60. Alice

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- Parece tudo bem gostoso - Samanta diz durante o intervalo na faculdade.

- E é mesmo. O churrasco deles é totalmente diferente do nosso - digo me lembrando dos dois dias que passei no Brasil - Eles consomem muita carne, muito bem temperado. Sem contar os lugares lindos, a praia e as pessoas. Caramba não vejo a hora de poder ir de novo e conhecer um pouco mais do país.

Dou um suspiro e me perco na memoria desses dois dias. Passamos bastante tempo no Rosa de Sangue e quando chegamos no hotel ainda não estávamos satisfeitos. No dia seguinte na quarta feira, o amigo de Dom nos convidou para sua casa e comer um legítimo churrasco Brasileiro, com muita cerveja.

Mas infelizmente quando a noite começou a se aproximar tivemos que nos despedir do país e retornar para casa, no dia seguinte eu teria que ir a faculdade então não podia chegar muito tarde.

- Como são os caras de lá ? - pergunta Rita - São realmente tão bonitos como escutamos falar.

Eu me inclino sobre a mesa e as meninas se aproximam, apenas Wil se afasta um pouco e cruza deus braços sobre o peito, nenhum pouco interessado no que tenho a dizer.

- São sim. Na praia você tem belas miragens de corpos tonificador, bronzeados, homens saindo da água todos molhados com uma cor de pele dourada por causa do sol - eu retorno a encostar na cadeira e faço um gesto de me abanando - Você também iria gostar Samanta, as mulheres de lá são verdadeiras beldades.

- Hum...agora eu me interessei - diz ela e todas nós rimos.

- Sabe a minha próxima aula é com o professor Natan e acho que ele iria achar muito interessante a conversa de vocês - ele diz carrancudo. Acho que ser o único homem no meio de tantas garotas as vezes deve ser bem irritante.

- Não seja fofoqueiro Wil - Jéssica lhe dá uma cotovelada bem na costela que o faz reclamar e esfregar o local - Alice também falou das mulheres.

Sinto meu celular vibrar em meu bolso e deixo a conversa entre meus amigos para conferir.

Assim que vejo sobre o que se trata a mensagem sinto a minha ansiedade começar a crescer.

- Pessoal eu preciso fazer uma coisa - me levanto e pego minha bolsa.

- Vai perder mais aulas Alice - Camila me dá uma reprimenda. Eu não me importo, sei que ela só está preocupada.

- E se Natan perguntar por você ? - pergunta Wil.

- Diz que tive um problema feminino e que tive que sair.

Me despeço de todos e logo saio da faculdade torcendo para não esbarrar com Natan ou com o amigo professor dele.

                                                                    

Estou dirigindo para minha casa, com tantas coisas passando pela minha cabeça que não sei como não bati o carro.

Assim que chego no portão de casa mesmo os seguranças reconhecendo o carro e já acionando o portão para se abrir, eu paro na guarita e abaixo o vidro.

- Minha mãe está em casa ? - pergunto para o segurança que se aproxima.

- Está sim senhorita Alice.

- Ela está sozinha ou algum dos rapazes está também ?

- Não senhorita. Todos saíram. A senhora Sara chegou faz uns quarenta minutos e está sozinha. Achei ela um pouco nervosa. A senhora quer que um de nós lhe acompanhe?

- Não, não obrigada rapazes.

Sigo em frente com o carro, passo pelo longo terreno até chegar a entrada de casa. Não me dou o trabalho de deixar o carro na garagem.  Desço do carro e sigo para dentro de casa. Mas assim que entro eu escuto a voz da minha mãe.

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