Capitulo 06. [ Parte II]

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Capítulo 6

[Parte 2]

- Carla , acorda – chamou minha melhor amiga , me sacudindo bruscamente me tirando do lindo sonho que eu estava tendo .

- Eu quero dormir – murmurei, enterrando a cabeça sob o travesseiro.

- Temos que ir pra casa trocar de roupa e trabalhar. Pelo amor de Deus, levanta, garota!

- Eu estou em casa – virei-me de bruços quando ela tirou o travesseiro da minha cara.

- Não está. O André  está no banho e o Rodrigo  está desmaiado no outro quarto. Vamos cair fora agora!

- Quem é Fábio ? – murmurei sonolenta sem nem saber quem era .

- O amigo do André , que por acaso é o dono da cama em que você se encontra agora – ela puxou o lençol e me vi sem roupa .

- André-Eee? – abri os olhos e me sentei num átimo, completamente desperta. Olhei para baixo. Minhas roupas haviam evaporado. – Ah, Deus! Não!

- Foi exatamente isso que eu quis gritar quando vi o Rodrigo   peladão do meu lado no outro quarto – ela jogou minhas roupas sobre a cama. – E foi ruim! Muito ruim! Eu não quero ter que fingir que lembro de alguma coisa. Então vamos dar o fora agora!

- Ai meu Deus! André e eu que nojo eu acho que vou vomitar ? – Aquela voz fina no meu ouvido, os gemidos de garota... – Eca!

- Da próxima vez vamos dispensar o absinto, certo? – sugeriu ela, procurando meus sapatos.

- Certo. – Eu me pus de pé e em três segundos estava vestida, saindo sorrateiramente do apartamento arrumadinho de Fábio  e André  com os sapatos nas mãos.

Assim que alcançamos a calçada, me dei conta de que faltava alguma coisa.

- Hã... Cadê meu carro?

- Carla ! Você não lembra? – Viviane parecia frustrada, batendo os saltos finos na calçada esburacada.

- Eu devia? – Minha cabeça começou a latejar. Algo em meu estomago se agitava ferozmente, minha boca estava seca e achei que vomitaria a qualquer momento. Malditos bolinhos de chuva !

- Deixamos seu carro no estacionamento perto da balada. Viemos pra cá no carro do André . Você não tinha condições de dirigir nem carrinho de supermercado.

Estanquei, puxando-a bruscamente.

- Você estava sóbria? Você estava consciente quando me viu com o André ? – perguntei, chocada.

- Não! Claro que não! Quer dizer, eu não estava tão doida quanto você, mas estava bem alta. Você tomou todas...

- Não diga! – Voltamos a andar, nos afastamos do prédio deles o mais rápido possível. – Eu dei vexame?

Ela mordeu o lábio.

Ah, droga!

- Você subiu no balcão do bar e começou a dançar feito uma stripper quase tirando a roupa.

- Não! – gemi.

- Relaxa. Você não tirou a roupa dessa vez, mas comeu aqueles amendoins nojentos que ficam no balcão, onde todo mundo põe a mão.

- Por que você me deixou fazer isso? – perguntei horrorizada.

- Porque eu também comi – ela suspirou derrotada. – Você acha mesmo que, se eu tivesse em condições de alguma coisa, teria deixado aquilo chegar perto da minha boca?

- Era tão nojento assim? – a náusea aumentou.

- Ah, não! O amendoim até que era bom. Eu estava falando do Fábio. Não acredito que eu... Argh! Ele tem namorada! Tem uma foto dos dois do lado da cama. Mas ele me contou isso ontem a noite? Não, claro que não! – Ela cobriu os olhos com uma das mãos. – Esse dia já está ruim o bastante. Vamos pegar um taxi.

Procura-se um marido-Carthur  (Finalizada )Onde histórias criam vida. Descubra agora