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Pov Maiara.

- Te amo, meu amor...

Liz está dormindo com o rosto no meu peito, seu corpo virado para mim e as mãozinhas na alça da minha camisola. Me acalma ouvir a sua respiração baixinha, o barulho que ela faz com a chupeta e quando ela me chama em meio ao sono.

Passo a ponta do meu dedo no seu nariz, alisando a sua pele. Não é porque é minha filha, mas é a bebê mais linda do mundo.

Ela foi a primeira pessoa a me conquistar com uma palavra, quando eu ouvi ela me chamando de "mamãe", sem ao menos morar conosco, mexeu comigo de um jeito inexplicável.

- Como vamos contar para a sua irmã? - Luísa pergunta saindo do banho - E para a sua família?

- Não vou contar para toda a família - Sorrio fraco - Só para a minha irmã e a Lila.

- Por que?

- Porque eu sei que elas não vão me desejar mal.

Pode parecer besteira, mas na minha gravidez foi uma mistura de emoção muito grande, ganhávamos presentes o tempo inteiro, familiares que odiavam a ideia de me ver casada com uma mulher, mandavam inúmeros presentes e vivam em cima de mim, mas quando eu perdi a minha bebê, eles se quer mandaram uma mensagem. Isso não vai se repetir, quero a minha gravidez focada na minha família apenas, eu, Luísa e Liz, além do casal Malila e meu sobrinho.

- Como você quer contar para a sua irmã? - Ela pergunta beijando a minha bocheca.

- Podemos montar uma caixinha nós três?

- Podemos, amor...

Luísa está me olhando com um brilho no olhar que eu não entendo, está diferente, diferente de todas as vezes que ela me olha.

- O que foi, Lu?

- Eu te amo - Ela fala deitando a cabeça no meu ombro - E eu amo as nossas filhas.

- Eu também te amo, amor.

Ela me dá um beijo na testa e saí de perto de mim, indo trocar de roupa. Sinto duas mãozinhas me puxando para baixo e Liz me olhando, com uma cara brava no rosto.

- Bom dia, Liz...

Ela resmunga irritada e senta na cama, ficando assim por longos minutos, com os cabelos bagunçados o pijaminha amassado.

- Bom dia, amor... - Falo cutucando ela.

Ela começa a falar irritada e volta a deitar na cama, olhando brava para Luísa.

- Eu não fiz nada - Minha esposa fala rindo - E o que eu queria fazer, não posso, porque você está aqui.

- Luísa, não começa - Brigo com ela.

Estamos sem se relacionar vai fazer quase vinte dias, pelo simples motivo, no mesmo dia da inseminação, Liz grudou em mim, chorava se não estava comigo, vomitou quando deixamos ela na minha irmã, ela simplesmente não desgruda e começou a ter ciúmes de mim com a minha esposa.

- Desculpa... vou ter que me virar sozinha então - Ela resmunga baixinho - Não se preocupa.

- Amor... é só até passar essa independência dela.

- Claro...

Luísa saí do quarto e consigo ouvir os seus resmungos irritados, mas infelizmente não posso fazer nada. Liz está me olhando, com uma nada boa.

- Liz... nós vamos para a sua tia hoje - Falo cutucando a minha filha - Léo vai te ver.

Ela sorri rapidamente quando eu falo sobre o meu sobrinho, maior que a sua paixão por Marília, é a sua paixão por Léo, o seu primo mais velho.

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