30. Alice

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Não sei para onde Saimon está nos levando e nem me importo, eu confio nele, só quero ficar sozinha para poder respirar e pensar um pouco.

Agora que a raiva e a adrenalina está passando estou começando a sentir minha mão e meu pé que usei para chuta-lo doer. É incrível que eu tenha tido tanta força para derruba-lo, quando chutei sua barriga o cara era duro pra cassete.

Eu tenho pequenos cortes nas juntas dos dedos mas nada que vá me prejudicar.

Eu não percebi quando os rapazes foram chegando, não quero saber o que vão fazer com o traidor. Provavelmente vão esperar Tomas chegar antes de entrega-lo a polícia.

Olho para fora do carro e percebo que estamos em uma área comercial da cidade, uma área que está crescendo muito, com vários prédios e Saimon para bem na frente de um deles e aciona o portão para abrir.

O prédio ainda está em construção, ainda está na parte bruta, falta por as janelas, ainda está com os andaimes.

- Ainda temos muito para fazer aqui. Mas espero que este ano possamos entregá-lo.

- Este não é um dos seus?

- Não. Este fui contratado para planeja-lo. Mas eu só aceito a partir do momento que eu comando tudo, não quero ninguém mandando em mim - Saimon olha para mim e da um leve sorriso - E bom, sendo quem sou eles não questionaram.

- Quanta modéstia Saimon - digo devolvendo o sorriso mas com um tom sarcástico.

Saimon avança com o carro para dentro assim que o portão termina de se abrir e estaciona ao lado de alguns contêineres. Ele desce do carro, da a volta e vem abrir a minha porta estendendo sua mão para mim.

- Você quer ver por dentro? Não tem ninguém aqui.

Eu aceito sua oferta então eu pego em sua mão para sair. Quando ele vê meus dedos faz uma careta e aperta um pouco mais seu aperto para me reconfortar.

Seguimos em direção ao prédio e damos a volta para a lateral, Saimon me dizendo tudo o que planeja fazer. Chegamos na lateral e vejo um elevador. Ele não me parece muito seguro, parece mais uma gaiola. Eu hesito um pouco e Saimon sente.

- Eu nunca colocaria você em perigo princesa.

- Eu sei, me desculpe.

Eu abaixo minha cabeça com vergonha. Mas Saimon segura em meu queixo e levanta meu rosto para olhar direto em seus olhos, se abaixa e me dá um beijo leve, não é algo bruto e apressado, é um beijo carinhoso lento, que faz meu sangue esquentar aos poucos. Mas aí ele se afasta rápido de mais, eu tento mante-lo mordendo seu lábio inferior, mas ele sorri para mim e se endireita novamente.

- Se não quiser nós não subimos princesa.

Saimon estava bem animado me mostrando e explicando tudo o que ele fez, não posso tirar essa felicidade dele.

- Não, não. Está tudo bem, vamos.

Seguimos para o elevador, ele abre uma das grades e assim que entramos ele as tranca. Imediatamente Saimon olha para mim e sei o que ele está pensando.

- Está tudo bem Saimon. O fato de ser uma gaiola e eu posso ver o lado de fora ajuda. Quando é um elevador normal todo fechado me deixa um pouco ansiosa mas nada que me impeça de entrar - digo tagarelando de mais - Sinceramente não sei porque meu trauma faz tanta distinção.

- É o seu subconsciente princesa - Saimon aciona o elevador e começamos a subir - Como aconteceu em um lugar tudo muito fechado, você se pegou a um momento assim.

- Bom acho que eu deveria voltar a psicóloga, mas desta vês falar alguma coisa com ela - olho para cima e não estamos nem na metade ainda - Quanto andares tem este prédio?

- Tem 47 andares. Todos comerciais escritórios, consultórios e vários outros e principalmente todos vendidos.

Eu olho para a frente enquanto subimos. Olhando a cidade a nossa frente, e sinto Saimon vindo atrás de mim e abraçando minha cintura. Eu encosto em seu peito, seu calor e perfume tendo um efeito relaxante e calmante em mim.

Assim que chegamos ele nos guia para dentro de um apartamento, pelo que ele diz será um por andar, então cada escritório será enorme.

Saimon passa a me mostrar tudo. Ficará perfeito assim que estiver concluído. Ele nos leva para uma mesa que está no meio do escritório, onde tem várias plantas em cima. Saimon segura em minha cintura e me coloca sentada em cima da mesa sem se importar por eu estar amassando todo o seu projeto.

- Eu já volto princesa.

Saimon se afasta para ir ao cômodo onde ele havia mostrado como o banheiro e logo retorna com um pano branco em sua mão. Ele pega minha mão direita e delicadamente começa a limpar os meus dedos machucados. O pano está molhado e gelado o que dá um alívio divino em meus dedos.

Estou olhando para os meus dedos, e sinto meus sentimentos uma bagunça, raiva, ódio, medo, ansiedade. Tudo está ao mesmo tempo dentro de mim. Meus olhos ficam embaçados e sinto uma pequena lágrima descer. Saimon novamente levanta meu rosto para ele e com o seu polegar direito limpa a lágrima traidora que escapou sem a minha permissão.

- Não se preocupe princesa nós vamos cuidar de você. Não fique pensando sobre as consequências que teremos se todos descobrirem sobre o nosso relacionamento Alice. Os rapazes e eu sabemos e assumimos tudo. Não nos arrependemos de nada e faríamos tudo de novo - Saimon aproxima seu rosto mais perto do meu, a ponta de seu nariz tocando no meu, nossas festas encostadas - Se pudéssemos voltar no tempo a única coisa que teria mudado era não ter deixado você longe por 11 anos. Eu teria ido te visitar, passar as férias com você. Este é o único arrependimento que tenho, ter te deixado de lado por todo esse tempo.

- Vocês tinham suas próprias vidas Saimon.

- Mas nós éramos tudo o que você tinha depois da morte de seu pai, e assim que você foi mandada para o colégio interno nós te esquecemos, te deixamos sozinha, aprendendo a se cuidar. Porra você era uma criança tão pequena e delicada. E simplesmente te deixamos - as mãos de Saimon estão apertadas em minha cintura, ele está no meio de minhas pernas, estamos um respirando o outro tão próximos - Mas eu juro a você, nunca mais sairei do seu lado, a única forma disto acontecer será apenas se você me matar. E mesmo assim eu ainda volto pra te assombrar.

Eu rio de seu comentário e passando suas duas mãos para o meu rosto Saimon me puxa para um beijo. Começamos lentamente, aproveitando cada pedacinho um do outro. Seus lábios macios e quentes, sua língua percorrendo toda a minha boca lutando com a minha língua.

As mãos de Saimon deixam me rosto e retornam para minha cintura, para baixo da minha blusinha, seus dedos percorrendo minha pele já quente e subindo pelas costelas me causando um arrepio delicioso. E por cima do meu sutiã Saimon aperta os meus seios.

- Ah...mais, quero tudo Saimon - digo em seus lábios, pego sua camisa e estourando alguns botões eu a abro, tendo uma visão maravilhosa de seu abdômen bem definido.

Saimon retira as mãos dos meus seios o que eu protesto mordendo seu lábio inferior com um pouco mais de força, ele pega na barra da minha blusinha e a puxa para cima, me permito afastar dele apenas para retira-la. Ele começa a se inclinar para a frente lentamente me fazendo deitar em cima da mesa. Seus lábios saindo da minha boca e percorrendo um caminho para baixo pelo meu queixo, passando pelo pescoço deixando um rastro molhado. São beijo suaves, sua língua passando pela minha pele me provando e continuando a descer. Saimon puxa meu sutiã para baixo e tomando o seio direito em sua boca chupando meu mamilo rígido suavemente e fazendo movimentos circulares com a língua, sua mão vai para o meu esquerdo apertando ele e com seu polegar e indicador Saimon belisca e da um leve puxão. Sinto o leve choque da dor percorrer por todo o meu corto até meu centro já encharcado.

Soltando meu seio direito Saimon volta a fazer seu caminho para baixo dando leves mordidas em minha costela e deixa beijos suaves em minha barriga.

- Eu mau vejo a hora de ver está barriguinha completamente redonda com um filho nosso dentro.

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