my only one.

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Pov Luísa.

- O que você acha desse, Mai? - Pergunto para a minha esposa - É bonito.

- O quarto da Liz é rosa - Maiara fala me olhando - Vamos fazer o da Isa ou azul bebê ou roxo.

- Lilás também é bonito...

- É...

Maiara está desanimada, reclamou para sair de casa, reclamou para comer, hoje ela não está bem, mas hoje é o único dia da semana que eu vou conseguir ter o dia inteiro livre.

- Mai... escolhe.

- Eu quero ir para casa - Maiara fala cabisbaixa - Eu quero deitar, minhas costas estão queimando, meus pés estão inchados, eu não quero estar aqui.

- Maiara...

- Por favor.

Respiro fundo e concordo com a cabeça, não vou brigar com ela, nossa filha que está causando isso. Minha esposa entrelaça as nossas mãos e fomos até o estacionamento, mas quando estamos procurando nosso carro, alguém toca no meu ombro.

- Oi, "meu nome é casada" - Victor fala me olhando.

- Oi...

Maiara olha para nós dois e junta as sobrancelhas, sem entender essa aproximação.

- Você está melhor? - Ele pergunta me olhando e se aproxima.

- E no que te interessa isso? - Maiara pergunta nervosa - Quem é você?

Victor olha para nós duas e entende rapidamente quem é a esposa ciumenta e possivelmente grávida. Coloco minha mão na cintura da minha mulher e empurro ela para o carro, mas Maiara sequer sai do lugar.

- Quem é ele, Luísa? - Ela pergunta me olhando.

- Eu sou o Victor, o rapaz que ajudou quando ela estava passando mal na farmácia.

- Você passou mal na farmácia? - Maiara começa a ficar mais nervosa ainda.

Abro a boca para responder e não saí nada, deixando a minha esposa mais nervosa ainda e entrando no carro, batendo a porta com força.

- Ela é ciumenta mesmo - Victor fala rindo - Bem que você diss-

- Não somos amigos - Corto o rapaz imediatamente - Você me ajudou, obrigada, agora me deixa em paz.

Dou a volta no carro e entro, vendo que a minha esposa está no banco de trás, olhando para a janela, enquanto seus olhos enchem de lágrimas.

- Mai...

- Me leva para a minha casa, Luísa - Ela responde nervosa - Não quero olhar para a sua cara agora.

Concordo com a cabeça e dou a marcha, indo para casa rapidamente, ouvindo o choro baixinho da minha esposa no fundo. Quando chegamos, Maiara sobe nervosa para o quarto, batendo todas as portas que ela abre. Vou atrás dela e sento na cama, ficando do seu lado.

- Amor, ele é só um menino - Falo beijando seu ombro.

- Eu não ligo para ele, Luísa - Ela responde nervosa - Você passou mal e não me contou.

- Mai, foi antes da gravidez - Aviso alisando seu rosto - Antes daqueles exames, antes de tudo.

Maiara me olha e vai parando de chorar, me aproximo dela e deito do seu lado, puxando minha esposa para me abraçar. Passo minhas mãos pelo seu rosto e selo nossos lábios.

- Eu estou bem...

- Eu não - Minha esposa fala chorando - Meu pé está doendo, eu quero vomitar, tá tudo ruim.

- Você quer uma massagem nós pés?

- Quero...

Saio da cama e pego um creme, voltando para a cama e começo uma massagem nós seus pés, ouvindo a respiração aliviada da minha esposa, mas ela ainda está quieta, não quer conversar muito, suas palavras são limitadas, suas expressões são vazias, quem conhece a minha esposa, sabe que ela não é assim.

- Mai... por que você está assim?

- Tive sonhos ruins - Ela sorri fraco - Só isso.

Termino a massagem dos seus pés e volto a deitar com ela, beijando sua cabeça e abraçando seu corpo. Maiara me olha o tempo inteiro, como se tivesse medo de dormir, ela ainda está cansada, percebo isso pelo seu jeito de ficar, ela ainda está com sono.

- Dorme, Mai...

- Você acha que meus sonhos significam algo? - Ela pergunta com medo da resposta - Que todos vão acontecer?

Sim, mas o que me dá mais medo, é que Maiara só tem pesadelos e geralmente me envolvem.

- Eu não sei, amor...

Ela concorda com a cabeça e se enfia mais nós meus braços, com a cabeça entre o meu pescoço e meu ombro. Deixo vários beijos no seu rosto e acaricio sua cabeça, até ela dormir.

Não consigo deixar de sorrir com a facilidade que ela dorme nós meus braços. Passamos tantas coisas juntas, tantos momentos ruins, que agora estamos vivendo tanta paz, que a nossa maior turbulência está sendo causado pelo ciúmes em excesso, do medo de perdemos uma a outra, é a única coisa que nós tira a paz.

Volto minha atenção para a TV e coloco qualquer filme, mas uma coisa me tira o foco.

- Luísa... - Maiara fala ainda dormindo e suas mãos seguram o meu moletom.

Mesmo com os olhos fechados, Maiara começa a se contorcer na cama, me chamando pelo nome, ela está tendo outro pesadelo. Seguro a sua cabeça e assopro o seu rosto, para acordá-la e não assustar mais ainda a minha esposa.

- Maiara, eu estou aqui - Falo tentando acordá-la - Está tudo bem, eu estou aqui.

As lágrimas descem pelo seu rosto e eu me vejo na obrigação de acordá-la de uma vez. Chacoalho seu corpo com força, chamando ela e a minha esposa volta, com a respiração ofegante, ela dessesperada e a ela me olha confusa.

- Eu estou aqui... - Falo alisando seu rosto - Eu estou aqui.

Ela me abraça com força e beija meu ombro, segurando nas minhas roupas.

- Está tudo bem, amor - Falo alisando seu rosto.

- Parecia real - Ela nega com a cabeça - Parecia muito real.

Abraço seu corpo com força e beijo a sua cabeça, alisando seu rosto Poucas coisas custam tão pouco e confortam tanto como um abraço.

" Era por isso que ela gostava daqueles abraços. Os apertados. Porque era ali. Era ali que ela encontrava tudo o que tinha de mais bonito."

- Não é real... eu estou aqui, não vou para lugar nenhum.

Minha esposa concorda com a cabeça e se encolhe nós meus braços, beijando as minhas mãos e me olhando o tempo inteiro.

- Lu...

- Oi, amor...

- Faz macarrão para mim?

- São nove da manhã, Mai.

- Mas eu... eu tô com vontade.

- Eu faço minha vida - Falo beijando sua cabeça.

Love lettersOnde histórias criam vida. Descubra agora