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Eu e Gavi estávamos sem se falar a semanas, por conta de nossa briga. A copa do mundo iria começar essa semana, eu estava no avião indo para o Catar, eu estava tão cansada, eu tinha passado muito tempo no ballet, depois da briga de Gavi e Leo, o ballet fazia eu parar de pensar um pouco em Gavi, já que não conseguia tirar ele de meus pensamentos. O voo estava tranquilo, eu irai ficar no Catar até o final da copa do mundo, com meu pai, já era tradição eu e meu pai irmos assistir a copa, toda vez a gente vem ver esses jogadores honrar os países deles, e é lindo, eu adorava, meu pai mas ainda.

-Querida, a gente ja vai pousar.- meu pai me avisa, me acordando de meus pensamentos, dou um sorriso a ele, para dizer que compreendi. Nos pousamos, e descemos do avião, Catar era lindo, igual a todos os pais que já visitei, pegamos um táxi até o hotel, e simplesmente, aquele momento dos prédios, e eu dentro de um táxi, eu estava me sentindo uma patricinha de um filme famoso, chegamos no hotel, e eu fiquei pensando como meu pai conseguiu pagar por isso? O hotel era tão chique, e quando entramos era mas chique ainda,  papai foi buscar as chaves de nossos quartos. -Meu amor, eles trocaram o seu quarto, você vai ter que ficar em outro andar, tudo bem?.- ele fala com um tom confortante.

-Tudo bem pai.- falo e entramos no elevador.

-Calma.- escuto alguém gritar. -Por favor segure o elevador.- aquela voz masculina era família, o rapaz se aproxima, e o reconheço.

-Gavi.- meu pai fala quando ele entra no elevador, eu fico parada sem saber o que dizer.

-Eu senhor Joseph.- Eles dão um aperto de mão. -Oi Ana.- ele fala com um tom carinhoso mas sem muito sentimentos.

-Oi Gavi.- tento não mostrar nem um afeto, eu não acredito que estava passando por isso, eu estava com tanto odio dele e saudade ao mesmo tempo.

-Você está hospedado aqui?- papai pergunta, eu estava torcendo para que não estivesse.

-Estou, a seleção inteira tá.- ele fala e imediatamente olho para meu pai, aquilo ele sabia que Gavi estava no hotel, volto a olhar os botões do elevador, conseguia ver Gavi me olhando pelo canto do olho, a porta do elevador se abre.

-Bom, esse é meu andar.- meu pai aperta a mão de Gavi de novo. -Tchau querida, qualquer coisa me liga.- ele me dá um beijo e sai, deixando eu e Gavi sozinhos no elevador, aquilo era estranho, estarmos brigados, mesmo brigados eu queria o tocar, só o fato dele estar no meu lado era incrível, mas ao pensar que semanas atrás eu estava de mãos dadas com ele, me fazia querer tocar sua mão, então relaxo minha mão, e estico o meu dedo mindinho, para ver se eu consigo o tocar, sem ele perceber, mas quando eu estava quase o tocando a porta se abre, olho para a sua mão, e seu dedo mindinho também estava esticado, os nossos dedos estavam quase se tocando, por poucos centímetros eu aí o tocar, iria o sentir de novo.

-Tchau Ana.- ele afasta os nossos dedos e me olha, e sai do elevador, a porta se fecha, e por um momento eu esqueci de tudo, eu só consigo voltar a realidade quando o elevador mostra que está indo para o próximo andar, droga meu andar era esse, aperto o botão para abrir a porta, a porta começa a se abrir, e pela flechinha da porta vejo Gavi caminhando pelo corredor, assim que a porta se abre totalmente, Gavi olha para mim, me retiro do elevador, e vou procurar meu quarto, mas uma vez estávamos um do lado do outro.

-Você quer ajuda para achar seu quarto?- ele me pergunta, me fazendo o olhar, olhar aqueles olhos castanhos que ainda brilhavam.

-Não precisa obrigado.- recuso, mesmo querendo a ajuda dele, acho meu quarto, e tento abrir a porta, mas sinto Gavi me olhando, me viro, e ele estava parado a uma porta de um quarto que era na frente do meu, o olho, e não podia ser o destino. -Esse é seu...

-É.- ele me enteronpe já sabendo o que eu iria perguntar. -E esse é o seu...

-É.- ficamos nos olhando por minutos, eu estava admirando o seu rosto, naquele momento eu consegui reparar em traços de seu rosto que eu nunca tinha reparado, naquele momento parei para contar as pintas que tinha em seu rosto, parei para olhar seu nariz, seu queixo, parei para olhar suas orelhas.

-Boa noite.- diz um senhora passando por nós.

-Boa noite.- respondemos juntos, e eu volto a minha porta que estava difícil de abrir.

-Eu te ajudo.- ele vem até mim, e toca em minha mão, me fazendo sentir uma eletricidade percorrer por meu corpo todo, ele também sentiu, por que naquele exato momento nos olhamos, ele abre a porta, fazendo-o assim soltar minha mão. -Pronto, você tem que puxar para baixo.- ele se afasta de mim.

-Obrigado.- entro no quarto, e antes que eu fechasse a porta...

-Ana...- abro a porta rapidamente.

-Oii.- eu estava torcendo para ele dizer que me amava, para eu dizer a ele também.

-Eu sei que disse adeus mas... eu não quero dizer adeus.- ele fala se aproximando de mim, o olho indignada.

-Então por que deixou eu ir? Por que deixou eu ir Gavi?- ele fica em silêncio. -Eu queria que tivesse me impedido, queria que tivesse me puxado pela cintura e me beijado.

-Queria?- ele fica surpreso.

-Não, não de em cima de mim agora.- falo com uma voz brava. -Sabe o que mas me irritou?

-O que?

-Isso, você não ter me impedido, você não ter ido atrás de mim.- aquilo realmente me estresava, pensar o por que ele não foi atrás de mim.

-Você falou que queria ficar sozinha.- ele fala sem entender.

-Eu sei, mas o que eu realmente queria era que você tivesse... que você tivesse ido atrás de mim Gavi, droga.- me encosto no batente da porta, e fecho os olhos, para não olhar aquela carinha perfeita que estava em minha frente.

-Eu...

-Eu estou cansada Gavi, o meu voo foi longo, eu preciso dormir.- abro os olhos, e ele entende.

-Tchau Ana.- ele caminha até a porta de seu quarto, e a abre, antes dele entrar ele se vira para mim.

-Tchau Gavi.- fecho a porta de meu quarto e me encosto sobre ela, me deslizo para o chão, que estava gelado.

Oi amores tudo bem? Gostaram desse capítulo?
Obrigado por lerem beijos e até amanhã 💞

𝑴𝒆𝒖 𝑱𝒐𝒈𝒂𝒅𝒐𝒓 - 𝑃𝑎𝑏𝑙𝑜 𝐺𝑎𝑣𝑖 Onde histórias criam vida. Descubra agora