that way.

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Pov Maiara.

- As memórias vão voltar, vai parecer que você já viveu isso antes - Minha esposa fala alisando meu rosto - Vai ser tudo muito parecido, menos o final... eu te prometo que o final vai ser diferente.

Concordo com a cabeça e continuo olhando para Luísa, enquanto a enfermeira termina com a inseminação.

- E se não for diferente? - Pergunto com a voz embargada.

- Vai ser diferente...

Ela sela nossos lábios e continua acariciando a minha cabeça. A enfermeira termina e nós libera, avisando dos inúmeros efeitos colaterais que eu vou ter, deixando Luísa preocupada.

- O que você está fazendo? - Pergunto olhando para o seu celular.

- Comprando seus remédios.

- Amor... os remédios é caso eu passe mal.

- Eu quero prevenir.

Tiro o celular da sua mão e beijo a sua bocheca. Luísa foi insuportável na primeira gravidez, ela não deixava eu fazer absolutamente nada, não duvido que nessa seja pior.

- Eu quero ir para casa logo - Falo baixinho - Quero ver a Liz.

- Nós já vamos, amor...

Luísa fecha a minha blusa e beija a minha testa, entrelaçando as nossas mãos para sair.

Chegamos em casa em poucos minutos, Luísa me deixa e vai buscar a nossa filha na sua mãe. Eu até queria ir, mas não estou me sentindo bem, só quero ficar deitada o dia inteiro.

Depois de uma semana inteira pensando se eu realmente queria tentar, decidi que sim, mesmo podendo tentar durante toda a minha vida, quis fazer isso agora. Sempre foi meu sonho, ter dois filhos e criá-los ao mesmo tempo, como aconteceu comigo e com a minha irmã.

Acabo pegando no sono, ainda deitada com as roupas que eu vim do hospital.

" - Mamãe, posso ir pegar meu presente? - Liz pergunta me olhando.

Me abaixo na sua direção e passo a mão no seu rosto, ela está tão grande, linda, seu cabelo cresceu, mas seus olhos ainda são os mesmos. Me aproximo para abraçar ela e Liz faz o mesmo.

- Mamãe... a Isa pegou os presentes dela - Liz fala chateada - Eu posso ir também?

- Isa?

- Sim, mamãe... eu posso ir?

- Me leva até ela...

Liz segura a minha mão e me guia até a sala da nossa, mas quando olho para as paredes, estão sem as minhas fotos com Luísa, sem os nossos quadros, sem as nossas fotos.

- Liz... quem tirou as fotos daqui? - Pergunto para a minha filha.

- Que fotos?

- As fotos...

Olho para a parede e está tão vazia, Luísa deve ter tirado, não tem outra explicação. Descemos as escadas e vejo uma menininha de cabelo castanho, de baixo da árvore de natal, quando ela me , sai correndo para as minhas pernas.

Love lettersOnde histórias criam vida. Descubra agora