you are the reason.

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Pov Maiara.

- Você está comigo - Maraisa fala me abraçando - Vamos passar por isso juntas...

- O quê? Passar pelo o quê?

Quando olho para o lado, Marília está no chão, chorando abraçada com a sua mãe. Estamos no hospital da cidade, porque Marília está aqui? Por que minha irmã está aqui? Eu não estava aqui, cadê Luísa?

- Cadê a Luísa? - Pergunto rapidamente - Cadê ela?

- Irmã... a gente sente muito - Ela fala segurando meu rosto - Ela lutou...

- Do que você está falando?

- Negação é a primeira fase do luto, está tudo bem.

- Luto? Que porra? - Empurro ela para longe - Luto de quem?

- Mai... a Luísa...

- Não... não, ela estava bem - Nego com a cabeça - Nós...não, cadê ela?

- Levaram o corpo dela agora...

- Não... - Falo com a voz embargada - Não, ela estava bem.

As lágrimas começam a descer pelo meu rosto, eu perco as forças da minha perna, sinto meus batimentos e a pressão atrás da minha cabeça, estou entrando em colapso.

- Mai... se acalma.

- Me traz ela de volta - Peço abraçando seu corpo - Esse não pode ser o nosso fim, por favor.

- Não faz assim...

- A nossa história não acabou, não, não pode ser assim, nossos filhos, nossos planos, por favor meu Deus...

Eu faria tudo de novo se fosse pra sentir outra vez todo aquele nosso amor imenso que explodia em todas as direções e preenchia todos os espaços sem amor pelo mundo, eu faria tudo de novo se fosse pra te encontrar no meio do caminho...

Até que eu começo a cair, meu corpo entra em um abismo e eu não consigo parar. Acordo assustada, com o corpo suado e meus cabelos colados no meu corpo.

- Puta que pariu... - Sussuro com a voz embargada - De novo não.

Olho ao meu redor e a cama está vazia, as lágrimas começam a rolar pelo meu rosto e eu me levanto rapidamente, procurando a minha mulher.

- Não é justo - Marília fala rindo - Eu sou mais velha.

- Dois meses, Marília - Luísa rebate com o travesseiro na mão - Aceita.

- Vai se fuder - Ela fala puxando Luísa pelo pijama - Você vai admitir que eu sou mais madura.

Marília empurra Luísa para o chão e senta na sua barriga, batendo o travesseiro nela. Entro na sala devagar e chamo a atenção das duas, fazendo Luísa empurrar Marília para o chão e vir na minha direção.

- Bom dia... - Ela fala segurando meu rosto.

Me aproximo dela e abraço o seu corpo, suspirando aliviada dela estar aqui. Meu maior pesadelo era não passar na faculdade ou perder a minha irmã e agora, meu maior pesadelo, é a minha realidade, viver com a constante possibilidade de perder o amor da minha vida. Solto um soluço e as lágrimas descem pelo meu rosto.

- Amor... o que aconteceu? - Luísa pergunta me olhando.

- Eu te amo...

- Eu também te amo, vida.

Beijo a sua bocheca e passo a mão no seu rosto, passando meu nariz no seu.

- Eu fiz o seu café da manhã - Ela fala selando nossos lábios.

Love lettersOnde histórias criam vida. Descubra agora