Pov Maiara.
- Você vai gostar, podemos fazer os trabalhos juntos - Gustavo fala me olhando - Não minto que eu estava com medo de me sentir sozinho aqui.
- Você não vai se sentir sozinho - Sorrio para ele - Mas não sei se vou continuar.
- Por que não?
- É complicado...
Hoje eu vim para conhecer a faculdade e acabei conhecendo algumas pessoas e uma delas, foi o Gustavo, moreno charmoso e é parecido comigo, gosta de conversar.
Continuamos andando para fora do campus e quando estamos chegando na saída, vejo a minha namorada me esperando, ela veio me buscar, mesmo eu falando que não precisava.
- Eu tenho que ir - Falo para ele - Foi bom te conhecer, espero que dê certo para você.
- Você não quer uma carona? Eu te levo - Ele aponta para o seu carro - É caminho.
- Não precisa, eu meio que já tenho alguém para me levar.
Mesmo eu tentando me afastar, ele continua do meu lado, falando comigo, eu só consigo olhar a cara nada boa da minha namorada.
- Foi bom te conhecer - Falo para ele - Mas eu já estou indo.
- Foi bom te conhecer...
Me afasto dele e vou até Luísa, que até o momento está com os braços cruzados me olhando. Me aproximo dela devagar e selo nossos lábios.
- Oi, amor...
- Quem é ele? - Ela pergunta brava.
- Um conhecido... mais ou menos, eu conheci ele hoje.
Luísa revira os olhos e abre a porta para mim, fazendo eu entrar no carro e ela faz o mesmo logo em seguida. Quando olho para frente, tem um livro, pego ele na mão e quando vejo que é de terror, faço cara de nojo.
- Livros de terror não tem graça igual ao filme - Falo chamando a sua atenção - Na verdade são bem sem graça.
- Só se a sua imaginação for ilimitada - Ela responde sem me olhar - E precisa de um filme para reproduzir as palavras que você não consegue interpretar.
Ela está brava, suas mãos estão firmes no volante e suas respostas estão secas.
- Lu... não fica brava.
- Não estou brava.
- Tudo bem...
Pego a sua mão e beijo a nossa aliança, relembrando que esse anel não está na minha mão atoa, que nós duas temos um compromisso, que eu jamais iria quebrar.
Vejo seu livro e abro, lendo apenas para distrair a minha mente, odeio quando ela não conversa comigo.
- Você gostou da faculdade? - Luísa quebra o silêncio.
- Gostei...
Espero ela perguntar mais para mim continuar falando, mas a loira não pergunta mais nada, me deixando triste.
- Mai... pode falar.
- Você não quer me ouvir...
- Eu sempre quero te ouvir, Maiara.
Me aproximo dela e beijo a sua bocheca, arrancando um sorriso da loira. Começo a falar tudo que chamou a minha atenção na faculdade e recebo seus sorrisos de canto para mim.
- E eu vi o laboratório - Falo animada - É muito lindo, não mais que você, mas é muito lindo.
- Ma-
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Love letters
RomanceCartas de amor são escritas não para dar notícias, não para contar nada, mas para que mãos separadas se toquem ao tocarem a mesma folha de papel. Todas as cartas de amor são apaixonantes, se não, não existiria motivos para escrevê-las. Luísa se vê a...