Tinha se passado alguns dias, depois daquela festa, em comemoração a vitória do Brasil. Eu e Gavi estávamos muito bem, ele estava tão ansioso pelos jogos, aquela festa não tinha afetado nada entre a gente, muito pelo contrário, depois que chegamos no hotel naquela noite, ele me preencheu, literalmente, fudemos a noite inteira, como se não tivesse amanhã. Só de lembrar de cada toque, cada beijo. Meu corpo se arrepiava por completo.
Eu estava com papai almoçando. Gavi estava no treino, ele passava muito tempo no treino, por conta da copa.
-Querida vou precisar sair daqui a pouco.- ele diz nervoso, ele parecia assustado, ansioso.
-Eu posso ir com voc...- minha tentativa de falar foi falha.
-Não.- ele fala seco, papai estava estranho, ele não agia assim. -Eu acho melhor não querida.- ele me dá um sorriso forçado, dou um sorriso a ele sem ser forçado, um sorriso simples. -Por que você não passa o dia com Gavi?.- ele diz quebrando o silêncio.
-Eu vou passar.- menti. Eu não iria passar o dia com Gavi, eu só queria que papai ficasse mais tranquilo.
-Que bom.- ele estava eufórico, tinha algo de errado. -Querida eu tenho que ir.- se levanta da mesa, e me dá um beijo em minha testa, não o impedi, nem mesmo insisti que eu fosse com ele.
Papai sai, e eu volto para meus aposentos. Eu só queria minha cama, me deito, eu estava muito cansada, muito sobre carregada, mesmo eu não fazendo nada cansativo. Eu não conseguia parar de pensar na apresentação do ballet, e na copa, eu estava com medo de Espanha e Brasil se enfrentarem, e o fato de papai estar ansioso, me deixava ansiosa.
Por que meu pai estava assim?.
Coloco as mãos no rosto, cobrindo meus olhos, e tento não pensar sobre isso. Tento pensar em Gavi, em minha batata doce, ele me acalmava.
Sinto um peço em minha barriga, e abro os olhos, era o Batata, o gato.-É batata a vida é dura.- paço minha mão em seus pelos acinzentados. -O que será que papai está escondendo de mim?.- ele nunca tinha agido assim, esquisito. Será que ele já tinha chegado? Eu poderia descobrir mais sobre ele estar agindo assim.
Me levanto delicadamente para não machucar o Batata. E me retiro de meu quarto, vou até o quarto de papai, sua porta não estava trancada.
Por que ele deixaria a porta destrancada?
-Pai?.- pergunto entrando, mas ninguém responde. Fecho a porta e caminho até sua cama, o quarto estava arrumando, diferente do meu, os funcionários deveriam me odiar, por sempre bagunçar. Me deito em sua cama, e sinto algo vibrar por debaixo do travesseiro. Pego, e era o seu celular. -Ele realmente estava nervoso, para ter deixado o celular aqui.- falo para mim mesma.
Ligo o celular, e tinha umas mensagens não lidas, de um número desconhecido, entro na mensagem.
O celular sem que eu perceba cai de minha mão, sinto meu coração apertar, de um jeito ruim, minha respiração estava funda, estava difícil de respirar, minhas mãos tremiando.
Não poderia ser possível.
Ela estava aqui, Helena estava aqui, o que ela queria? Ela nunca apareceu, por que agora depois de anos, por que agora? Sinto uma lágrima escorer por meu rosto.
Por que agora?.
Eu não conseguia ficar ali, me retiro do quarto as presas. Meu rosto estava encharcado pelas lágrimas, por algum motivo aquilo me afeta muito, eu nunca me importei por não tela, mas o que ela queria? Dinheiro, voltar? Ela não podia voltar, não depois de anos.
Aperto o botão do elevador, eu precisava estar em casa, precisava estar acolida, precisava me sintir em casa, mesmo não estando.
A porta se abre, eu estava de cabeça baixa, não queria que vissem minhas lágrimas escorendo. Até que sinto, uma paz, um conforto, levanto a cabeça, e lá estava meu amor, minha casa.
Pablo Gavi.
Aquela porta se abre, e vejo minha Ana, de cabeça baixa, ela estava triste, eu conseguia sentir. A própria me olha, seu rosto estava molhado, seus olhos avermelhados, lágrimas escoriam por seu rosto, sua mão estava trêmula.
-Minha, o que aconteceu?.- ela se aproxima e me abraça sem dizer nada, ela só chorava. Retribuo o abraço, tentando a recomfortar, a calmar. Ela estava muito abalada.
O que tinha acontecido?.
Ela não disse nada por minutos, só chorou em meu peito, minha camiseta estava molhada, pelas lágrimas, eu não me encomendava com isso, mas sim pelo fato dela estar triste, isso me deixava triste, e eu nem sabia o motivo de sua tristeza.
A porta se abre, e ela sai, a sigo. Ana caminhava em passos lentos, até sua porta. Ela para ali de cabeça baixa. Eu não insistiria ela de falar.
-Ela está aqui Gavi.- sua voz estava mágoa, triste.
Quem estava aqui? Era a pergunta que eu me fazia.
-Helena está aqui.- ela se encosta na porta de sua quarto. Como que sua mãe poderia estar aqui?. -Ela voltou.- a moça, a minha moça, se desaba do chão, ela tampa o rosto, e consigo escutar o seu choro sendo abafado.
-Ana.- me ajoelho junto a ela, retiro suas mãos de seu rosto, ela me encara, seus olhos estavam inchados. -Você viu ela?.- pergunto calmo, para tranquilizala.
-Eu... eu.- gagueja ela. -Eu vi uma mensagem no celular de meu pai.- merda. -Ela pediu para se encontrar com ele, depois te tudo Gavi, depois de anos. Meu pai nunca superou ela, ela foi seu amor.- eu não sabia o que deveria dizer, o que deveria fazer, eu só queria tirar a tristeza dela.
-Pode ter sido um engano.
-Não. Era ela.- mais lágrimas desciam por seu rosto. -Ela não pode o magoar de novo. Helena não pode voltar, e achar que está tudo bem.- Ana nunca a chamava de mãe, depois que descobriu seu nome. -Eu nunca a vi, nem uma foto.
-Você quer ver?.- eu já sabia sua resposta, ela balança sua cabeça em negativo.
-Por que isso dói tanto? Por que está doendo.- vejo toda sua tristeza e dor, passar para mim, sinto meus olhos encherem de água, eu sabia que não era a mesma dor que a dela, mas era a dor de vela assim. Ver seu amor sentir dor, era a pior coisa.
Eu queria trocar de lugar com ela, eu realmente queria.
-Passa sua dor para mim.- coloco minhas mãos em seu rosto. -Passa ela para mim.- odernei, seu rosto me encarava. Eu preferia sentir sua dor, do que ver ela assim. -Passa toda dor para mim.- peguei em sua mão, que estava fria, ela tremia. A coloco em meu coração, e encosto minha testa a dela.
-Gavi.- diz baixo. -Eu vou ficar bem, você me faz bem.- desencontro de sua testa, e a observo. Ana sorria para mim, não era um sorriso alegre, mas para aquele momento, era um sorriso confortante, um sorriso sem dor. -Você me faz melhorar, você é o meu lar, me faz sentir segura, obrigado Gavi.- dou um sorriso a ela, ela não precisa dizer obrigado, eu queria ser seu lar, queria ser seu ponto seguro, igual ela era o meu.
Nossos rostos ainda estavam molhados, as lágrimas já tinham parado. Levo minha boca até seus olhos, e beijo delicadamente seus olhos, até salgar minha boca, pelas lágrimas que em segundos antes estavam ali. Ana parecia calma, parecia em seu lar.
Oi lindos tudo bem? Gostaram desse capítulo? Peço desculpas por não ter postado ontem.
Obrigado por lerem, obrigado mesmo beijos até amanhã💞
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝑴𝒆𝒖 𝑱𝒐𝒈𝒂𝒅𝒐𝒓 - 𝑃𝑎𝑏𝑙𝑜 𝐺𝑎𝑣𝑖
Fanfiction-EU TE ODEIO PABLO GAVIRA- digo gritando. -Odeia?- diz o jogador chegando tão perto de mim que eu conseguia sentir sua respiração.