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Hoje era mais um dia naquele hotel, tentando evitar olhares, e sentimentos, eu e meu pai iremos passar a tarde na praia, eu estava feliz, encontro com meu pai na recepção, não tinha visto Gavi ainda, era um alívio, mas ao mesmo tempo eu queria ter o visto. Fomos a praia de táxi, por que era longe do hotel, a praia estava tranquila, eu tiro meus sapatos e sinto a areia pelos meus dedos do pé, corro até o mar, e quando aquelas águas salgada tocou meus pés, me fez querer ficar ali para sempre, me fez pensar em Gavi, pensar no final de semana na praia, e como eu queria viver aquilo de novo, como eu o queria, sentir aquelas águas percorrendo meus pés, era bom, volto para realidade quando uma onda me derruba, me fazendo lembrar de Gavi me derrubando no mar, no final de semana na praia, me levanto rindo, e me sento ao lado de papai, que estava rindo de mim, ele estava com uma roupa de mergulho, mas não tinha entrado no mar ainda.

-Não vai entrar?- pergunto, me encostando em seu ombro.

-O mar está muito violento.- ele se refere a o que tinha acabado de acontecer, rimos.

-Está mesmo.- ficamos por minutos ali, sem dizer nada, meu pai era a única família que eu tinha, eu tinha a vovó e o vovô, mas meu pai era surreal, ele cuidou de mim, ele cuida de mim sempre, mas tinha uma coisa me incomodando desses aquele jantar em casa, era aquela Helena, quem era Helena. -Pai, no jantar em casa com a vovó e o Gavi.

-A estamos falando o nome dele?- ele diz, já que eu  tinha proibido esse nome em casa.

-Pai. Eu ouvi sem querer a conversa de você e da vó Teresa, e vocês falaram de uma Helena.

-Helena... você nunca me perguntou o nome dela, ou algo sobre ela, Helena, sua mãe ela adorava praias.- Helena era minha mãe, esse era o nome dela, eu nunca tinha me endereçado em saber o nome dela. -Você é parecida com ela.

-Não diga isso.- falo tirando minha cabeça de seus ombros.

-Por que não querida? Ela era bonita como você.- ele tenta me confortar.

-Não quero ser parecida com ela, não quero toda vez que me olhar no espelho, ver que sou parecida com a pessoa que me deixou, quero ser parecida com meu pai, com você.

-Você é, você tem meu nariz, minhas orelhas, você tem minha risada, você é minha filha, minha.- ele pega em minha mão, e me dá um sorriso, dou outro a ele, e aquilo me confortou. Passamos a tarde toda na praia, e quando já estávamos cansados, fomos para o hotel,  chegamos no hotel e Gavi estava na recepção, estava conversando com uma garota, eles pareciam íntimos, ela estava tocando em seu ombro, e ele estava sorrindo para ela, tendo não olhar, não queria ver Gavi me esquecendo.

-Eu já estou indo.- falo para meu pai, e vou disfarçadamente para o elevador, para Gavi não percebe, entro no elevador, e me encosto na parede e fecho os olhos, para não pensar em Gavi e aquela garota, ele estava sorrindo, e quando a porta estava quase fechando, escuto alguém entrar, não dou muita atenção, e continuo de olhos fechados.

-Está tudo bem gatinha?- quando escuto aquela voz, calma, que me fazia relaxar, abro os olhos, e como que ele estava aqui.

-Como...como você chegou aqui?

-Pela porta?- ele fica sem entender.

-Eu sei seu idiota.

-Por que está me xingando?- olho para Gavi, e eu realmente não sabia por que tinha xingando ele, talvez estava com raiva dele.

-Eu...- a luz do elevador apaga, nos deixando no escuro, eu não conseguia ver Gavi.

-Só acabou a energia.- ele coloca a mão em meu cotovelo, eu não conseguia o ver, mas conseguia o sentir, nesse exato momento o elevador faz como que se fosse cair, fazendo Gavi cair em cima de mim. -Está tudo bem?

-Está.- falo sem entender o que tava acontecendo.

-Está tudo escuro, eu não consigo ver você.- ele fala ofegante, com falta de ar.

-Gavi, você está bem?- pergunto, e ele não conseguia respirar, como se tivesse tento uma crise.

-Eu não consigo te ver.- ele fala de vagar, puxando a respiração.

-Calma está escuro, aconteceu algo com seus olhos.

-Não.- ele estava tendo uma crise.

-Gavi, eu estou aqui.- falo colocando minha mão em seu peitoral. -Eu estou aqui.- tento acalmar ele. -Me sinta, eu estou bem aqui.- ele respira fundo, e por incrível que pareça a falta de ar tinha sumido, ele desaba em meu peito.

-Eu estou te sentindo.- ele desliza sua cabeça para o lado direito de meu peito. -Eu consigo escutar seu coração, ele está batendo.

-É ele está batendo.- dou uma risada.

-Ele está batendo rápido, está nervosa?- ele continua deitado em meu peito, minha mão inda estava em seu peitoral, deslizo ela para o seu coração.

-O seu também está batendo rápido.- falo sentindo o seu coração bater, bater rápido.

-Você me deixa assim.- ele me diz, e o motivo do meu coração também estar batendo rápido, era ele, era Pablo Gavi. -Será que já sabem que estamos aqui?

-Acho que sim, e se abrirem essa porta, e verem você em cima de mim.- ele ri. -Não quero passar essa imagem.

-Por que está tão preocupada com os fotógrafos?- ele brinca com uma mecha de meu cabelo.

-Eu não sei, eu vou ver meu celular, ver se consigo ligar para alguém.- ele sai de cima de mim, pego meu celular. -Ótimo sem sinal.- falo, e sentamos, um do lado do outro.

-A gente vai ficar aqui por um bom tempo.- ele liga a lanterna de seu celular, me fazendo ver seu rosto, seus olhos, que encaravam os meus, sua boca que estava seca. -É bom ver seu rosto.

-Gavi, eu descobri que minha mãe se chama Helena.- coloco minha mão em minha nunca.

-Isso é bom? Ou ruim?.

-Meu pai disse que sou parecida com ela, eu não quero ser parecida com ela, eu te magoei Gavi?

-Ana...

-Por que se eu te magoei, eu me transformei nela.- meus olhos enchem de lágrimas. -Eu pesso desculpas se te magoei. -Fecho os olhos, para não ver meu reflexo na porta do elevador.

-Ana.- ele coloca sua mão em meu rosto, abro os olhos, e ele estava perto, estava perto suficiente para que consege enxergar suas pupilas, que estavam dilatadas, sinto uma lágrima escorer, e antes que ela chegasse em minha bochecha, sinto Gavi a beijando, beijando minha lágrima, com seus lábios macios e quentes. -Você não me maguou Ana, a única coisa que me deixou triste foi não estar com você, foi treinar para te esquecer, mas eu não consegui, não consegui te esquecer.- a luz do elevador volta, e Gavi tira sua mão de meu rosto.

-A luz voltou.- dou um sorriso a ele, e a porta se abre, tinha umas cinquenta pessoas, nos olhando e tirando fotos, nos levantamos rapidamente, saimos do elevador.

-Ana.- meu pai me abraça forte. -Você está bem querida?

-Eu estou bem pai, Gavi estava lá para cuidar de mim.- dou um sorriso para Gavi.

-Na verdade foi ela que cuidou de mim.- ele me dá um sorriso.

-Você deve estar cansada querida, vamos.- papai me segura pelos ombros. -Mas dessa vez, vamos usar as escadas.- me viro e olho para Gavi, ele estava conversando com os meninos da seleção,  ele olha para mim, dou um tchau com a mão, ele faz o mesmo, e vou para meu quarto.

Oi amores tudo bem gostaram desse capítulo?
Obrigado por lerem beijos até amanhã 💞

𝑴𝒆𝒖 𝑱𝒐𝒈𝒂𝒅𝒐𝒓 - 𝑃𝑎𝑏𝑙𝑜 𝐺𝑎𝑣𝑖 Onde histórias criam vida. Descubra agora