Capítulo 22
[Parte 2]
Rodamos todas as lojas de artigos para casa em busca da cortina perfeita. Quando a encontrei, não pude comprar. Minha grana estava quase no fim e tinha que durar mais duas semanas, quando sairia o
próximo pagamento. Acabei levando uma mais simples, de tecido diáfano branco, até que bonitinha, e com preço muito mais acessível. Aproveitei e comprei um roupão, só para garantir que Arthur não me visse mais uma vez andando pelo apartamento embrulhada numa toalha.Encontramos Arthur na praça de alimentação e escolhemos fast-food, embora ele não parecesse muito entusiasmado com a comida. Acabei rindo quando ele fez uma careta para meu cheeseburger triplo pingando gordura. Viviane nos estudava atentamente, e Arthur , percebendo isso, não parava de sorrir, divertido com a situação. Ela me chutou por debaixo da mesa. Revirei os olhos e terminei meu Milk shake. Eu parecia a única adulta ali...
Já era tarde e estávamos indo para o estacionamento quando vi de relance um vestido numa vitrine que parecia sussurrar meu nome. Aproximei-me do vidro com que hipnotizada pela beleza da peça. Era lindo. O vestido perfeito para jantar com Arthur e a diretoria na sexta. Eu estava cogitando a hipótese de entrar na loja quando encontrei a plaqueta com o preço.
- Uau! - O vestido preto, fechado na frente, mas com um decote generoso nas costas, custava três vezes mais que meu salário miserável. Em outros tempos, eu acharia um verdadeiro pecado custar tão pouco, mas, dadas as circunstâncias, era um assalto.
Viviane entendeu errado.
- Lindo, Carla ! Prova pra ver como fica – incitou ela.
- Nem pensar. Olha o preço! Não posso pagar.
- Ah, é. Às vezes esqueço que agora você é tão dura quanto eu. Minha amiga não é mais a princesa de antes. Virou gata borralheira, como eu. – Desapontada, ela se arrastou pelo assoalho liso.
Passei o braço por seu ombro e a afastei da loja. Arthur apenas nos observava.
- E no momento essa gata borralheira aqui precisa encontrar uma abóbora mágica para se livrar dos ônibus malvados – eu disse e ela riu um pouco. – E é só um vestido. – Um vestido perfeito, que talvez fizesse Arthur me olhar com outros olhos se... eu realmente quisesse isso e eu queria mentir para mim mesma que não era isso que eu queria,que ele me olhasse com outros olhos .
- Mas é a sua cara! – ela resmungou.
- Eu não teria onde usar. Não vou mais a lugares bacanas nem a festas badaladas. Ia ser cruel condenar esse lindo vestido à minha vida nada social de agora.
Ela suspirou pesadamente.
- É, ia mesmo – concordou triste. – Quer esticar? Tem uma nova danceteria que é bem barata.
- Humm... Tudo bem. Eu preciso sair um pouco mesmo. Tô ficando cinza enfiada naquele escritório. – E, voltando-me para Arthur , eu disse: - Quer ir?
- Pode ser... – ele concordou, meio inquieto.
- Você quer ir com a gente? Numa danceteria? De verdade? – perguntei, chocada.
Ele deu de ombros.
- Também preciso sair um pouco. Se você não se importar que eu vá...
- Não, tudo bem. Vai ser ótimo te ver no meu mundo – sorri.
Essa balada promete hahahahah
Teremos ciúmes e muita confusão
HahahahahComentem......
VOCÊ ESTÁ LENDO
Procura-se um marido-Carthur (Finalizada )
General FictionSinopse: Carla Carolina Moreira Diaz sabia como curtir a vida,ela já havia viajado o mundo todo.Ela é mimada e inconsequente,ama uma balada e é louca pelo seu avô,Um rico empresário de grandes posses e de quebra a única família da garota. Como o seu...