Pov Maiara.
- Ela está fria... - Falo com a voz embargada - Não podem trazem uma coberta mais quentinha para ela?
- Mai... - Maraisa fala baixinho - Vem ficar aqui com a gente.
- Não... eu tenho que ficar com ela - Sorrio fraco - Ela... ela não gosta de ficar sozinha.
Marília chorou tanto que dormiu nós braços da sua noiva, mesmo soluçando, a sua mente conseguiu ter um pouco de sossego, já eu, não consigo sair do seu lado, por nenhum estante, sei que ela vai acordar, ela precisa acordar.
Pego as suas mãos e beijo, sentindo seus dedos completamente congelados, não era para ser assim. Nunca pensei que a sua pele poderia estar tão branca, que a sua boca carnuda e avermelhada, se misturaria com os tons da sua pele, ficando sem vida. Os aparelhos do hospital são repetitivos, mas eu nunca pensei que ficaria tão feliz de ouvir as batidas do seu coração, porque enquanto ele estiver batendo, eu ainda vou ter esperança.
Me aproximo mais dela e deixo um beijo na sua bocheca, não podendo encostar na sua boca, pelo aparelho que colocaram para você respirar, já que seu corpo não tem mais forças para fazer isso.
Suas batidas são fracas, estão quase parando, mas cada vez que eu seguro as suas mãos elas aumentam, sei que você ainda está lutando.
- Eu ainda estou aqui - Sussuro para ela - Eu não vou sair daqui, você sabe disso.
" - Você está gelada, Lu...
- Eu só... não estou bem hoje, Mai.
- Você quer carinho?
- O que?
- Quando Maraisa está doente, eu faço carinho nela - Dou de ombros - Você quer carinho?
- Não precis-
Me aproximo da loira e levo minhas mãos para o seu cabelo, fazendo carinho ali e deito a minha cabeça no seu ombro."
Sorrio da lembrança e levo as minhas mãos para os seus cabelos, acariciando a sua cabeça, enquanto as lágrimas descem pelo meu rosto.
- Eu prometi sempre fazer carinho em você, lembra? - Pergunto baixinho - E você prometeu lutar, então... continua lutando, por mim, por nós duas, mas especialmente por você... por favor.
Olho para o aparelho dos seus batimentos e eles aumentam, fazendo meu coração esquentar, ela está me ouvindo.
- Eu estava lendo o livro que você me deu - Falo rindo - Sua tentativa de me fazer odiar romances impossíveis não funcionou... mas foi bom a tentativa.
" - Eu gosto de romances impossíveis.
- Isso é bonitinho na parte teórica, não na realidade.
- Você já viveu algum romance impossível para saber? - Pergunto na defensiva - Ou só é achismo seu?
- Romances impossíveis sempre dão errado, Maiara - Ela fala se aproximando de mim - É só pensar um pouco.
- O seu romance impossível foi com a sua ex? Por isso vocês terminaram?
- Não, nosso namoro não foi um romance impossível, foi só um namoro.
- Então qual romance impossível você já viveu?
Luísa fica olhando longos segundos para mim, observando cada detalhe do meu rosto, até eu ver um sorriso no canto da sua boca.
- Nem sempre romances impossíveis se transformam em relacionamento - Luísa fala indo para a outra prateleira de livros e pegando um na mão - As vezes você só se apaixona por uma pessoa que você não pode ter."
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Love letters
RomanceCartas de amor são escritas não para dar notícias, não para contar nada, mas para que mãos separadas se toquem ao tocarem a mesma folha de papel. Todas as cartas de amor são apaixonantes, se não, não existiria motivos para escrevê-las. Luísa se vê a...