Pov Luísa.
Acordo com uma música alta, gritaria no andar de baixo, risadas e a cama vazia. Olho ao meu redor e nem Liz e nem Maiara estão comigo, passo a mão no meu rosto e acordo, indo para o andar de baixo.
Quando eu chego no andar de baixo, Maiara está só de biquíni e Liz no chão de fralda, rindo da sua mãe que está com uma colher de pau, cantando a música da rádio.
- Bom dia... - Falo coçando meus olhos.
Minha esposa sorri para mim e se aproxima, selando nossos lábios.
- Você está bem hoje? - Pergunto tirando o cabelo do seu ombro e deixo um beijo no seu pescoço.
- Estou, amor.
Liz engatinha até as minhas pernas e me usa como apoio, para ficar de pé.
- Mamãe, dá - Liz fala me chamando com a mão.
Vejo que estou com a sua naninha na mão, mas eu gosto de provocar a pequena e levanto a mão, ouvindo ela resmungar irritada.
- Dá, mamãe - Ela começa a ficar irritada.
- Não.
- Mamãe...
- Não vou te dar.
Liz desce das minhas pernas e senta no chão, resmungando irritada e me olhando brava.
- Luísa... - Maiara fala rindo.
Me abaixo na direção da minha filha e faço um bico, esperando o beijo da minha pequena. Liz me olha brava e fica parada em pé me olhando, até ela me dar um beijo de esquimó e estender a mão, querendo a sua naninha.
- Toma, amor...
Maiara se afasta de nós duas e vai terminar de fazer o café, me deixando brincando com a pequena.
- Mamãe... - Liz fala andando até Maiara.
Minha esposa quando vê a nossa pequena andando, ela trava e fica olhando para a Liz, raciocinando o que acabou de acontecer.
- Mai...
- Ela deu os primeiros passos? - Maiara pergunta com a voz embargada e abaixa na altura da pequena.
Sorrio fraco e concordo com a cabeça, não vou estragar nosso dia, falando que Liz já tinha andado quando estávamos brigadas, não quero estragar o nosso momento em família assim. Sei que minha esposa iria ficar magoada, possivelmente chorar e eu não quero isso, quero a minha esposa alegre, sorrindo, não voltar a como ela estava.
Maiara pega Liz do colo e apoia nossa filha no balcão da pia, enchendo seu rosto de beijo, enquanto a risada da pequena alegra o lugar. Me aproximo das duas e beijo a minha esposa, abraçando seu corpo por trás e levantando a minha mão para a sua barriga.
- Sabia que vocês são os amores da minha vida - Falo passando meu nariz no seu pescoço - Que eu não existo sem vocês.
- Você é o amor da minha vida - Maiara fala com os olhos na minha boca.
Aliso a sua barriga com o meu polegar e sinto um movimento forte na minha mão.
- O que foi isso? - Pergunto confusa.
Maiara começa a rir e abaixa a cabeça para a sua barriga, segurando as minhas mãos.
- Foi o primeiro chute da nossa filha, amor - Ela fala me olhando - E foi por causa de você.
- Foi? - Pergunto com a voz embargada.
- Foi, amor...
Abraço seu corpo com força e deito a minha cabeça no seu ombro, deixando as lágrimas caírem pelos meus olhos.
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Love letters
RomanceCartas de amor são escritas não para dar notícias, não para contar nada, mas para que mãos separadas se toquem ao tocarem a mesma folha de papel. Todas as cartas de amor são apaixonantes, se não, não existiria motivos para escrevê-las. Luísa se vê a...