" Não. Isso é mentira "
- Mentiroso - eu grito em sua direção.
- E por que eu mentiria sobre uma coisa dessa. Se quiser pode confirmar com essa vadia que você está protegendo e chama de mãe - seu sorriso não some, é algo assustador. Se divertindo com o meu medo de isso tudo ser verdade.
- Você quer o meu dinheiro, por isso está mentindo, quer fazer chantagem contra mim e meu irmão - eu tento me afastar um pouco mais para trás.
Mas não vou muito longe, toco a mão em Sara e quando olho em sua direção ela não tem coragem de me olhar nos olhos. Sara encara o chão, sua respiração está alterada.
- Diga que é mentira - eu falo com um tom seco e com raiva - DIGA!
- Eu... - ela levanta seu olhar para mim e seu semblante se fecha - Eu não sabia quando você nasceu, já que você se parece muito comigo. Foi apenas depois que seu pai morreu que descobri que o cretino havia feito vasectomia assim que Tomas nasceu.
Ela fala tudo com raiva e indignação em sua voz, como se fosse uma traição do meu pai ele ter tomado aquela decisão.
- Você queria dar o golpe da barriga nele, queria segura-lo mais com outra criança - a cada palavra me sinto quebrar por dentro, em saber que não passamos de objetos para ela atingir seu objetivo, manter o meu pai.
Eu volto o meu olhar para a frente, onde Mark continua agachado com os braços apoiados nas pernas. Eu o olho com o maior nojo e desprezo.
- Você é nojento. Queria me levar para a cama mesmo sabendo de tudo.
O seu sorriso some por um momento, suas mãos sobem para cima e com as palmas para a frente.
- Em minha defesa eu não sabia. Descobri a dois dias quando está vadia tentou terminar o nosso casamento.
- Não me importa se você sabia ou não. Você. Não. É. O. Meu. Pai. - digo pausadamente. Ele franze a testa - Você não passa de um desgraçado e idiota que se deixou ser usado por esta mulher por tanto tempo - vejo um ódio profundo em seus olhos desviando entre mim e Sara. Eu não me importo mais com a segurança dela, por mim eles podem se matar, mas eu preciso sair e pedir ajuda - Você não passa de um otários, depravado e nojento.
Eu cuspo em sua direção e acerto sua bochecha esquerda. Isso o inflama ainda mais e me preparo para o que vem.
Mark da um impulso para a frente com a intenção de se jogar em cima de mim.
Me apoiando em minhas mãos eu levanto o meu pé e o chuto bem na cara, acertando em cheio o seu nariz.
Mark cai para trás gritando pela dor de um nariz quebrado. Então eu aproveito o momento e me dou um impulso para levantar, passo por cima do seu corpo e corro para a porta e em direção ao corredor.
Os seguranças não vão ver nada já que Mark já revelou que mexeu com as câmeras. Eu teria que sair pela porta da frente e gritar por ajuda.
" Merda por que o portão tinha que ficar tão longe da casa "
Estou quase chegando nas escadas quando sinto algo atingir as minhas costas e me fazendo cair pesado no chão.
Tento usar tudo o que os rapazes já me ensinou, mas no momento que você mais precisa parece que você se esquece.
Eu viro de barriga para cima, lembrando que eles me disseram para nunca deixar a pessoa me prender de barriga contra o chão.
Quando olho para baixo vejo Mark em cima de mim tentando conter as minhas pernas que eu chuto com toda a minha força.
- Sua vadiazinha você vai aprender a me respeitar - mesmo eu me contorcendo, chutando e batendo os braços o máximo que posso, ele ainda é mais forte e sobe em cima de mim e senta em meu peito. Seu peso tornando difícil de respirar.
Primeiro sinto um tapa atingir a lateral do meu rosto, depois vem um soco que me faz virar o rosto para o lado e vejo pontos escuros em minha visão.
- Saia de cima dela Mark, você vai mata-la - vejo Sara em pé atrás dele e tenta puxa-lo de cima de mim, dando socos e tapas, mas quando ela puxa o seu cabelo, ele se vira de uma vez e com toda a força bate seu braço nela e a empurra na parece.
Sara bate a cabeça com força e a vejo cair no chão e não se meche. Então o foco de Mark volta para mim.
- Viu o que você me fez fazer - ele grita para mim e sinto suas duas mãos se fechar em meu pescoço - Eu a amava. Sabia que ela estava apenas me usando. Mas eu a teria mesmo assim e ainda por cima teria acesso ao dinheiro.
Mark está fora de si, não vejo mais consciência em seu olhar, apenas ódio, ambição e desejo de morte.
O seu aperto se fecha mais em meu pescoço, não consigo puxar ar o suficiente, minha visão está escurecendo, mas continuo me debatendo.
É quando eu consigo segurar dos dois lado de sua cabeça e encaixo os meus polegares em seus olhos e os aperto com força.
Mark urra com a dor e se joga para longe de mim. Com o seu peso aliviando o meu peito e suas mãos me soltando, a lufada de ar que me invade é tudo o que eu precisava. Eu puxo e tusso, tentando puxar mais ar, minha garganta está queimando e muito dolorida. Mas durante tudo isso eu tento me recompor e me levantar.
Quando dou o segundo passo cambaleante para a escada uma mão gruda em meus cabelos e atinge a minha cabeça na parede.
- Sua puta desgraça - ele diz em meu ouvido, me mantendo pressionada contra a parede - Espero que você tenha superado os seus medos.
Ainda me segurando pelo cabelo, Mark me afasta da parede e me arrasta pelo corredor, a todo momento me chacoalhando e arrancando cada vez mais meus fios.
Atravessamos a escada e chegamos na frente do meu quarto.
Mark me joga no chão e fica de pé na porta.
Eu não entendo o que ele quer dizer ou planeja fazer comogo. Estou no chão, tentando me levantar, minha garganta, meu tórax e meu couro cabeludo ainda estão doendo.
- Será que seu irmão e seus namoradinhos chegaram a tempo ? - ele pergunta, mas não espera uma resposta, segura na maçaneta da porta e a fecha.
Escuto o trinco se fechando e meus batimentos começam a aumentar ainda mais. Eu me levanto e corro para a porta. Tento abri-la, mas não consigo. Me afasto alguns passos e corro, jogando o meu peso na porta. Mas nada funciona.
- Abra a porta. Me tira daqui - eu grito, mas não sai muito auto por causa da garganta machucada - Por favor, socorro.
Eu choro desesperadamente, bato na porta, mas nada acontece e ninguém aparece.
Estou cansada e machucada, completamente sem forças. Me encosto na porta e me deixo escorregar. Me sento no chão e deixo o meu pânico me consumir, minhas mãos estão suadas mas ao mesmo tempo frias. Eu choro, grito e rezo.
" Por favor. Por favor. "
Abraço minhas pernas e tento controlar a minha respiração, diminuir o meu pânico.
Eu não percebo quando fechei os olhos e quanto tempo se passou, mas quando começo a sentir um cheiro que reconheço de lembranças terríveis, eu abro os olhos e olho para o chão.
Uma fumaça negra está entrando pela fresta da porta.
" Por Deus, este desgraçado está botando fogo na casa com nós duas aqui dentro "
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Apenas Vocês
Romance" Que merda ela está fazendo aqui " Alice uma garota linda e inteligente, que não tem medo de dizer o que quer mas que passou a maior parte de sua vida sozinha no colégio interno. Mas quando retornou para casa descobriu que tudo e todos estavam dif...