Capítulo 02 [parte 04]

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Capítulo: Capítulo 2 [Parte 4]

Aviso:quarta parte do capítulo dois

Boa leitura 📖

Eu não podia acreditar que isso estava acontecendo então olhei para Carlos com horror querendo que ele desmentisse isso,que eu não ficaria sem onde morar e lhe perguntei.

- É isso? Estou sendo expulsa da minha própria casa?Isso é sério

Aquilo não podia estar acontecendo. Não depois de tudo que eu tinha passado nos últimos dias.Depois de ter pedido meu avô daquela forma,eu não podia perder meu lar também.

- Não, claro que não que você será expulsa dessa casa,Carla – ele respondeu, ainda muito calmo. – Mas como seu tutor, eu vou cuidar de tudo, das despesas, dos empregados, já que vamos viver sob o mesmo teto.

- O quê?! – exclamei mortificada sem acreditar .

Não que eu não gostasse de Carlos – tudo bem, eu não morria de amores por ele desde que o sujeito sugerira a meu avô que me mandasse para um colégio interno quase todos os momentos que ele estava com meu avô quando esse era vivo -, e, com a quantidade de cômodos naquela casa, talvez eu nem notasse sua presença. Mas não era isso que me incomodava. Eu sabia o que aquilo significava. Meu avô havia me deixado uma babá.

- Isso é um absurdo! Eu não preciso de babá coisa nenhuma.

- Tutor, Carla .

- Dá no mesmo, Carlos !

- Eu sinto muito. Seu avô deu as ordens, eu apenas executo então trate de aceitar e ponto final se um dia quiser ver sua herança – ele respondeu sucinto.

- Oh, Deus! Isso não pode estar acontecendo. Quer dizer que eu não vou herdar nada?

- Não até se casar como seu avô foi muito inciso nessa condição,você só terá acesso a herança depois que casar.

- Mas como... Onde... E as minhas despesas? Eu preciso de dinheiro pra abastecer o meu carro, comprar minhas coisas para poder sobreviver.

- E é Por isso seu avô lhe deixou um cargo vitalício em uma das empresas do grupo. Para que você tenha dinheiro para se sustentar. Ele jamais te deixaria a míngua – ele sorriu.

Ah, não. Só me forçava a trabalhar! Mas, pensando bem, não parecia tão mal assim. Provavelmente um cargo de chefia ou gerência seria razoavelmente bem remunerado. Daria para me virar por um tempo, até que eu conseguisse contestar aquele testamento absurdo.

- Devo alertar que, se você tentar contestar o testamento, perderá o direito legal à herança. Seu avô imaginou que você faria algo do tipo – Carlos disse reunindo a papelada, como se tivesse lido meus pensamentos.

- Ah, ele pensou em tudo – Viviane respondeu, ecoando o que se passava na minha cabeça.

- Tudo vai continuar como sempre foi – o advogado explicou, paciente. – Você só vai ter que se adaptar à sua nova situação financeira. Você tem um teto e um emprego. O resto é por sua conta.

- Se vou ter que me casar pra ter direito à herança do meu avô, pode esquecer. A União pode ficar com tudo. Não tenho namorado, não acredito na instituição do casamento, não vou me casar só porque meu avô quer. Se ele quisesse me ensinar alguma coisa, que ficasse vivo pra isso!

Levantei-me às pressas e saí correndo da biblioteca, subindo a escada de dois em dois degraus.

- Carla ! – chamou Viviane , mas eu já estava trancada em meu quarto, jogada na cama, amaldiçoando meu avô por ter morrido e por te imposto essa condição horrível de ter que me casar.

- Eu não te perdoo nem nunca vou te perdoar! Está me ouvindo, vovô? Como você pôde fazer isso comigo? Eu te odeio! – chorei. Não sabia ao certo o que doía mais, a falta de confiança em mim ou ser tratada como uma criança birrenta. O que, pensando bem, dava no mesmo.

Viviane entrou no quarto e se deitou ao meu lado.

- Vai dar tudo certo, Carla pequena . Vai ficar tudo bem – sua mão acariciava meus cabelos.

- Como? O que eu vou fazer agora, Viviane ? Estou sozinha, tenho uma babá, que, aliás, nunca fui muito com a cara, estou sem dinheiro e vou ter que trabalhar! – voltei a chorar.

- Você não está sozinha. Eu estou aqui. Vamos dar um jeito nisso pode ter certeza disso,e estou aqui para você como sempre estive.

Sentei-me e sequei os olhos.

- Vamos? – perguntei com a voz fraca. – Como?

- Não tive tempo de pensar nessa parte ainda... – seu rosto anguloso se tornou pensativo, os olhos da minha melhor amiga brilharam . – Mas o Carlos disse que nada vai mudar de verdade. Você precisa acreditar nisso que ele não vai mudar nada mesmo com você não tendo acesso a herança antes de casar.

- Você acredita? – questionei, secando as lágrimas. Ela hesitou, mordendo o lábio.

- Não – respondeu por fim. – Mas, se as coisas ficarem ruins, você sabe que pode contar comigo, não sabe? A gente resolve isso juntas. – Ela pegou minha mão e entrelaçou os dedos aos meus.Eu agradecia aos céus por ter minha melhor amiga perto de mim para me dar um apoio nesse momento difícil.

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Procura-se um marido-Carthur  (Finalizada )Onde histórias criam vida. Descubra agora