Mais de cinco horas dentro de um carro. Eu estava quase chegando em Madrid, estava indo visitar papai. Eu tinha saído de casa muito antes do sol nascer, e desde então não parei de dirigir. Desde que foi para Nova York tive que aprender na marra a dirigir.
Olho para a tela do celular, tinha umas cinco ligações de meu pai. Eu estava super atrasada para seja lá qual fosse o almoço super importante na casa de meu pai. Respiro fundo, e tento curtir ao som de All Of The Girls You Loved Before de Taylor Swift.Ao chegar em Madrid dirijo até a casa de meu pai. Era uma casa enorme, eu nunca tinha morador em uma casa só em apartamentos, e ver que papai estava em uma casa tão linda, e que só pela vista de fora parecia tão grande. Me deixou com o coração quentinho, e feliz.
Pego meu celular é mando uma mensagem para papai avisando que cheguei, e para que alguém abrisse o portão principal. Em menos de três segundos o imenso portão se abriu. Dirigo até a frente de casa, e já consigo ver a multidão.
Papai tinha me dito que era só um almoço, mas só de ver aquelas pessoas eu sabia que não era só um almoço.Estaciono meu carro na frente da casa, saia música de dentro da casa. Me retiro do veículo, sentindo minha bunda ardar, e minhas pernas doerem por conta das horas que fiquei dirigindo. Ao sair do carro ajeito o meu vestido azul claro, de trico, o vestido era quase da altura dos joelho, queria passar uma impressão boa.
Avisto meu pai parado na porta da frete com um sorriso no rosto, sem exitar vou até ele e o abraço. Quanto tempo eu não sentia isso, era quase só uma memória antiga.-Senti saudades de você pequena.- ele me abraça mais forte ainda, como se nunca mais fosse me soltar. E eu não queria que soltasse.
-Um almoço?.- ele ri, como eu sentia saudades de tudo isso, de quando era só eu e ele, eu e papai.
-Uma pequena festinha.- ele me solta de seu abraço. -Vamos, tem tanta gente que quero te apresentar.- sigo-o pela casa. E sim, ela era mais enorme do que pude imaginar. Passamos pela imensa sala até chegar a área de fora. Que dava vista para uma pequena casa de hóspede. Tinha uma piscina, e um monte de mesas de festa, mesas de bife com comida o suficiente para um exército inteiro. Todos os convidados estavam de branco, até papai.
-Joseph, por que não me avisou que ela já tinha chegado.- uma mulher diz se aproximando. -Querido por que não me avisou.- ela agarra o seu braço. Sua voz era calma e meiga.
-Ana, essa é a Catharine.- a noiva de papai. Suas bochechas eram marcantes, sua pele era levemente bronzeada, provavelmente ela foi a praia nos últimos dias. Seu cabelo era claro quase loiro, seus olhos eram escuros como a noite. -Catharine, Ana.- ela invadi o meu espaço pessoal para um abraço, que eu retribuo.
-Eu queria tanto te conhecer.- paramos de nós abraçar. -Agora estamos todos em família.- dou um sorriso a ela. Eu estava feliz pelo meu pai, por ele ter superado toda aquela história com minha mãe, e por ele realmente estar feliz. -Você vai adorar conhecer o resto da família.- paro por um instante para processar.
-Resto da família?.- olho para papai que percebe o meu olhar confuso.
-Catharine tem dois filhos.- faz o número dois com os dedos. Solto uma leve risada de desespero. -Ana.- seu tom estava de reprovação. -Eles estão por aí na festa, você vai gostar deles.
-Tenho certeza que sim.- falo baixinho, com um pouco de sarcasmo.
-Awww amor.- quase solto uma risada com o tom de voz de Catharine. -Ela não está de branco.- branco? Igual todos?. -Você não falou para ela?.- olho para o meu belo vestido azul claro. -Ana, todos tinham que vim de branco.- eu estava prestes a rolar de rir, o meu vestido era um azul tão claro que ninguém perceberia se ele era azul ou branco. - Acho que tem um vestido lá em cima.
-Eu estou bem assim.- eu não iria trocar de vestido.
-Ana.- meu pai diz.
-O que?. Eu estou confortável com o meu vestido azul.
-Filha, por favor.- eu não queria trocar de vestido, eu estava bem, e não queria ter meu orgulho ferido. -Ana.- mas era o meu pai que estava pedindo, e droga era só um vestido Ana.
-Onde está o vestido?.- digo quase em um susuro.
(...)
Caminhando pela festa, aquela vista era incrível, as árvores, o dia um pouco nublado. Aquele vestido estava pinicando, eu tinha me rendido ao vestido branco. Ele era tão nada a ver comigo, era de gola alta, era um pouco mas curto que o outro, e os meus braços estavam expostos.
Eu conhecia poucas pessoas naquela festa, tinha umas pessoas do futebol, uns amigos de meu pai, mas que eu não tinha tanta intimidade. Pego uma taça de champanhe de um dos garços que passavam a todo instante. Tomo um logo gole do champanhe para poder aguentar a essa festa.-Puta merda, Ana?.- alguém diz atrás de mim. Me viro para ver quem era.
-Puta merda, Pedri?.- falo surpresa, meu Deus o que ele estava fazendo aqui?. - O que te trás aqui?.
-Seu pai me convidou.- isso era quase óbvio, será que o resto do clube de Barcelona estava aqui? Meu Deus. -Eu ouvi dizer por aí que você tinha voltado, mas eu realmente não tinha acreditado, até te ver.- Gavi fofoqueiro.
-É eu estou aqui.- dou mais um mole do meu champanhe. -Voltei para o incrível mundo de Barcelona.- soltamos uma risada silênciosa.
-Voltou mesmo?.- ele me encara com adversão. -Você sabe que as coisas não voltam como antes depois que alguém vai embora.- eu sabia exatamente do que ele estava falando.
-Eu não fui embora.- falo em um tom mais severo. -Eu fiz o que era certo.
-E acabou prejudicando você e ele.- nos encaramos por uns segundos.
-Não devo nenhuma explicação a você, Pedri.- digo andando de costa, me afastado dele. -Sei que quer proteger seu amigo.- continuo. -Mas se eu tivesse que falar sobre isso com alguém, seria com Pablo Gavi. E outra, eu não prejudiquei ninguém, perguntei a ele, ele está bem. Pergunte a Gavi.
-Perguntar o que a mim?.- uma voz diz antes de eu esbarrar em alguém. Sinto mãos fortes segurarem meus ombros, evitando a minha queda. -O que você queria perguntar a mim?.- Gavi.
-Merda.- digo baixinho.
Oi meus amores, tudo bem? Espero que tenham gostado, beijos até...💕
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝑴𝒆𝒖 𝑱𝒐𝒈𝒂𝒅𝒐𝒓 - 𝑃𝑎𝑏𝑙𝑜 𝐺𝑎𝑣𝑖
Fanfiction-EU TE ODEIO PABLO GAVIRA- digo gritando. -Odeia?- diz o jogador chegando tão perto de mim que eu conseguia sentir sua respiração.