de estar fula da vida por ter ficado o dia todo colocando papel na geringonça, mal vi a hora passar, ansiosa para ver os resultados do meu plano.

Na saída do trabalho, recebi mais algumas ligações.Arthur estava no elevador comigo, e foi difícil agendar os encontros sem que ele percebesse. Por algum motivo pareceu... errado que ele soubesse dos meus planos, mas justifiquei isso com o sábio raciocínio de que, se ele descobrisse o que eu estava aprontando, me dedudaria para Carlos porém eu sabia que não era bem isso é me assustava essa possibilidade . Eu tinha cinco possíveis futuros maridos na mira. Era só uma questão de  tempo para minha vida voltar aos eixos.

Encontrei-me com o primeiro candidato naquele mesmo fim de tarde, no café próximo à casa de Viviane . Eu não seria louca de levar um estranho para a casa dela, claro. Não foi difícil identificá-lo, já que ele havia me passado sua descrição física, e eu pedira que tivesse o jornal em mãos.

-Carla , eu prezumo - disse o homem de uns quarenta anos quando parei em frente à sua mesa.

Sua aparência era tão ruim quanto a língua presa. Os cabelos ensebados tinham uma camada de caspa que recobria as laterias e a nuca; os óculos enormes e fundos não ajudavam a disfarçar as orelhas de abano. E, por alguma razão, ele cheirava a naftalina. Não que isso importasse, afinal eu não estava procurando nenhum príncipe encantado. Mas aquela caspa toda era meio... repugnante.

- Mauro?

- Fi-fim - ele riu nervoso, fazendo um oinc-oinc.

Ah, Deus.

- Você... trouxe o atestado? - perguntei, enquanto me sentava do outro lado da mesa.

Ele assentiu apressado, me entregando um papel um pouco amassado.

- Eu nunca pivei numa delegafia. Fou um homem muito honefto.

- Certo - eu disse, examinando sua ficha de antecedentes criminais, uma folha totalmente em branco. Imaginei que a maior audácia que Mauro já cometera tinha sido sair de casa sem escovar os dentes. -
Humm... Por que você quer casar?

- E-eu prefivo de uma namorada. Minha mãe eftá me deixando maluco - ele me lançou uma piscadela.

Reprimi um gemido.

- Hã... Começo a entender sua mãe. Mas você mora sozinho, certo? Ele se remexeu na cadeira.

- Praticamente. Meu quarto tem afefo direto à faída da garagem. Vofê mal ia ver minha mãe.

- Quer dizer que você imaginou que dormiríamos no mesmo quarto - constatei, cruzando os braços.

- Bom... fi-fim. Vofê dife que fexo não favia parte do acordo. Eu penfei que dormir não teria problema - ele ergueu os ombros pontiagudos.

- Ah, tem! Tem sim! Tem muito!

- Eu fou muito fáfil de lidar - ele sorriu nervoso. – Vofê nem ia notar minha prevenfa.

Eu duvidava muito.

- Ferto... Quer dizer, certo. - Essa coisa pega! - Eu tenho o seu telefone. Preciso entrevistar outros candidatos. Sabe como é... - me levantei e sorri. Ele se apressou em ficar de pé, esbarrando na mesa ao lado.

- E-eu tenho uma renda muito boa. Poderia te levar ao finema uma vev por femana. A gente poderia jantar fora fempre que quivefe. Tenho vale-refeifão ilimitado.

- Vou manter isso em mente - encerrei e me obriguei a andar calmamente em direção à saída.

Que confusão você foi se meter em Carla Diaz hahahahah

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Procura-se um marido-Carthur  (Finalizada )Onde histórias criam vida. Descubra agora