2. Alice

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Já faz uma semana que eles estão aqui. Ainda não consegui manda-los embora. Perdi totalmente minha privacidade. Tenho que tomar cuidado com as roupas que uso por causa dos olhares incômodos de Mark que minha mãe finge não ver.

" Como ela pode aceitar isso ? Se não como mulher, porra, pelo menos como mãe."

Tenho tido dores de cabeça frequentes com o estresse de tê-los aqui, minha única paz é quando estou na fisioterapia ou quando eles saem para gastar dinheiro.

Tomas tentou o que pode para me proteger deles, mas eu não quero ligar para ele, eu tenho que me proteger sozinha.

Estou sendo burra ? Sim.
Estou sendo orgulhosa ? Com certeza.

Mas quero poder me proteger e não ficar na dependência de outros.

Tive que contratar uma cozinheira e uma empregada, por que eles não tem a capacidade de arrumar a própria cama.

Hoje eles saíram cedo para gastar mais dinheiro. Na parte da manhã eu fui a fisioterapia e agora estou no sofá lendo um livro com a tv ligada no noticiário.

Não tenho dormido bem essa semana com eles aqui, meu corpo está doendo, os músculos tensos então não me admira quando pego no sono no sofá.

Estou tendo um sonho tão gostoso com Saimon e Tay, eles estão me beijando e passando suas mãos pelo meu corpo me adorando como se eu fosse uma deusa para eles, suas mãos em meus seios, estou entre os dois e posso sentir suas ereções pressionados em mim. Saimon se esfrega em minha bunda uma mão em um seio e o outro descendo para minha buceta sem se importar por estar tocando Tay que esta na minha frente e esfregando seu membro na parte inferior da minha barriga suas mãos segurando os dois lados do meu rosto e me dando um beijo bruto e cru, tão intenso que sinto meu núcleo pulsar, fico toda encharcada e os dedos de Saimon escorregam ainda mais dentro de mim.

É quando eu tenho essa sensação estranha de algo errado, um toque em minha perna que não reconheço, subindo cada vez mais lentamente. Minha respiração começa a acelerar o medo me atingindo, é quando uma voz na minha cabeça fala e percebo é a minha vós.

" Acorde Alice."

Eu abro meus olhos lentamente me adaptando a luz. Quando a sonolência passa continuo sentindo aquele toque em minha perna e assim que olho para o lado vejo Mark sentado no final do sofá com asinhas pernas em seu colo e sua mão subindo em minhas pernas na parte inferior da coxa. Eu puxo minhas pernas de seu colo e me levanto rapidamente.

- Você está maluco, não toque em mim seu porco.

- Eu tive a impressão de que você estava gostando muito de ser tocada, considerando os sons que estava fazendo e esfregando uma perna na outra.

Sinto minhas bochechas esquentarem de vergonha por ele me ver em um momento tão vulnerável e intimo e principalmente de raiva por interferir em um sonho tão bom.

- Sabe a parte mais interessante é os nomes que você disse enquanto dormia. Eu até reconheci eles já que sua mãe já falou deles antes, como é mesmo? - ele faz uma expressão como se estivesse pensando - A é Saimon e Taylor.

Sinto minha pulsação aumentar, o medo me atingindo. Não tenho vergonha de ter tido os cinco comigo, mas medo do que eles podem fazer com isso. Os rapazes tem uma carreira, a sociedade é preconceituosa, não aceita as ideias que é diferente das delas, principalmente a classe alta.

Mark se levanta do sofá e vem em minha direção aproximando seu corpo do meu, me intimidando com o seu tamanho sobre mim.

- Aquela garotinha assustada cresceu e se tornou uma mulher linda e fogosa - ele diz e lambe os lábios - Eu gostaria muito de experimentar o sabor que você tem.

Eu puxo o ar através dos meus dentes e sem pensar muito lhe dou um tapa em seu rosto.

- Nojento pervertido - dou dois passos para trás me afastando dele e Mark segura meu braço me puxando novamente para perto dele.

Eu aproveito o puxão e vou para cima dele e lhe dou uma joelhada bem no meio de suas pernas. Ele se ajoelha no chão com as mãos em seu membro e geme de dor.

- Sua vadiazinha.

Não espero ele se recuperar saio correndo pelas escadas em direção ao meu quarto. Bato a porta e vou com a mão direto para a fechadura mas travo. Vejo minha mão tremer, elas estão suando, estou respirando pela boca e rapidamente.

- Não, não, não. Eu consigo, eu já fiz isso. Posso fazer de novo. Vamos lá Alice. Tranque a porta.

Digo para mim mesma, aperto ainda mais o trinco em meus dedos mas não consigo girar ele.

Me afasto da porta sentindo as lágrimas escorrendo dos meus olhos. A sensação de vulnerabilidade e de fraqueza me percorrendo de novo, as lembranças daquele dia retornando com força.

Vou para o lado da minha cama e me sento no chão em posição fetal, a cama ficando entre mim e a porta. Não possuo nada em meu quarto que possa usar para me defender.

Fico sentada olhando na direção da porta com medo dele a abri, não sei quanto tempo passa, se são apenas minutos mas quando olho para meu celular em cima da cômoda eu me levanto e vou em sua direção.

Não posso ficar aqui trancada pro resto da minha vida, não posso correr o risco de passar por tudo aquilo de novo. Não adianta falar nada para Sara, é bem possível dela me acusar de estar seduzindo seu marido nojento.

Eu sou pequena, por mais que em alguns momentos eu me defenda ainda posso ser muito facilmente subjugada.

Então eu faço algo que tenho lutado muito para não fazer, pego meu celular e desbloqueio o número de todos eles, até mesmo de Tomas.

Dígito apenas três palavra, coloco para mandar para todos ao mesmo tempo e aperto enviar.

" Eles estão aqui "

Seguro o celular firmemente enquanto meu ele começa a apitar e vibrar sem parar recebendo as notificações de mensagens atrasadas que estava bloqueado para receber, quando finalmente para eu volto para o lugar onde estava sentada. Assim que me sento novamente uma única mensagem chega depois de algum tempo.

Tomas :" Estamos indo "

Fico sentada no chão esperando. Posso escutar minha mãe e o porco do seu marido conversando e rindo do outro lado do corredor. Pouco tempo depois escuto os gritos e gemidos dela, sem fazer esforço nenhum para se controlar e sem se importar por eu estar por perto.

Isso me deixa aínda mais com ódio pelo o que eles fizeram ao meu pai.

Pego um travesseiro de cima da cama e me deito no chão me encolhendo mais, tentando ser ainda mais pequena e invisível, cubro meus ouvidos com o travesseiro para abafar o som e pela altura acredito que estejam com a porta aberta.

" Desgraçados, vocês vão me pagar pelo que estão me fazendo "

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