34. Alice

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Estou dormindo em minha cama sendo pressionada por dois corpos muito grandes e firmes. Abro meus olhos e vejo que estou deitada com a cabeça em cima do peito de Nicolas e Tay está encostado com seu corpo atrás de mim e sua mão em minha cintura.

Mas não foi eles se mechendo em seus sonhos que me despertou, foi os sussurros do lado de fora da porta, são baixos mas posso dizer que estão com raiva.

Eu tiro o braço de Tay de cima de mim e tento sair do meio sem acorda-los. Paro por um momento e os observo.

Eu os acompanhei por toda a minha vida pelas redes sociais, o que faziam, o que conquistaram, por onde andaram, e aqui estou eu comprometida e loucamente apaixonada por eles. E o mais surpreendente de tudo é saber que eles estão por mim e aceitam me dividir entre si para me ter.

Eu não sou idiota, sei que mesmo com minhas curvas um pouco mais acentuadas ainda sou bonita.

Mas no meio de tantas outras garotas e mulheres mais experientes, eles me escolheram. E isso me deixa extremamente feliz e me faz realmente pensar no que Saimon disse sobre filhos.

" É claro que eu quero, só não agora, mas eu vou dar um filho para eles "

Novamente eu escuto sussurros do lado de fora da porta que desvia minha atenção desses homens em minha cama.

Vou na ponta dos pés e abro a porta o mais quieto possível e olho na direção da discussão.

- Você não pode ficar aqui, tem que ir embora. Se eles descobrirem, eles acabam com você - minha mãe diz.

- Eu não tenho medo desses merdinhas. Eu sou o seu marido, tenho todo o direito de dormir com a minha esposa.

Mark esta encurralando minha mãe na parede ao lado da porta do quarto do meu pai. Ela está com as mãos em seu peito tentando afasta-lo e manda-lo embora.

Tomas deve estar extremamente cansado para não telos escutado já que sua porta é a mais próxima. Mas eu lembro que ele teve que fazer uma viagem bate e volta sem tempo de descansar por causa do traidor e ficou até tarde na casa de Aria.

Quando me levantei eu havia olhado para o relógio do celular e já passa das 4 horas da manhã.

" Esse cretino não deveria estar aqui "

- Eu sei que não, mas mesmo com o que temos eles estão em maior número, você sabe o que aconteceu com aquele tal de Vitor nas duas vezes que eles o bateram e agora Sebastian está desaparecido - minha mãe o afasta dois passos dela.

- Aquele cara é um idiota viciado em jogo, que serviu muito bem para o nosso propósito, agora foda-se ele se foi burro de se deixar capturar.

- Não os subestimem Mark, eles podem ser mais jovens mas são extremamente inteligentes e tem a cidade inteira em suas mãos.

Eu posso escutar em sua vós e ver em seus olhos o desejo que ela tem por eles e pelo visto Mark também percebeu.

- É impressão minha ou você quer foder um deles, ou todos eles - Mark da um passo em sua direção novamente o que faz Sara se encostar na parede e sua respiração mais rápida e seus olhos mais arregalados.

- Não seja idiota Mark.

Mark chega mais perto, seus rostos tão próximos que a ponta de seus narizes se tocam. Ele passa a costa de sua mão em seu rosto como uma carícia e desse para o seu pescoço. É neste ponto que sua mão para e se fecha e aperta. Sara puxa o ar fazendo um som baixo de quem está sufocando. E eu sei muito bem como é isso.

- Não seja estúpida de me trair Sara. Você sabe muito bem as consequências.

Sei que não deveria, sei que seria melhor para todos nós se os dois simplesmente matasse um ao outro. Mas como posso ficar vendo uma mulher sendo tratada assim e não fazer nada, mesmo ela sendo uma vadia.

- Solte ela e saia desta casa - digo com a minha vós mais firme possível.

Mark e Sara olham em minha direção me vendo se aproximar deles. Os olhos dele percorrem todo o meu corpo e é quando eu me lembro do pijama que estou usando.

" Merda "

- E se eu não fizer o que você manda?

- Eu chamarei os seguranças e tenha certeza que se o meu irmão e os outros acordar você não sairá do mesmo jeito que entrou.

Mark estrala a linga e sorri para mim, com um olhar malicioso e nojento. Mas ele diz para minha mãe.

- Se ela é a sua cópia fiel Sara, eu deveria ter te conhecido mais cedo - desviando seu olhar para mim ele continua - Você era gostosa pra caralho.

Eu sinto todo o meu corpo estremecer mas tento me conter, quero me cobrir mas não darei está satisfação dele saber que suas palavras me afetaram, apenas mostro em minha expressão o nojo que estou sentindo.

Sara não diz nada, fica lá parada apenas o encarando. Mark se endireita, solta o pescoço de minha mãe, lhe dá um beijo bruto em seus lábios, mas sei que ele a está machucando, mas ela não o empurra. Ele morde seu lábio com força o que faz ela resmungar de dor e assim que Mark se afasta posso ver um pouco de sangue em seu lábio inferior do pequeno corte que foi feito.

Mark vem em direção a escada, mas ele terá que passar por mim para acessá-la. Ele para do meu lado e inspirando profundamente Mark diz próximo ao meu ouvido.

- Mal vejo a hora de sentir o sabor de sua buceta. Será que é melhor do que o da sua mãe?

- Saia desta casa agora desgraçado - digo o mais furiosa possível. Aperto minhas mãos em punho me segurando para não socar sua cara.

Assim que Mark segue pelas escadas rindo e escuto a porta da frente se fechando eu olho na direção da minha mãe que ainda está encostada na parede e respirando rapidamente.

- Você está bem ? - eu pergunto.

- Como se você se importasse - ela diz. Minha mãe tem razão eu não me importo com ela, mas nenhuma mulher deveria ser tratada assim - Você sempre tem a atenção de todos não é.

Posso escutar a raiva em sua voz mas eu recente não entendo.

- O que ? O que quer dizer ?

- Não importa onde está ou o que está vestindo você sempre chamará a atenção de todos para você.

" Espera, ela está mesmo me culpando pela obsessão nojenta de seu marido por mim "

- Ele sempre te olhou, mesmo de longe. E só era esfregado na minha cara conforme você crescia o que eu estava perdendo enquanto envelhecia.

- Não me culpe pelo nojento do seu marido desejar uma garotinha de sete anos. Isso é desprezível e repugnante - digo a ela e tento conter a anciã de vômito que me sobe.

- Mas não é só ele que te deseja não é? - Sara se afasta da parede se endireitando e levantando a cabeça. Ela se vira para sua porta quando eu digo.

- Você tinha o papai. Foi sua escolha trai-lo.

Ela segura a maçaneta de sua porta mas não entra, quando ela vira o corpo levemente para mim eu vejo algo que nunca esperava em seus olhos. Há pesar, arrependimento, mágoa e principalmente saudade.

- Eu nunca tive o seu pai.

Sara abre a porta e entra no quarto que os dois dividiam.

Fico lá parada sem saber o que pensar sobre o que ouvi e vi. Me pareceu que realmente ela o amava, mas se sim por que o traiu com Mark?

" A algo mais na história dos nossos pais que nós não sabemos e eu sei quem poderia me contar "

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