falling.

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Pov Luísa.

" - Amor é uma fumaça que se eleva com o vapor dos suspiros; purgado, é o fogo que cintila nos olhos dos amantes; frustrado, é o oceano nutrido das lágrimas desses amantes. O que mais é o amor? A mais discreta das loucuras, fel que sufoca, doçura que preserva. - Romeu "

Viro mais uma taça de vinho e mais uma página do livro, começando o próximo cap, até sentir uma pessoa me olhando.

- É estranho esse livro ser o seu favorito - Minha esposa fala se aproximando de mim - Principalmente por ser um romance.

- Eu nunca disse que odiava romances - Dou de ombros e fecho o livro - Eu não gosto de romances impossíveis.

- O deles é impossível.

- Não é não - Nego com a cabeça - Eles tornaram impossível, foram impulsivos.

- Romeu se matou.

- Porque ele achava que a Julieta estava morta, ele foi impulsivo.

Minha esposa revira os olhos e afasta a garrafa de vinho, selando nossos lábios.

- Vamos dormir - Ela fala passando a mão no meu rosto - Liz já dormiu, está tarde.

- Eu não acabei ainda, amor...

- Você já leu esse livro várias vezes.

- Mas eu quero terminar...

Ela segura meu rosto e junta nossos lábios, arranhando meu pescoço e aproximando meu corpo do dela. Maiara suspira baixinho quando sente o gosto de vinho da minha boca e passa as suas pernas pelo meu corpo, sentando no meu colo e mordendo meus lábios.

- Seu livro é mais interessante do que a sua esposa? - Ela pergunta arranhando meu pescoço.

- Não...

Maiara sorri com a língua entre os dentes e volta a me beijar, fazendo eu aproveitar para apertar a sua bunda.

- Me leva para o quarto... - Maiara pede segurando meu rosto.

Pego ela no colo e subo devagar pela escada, enquanto a minha boca beija seu pescoço, chupando seu ponto de pulso. Abro a porta do quarto com o pé e deito ela na cama, deitando meu corpo em cima do seu.

- Obrigada, amor...

- Obrigada? - Pergunto hipnotizada pela sua boca.

- Sim, eu estava com preguiça de subir - Ela fala saindo do meio dos meus braços e deita na cama.

Abro a boca para responder e fico irritada por não conseguir. Cruzo meus braços e olho para ela, brava com a sua cara de pau. Maiara simplesmente me iludiu que iríamos fazer algo e me deixou sem nada, segundos depois.

- O que foi, amor?

- Sério? Você realmente não sabe? - Pergunto brava - Por que você fez isso?

- Minhas costas estavam doendo - Maiara fala me olhando - Me desculpa.

Hoje faz duas semanas da inseminação, já podemos fazer o teste, mas Maiara está com medo do resultado, mesmo eu já sabendo. Ela está manhosa, chorosa, enjoa de qualquer coisa e para piorar, a sua carência, dobrou de tamanho, ou seja, não posso ir no mercado sem ela, não posso ir na cozinha sem ela, parece um bebê que tenho que carregar para todo lado.

- Deita comigo... - Ela pede com a voz baixinha - Dorme comigo, eu faço carinho em você.

- Você vai fazer mesmo? Não vai começar e depois dormir?

- Não, meu amor...

Respiro fundo e me enfio de baixo das cobertas, sentindo a minha esposa se aproximando de mim e deitando a cabeça no meu peito. Ela leva as mãos para o meu pescoço e sobe até a minha cabeça.

Love lettersOnde histórias criam vida. Descubra agora