Era hoje, hoje o dia que eu tanto temia, o dia que eu não queria que acontecesse. Espanha e Brasil iriam se enfrentar, era o penúltimo jogo da copa, e eu estava ansiosa. Eu tinha certeza para qual seleção torcer, para a seleção brasileira, o Brasil era meu país, onde eu nasci, eu não podia desapontar o meu país assim. Mas também não queria desapontar Gavi, ele ficaria triste em não me ver torcendo por ele.
-Amor.- Gavi entra no meu quarto eu tinha acabado de sair do banho. -Eu vim me despedir.- ele olha para minha cama, que estava com a roupa que eu usaria, eu não tinha deixado a opção de ir com a camiseta da Espanha. -Já separou sua roupa.- ele não parecia decepcionado. -Que bom.
-Gavi...
-Tudo bem Ana, é o seu país, nem sempre vamos torcer para o mesmo time.- diz me dando um sorriso.
-Não está triste?.- pergunto.
-Não, seria triste se você não onrasse o seu país, hoje eu vou onrar o meu, e você vai onrar o seu.- ele se aproxima de mim em passos leves, ele não parecia nervoso ou ansioso. -Você conversou com seu pai?.- merda, aquele assunto, eu não tinha falado com papai des de que vi aquela mensagem, eu tinha decidido que se eu não falasse muito sobre isso, ela iria embora.
Eu não queria pensar nisso.
Não o respondo, e ele entende a minha resposta.
-Ana.- ele solta um leve grito. -A gente conversou sobre isso.- a gente tinha tido uma conversa sobre eu conversar com meu pai.
-Eu sei, mas eu não tenho coragem, toda vez que toco no nome dela me dá calafrios.- me tremo toda. Gavi toca delicadamente em meus ombros.
-Ana, eu sei que isso é difícil, mas você tem que contar a ele.- Gavi tinha razão, mas se fosse tão ruim, papai tinha falado comigo. Né?. -Você precisa saber a verdade.
-Eu vou falar.- digo pensando seriamente se realmente iria. -Eu só preciso de tempo.- o jogador me dá um sorriso de canto.
-Eu tenho que ir agora, você vai ficar bem?.- faço positivo com a cabeça. -Tá bom, eu te amo.- ele me dá um beijo carinhoso, amoroso, romântico.
-Amo você.- sussurro contra sua boca, Gavi ri baixinho e finaliza com um selinho, ele se retira de meu quarto. As vezes a única coisa realmente boa em mim era ele.
~horas depois~
O jogo já tinha começado, estávamos no primeiro tempo, e nada, absolutamente nada. Eu estava com papai, no meio da torcida da Espanha, que me julgavam por eu estar um a camisa do Brasil, a camisa do meu país.
Meu corpo fica tenso quando vejo, Raphinha correndo até o gol, ele toca para Neymar, e é gol na certa.
-Gol.- grita eu e papai, o olho estranho já que ele estava com a camiseta da Espanha. Fomos para o intervalo.
O segundo tempo se inicia, e pinba, Brasil estava atacando muito como sempre. Espanha também atacava demais. Eu estava torcendo para o Brasil ganhar, mas também estava torcendo por Gavi.
Por meu amor.
A Espanha estava perto do gol, Aymeric passa para Ansu, que toca para Gavi, e aquele era o momento dele, sua oportunidade. Gol a torcida espanhola grita, quando Gavi marca gol.
Sem que eu perceba pulo de meu assento, e comemoro. Aquele era meu namorado, eu transbordava de alegria por ele, eu estava tão orgulhosa.
Gavi comemora com os meninos, nesse momento o câmera-men foca em Gavi, vejo ele fazendo um A com os dedos. Caio senta em meu assento, sem reação, aquele A era para mim? Era um A de Ana?-Ele realmente gosta de você.- papai cochicha em meu ouvido.
-É.- essa foi a única palavra que saiu de minha boca, eu estava feliz, se aquele gol realmente for para mim, eu ai me apaixonar mais uma vez por Gavi.
-Esta tudo bem querida?.- eu estava evitando essa pergunta. -Esta triste des daquele dia em que sai.- merda como ele sabia.
-Triste, eu? Por que eu estaria triste?.- me fingo de sonsa.
-Nem conversamos direito depois disso.- o intervalo começa. Solto um ar de alívio, ele não sabia o que realmente tinha acontecido, não sabia que eu tinha chorado horrores por conta de uma mensagem.
-A gente não conversou?.- me levanto quando vejo Vinicius Jr. se aproximando do gol. -A gente conversou muito depois disso.- digo prestando atenção no jogo, Vinícius Jr. passa para Richardson, atorcida toda se agita. Aquele era os últimos minutos do jogo, ou aquele gol acontecia, ou iamos para os pênaltis. -Por favor pênaltis não.- esse momento richarlison marca gol.
Gol do pombo. A torcida comera mais uma vitória. Eu pulava de felicidade, mais pare os pulinhos quando vejo Gavi no campo, triste, todos os meninos estavam. Eu tinha que confortar ele, tinha que ser seu apoio, assim como ele era o meu.
-Tchau pai.- tento sair, mas papai me segura.
-Onde você vai?
-Vou encontrar com meu namorado.- saio, e vou correndo até ele. Me aproximo de vestiário, e antes que eu entrasse, escuto um barulho, vindo do quarto de limpeza. Me aproximo abrindo a porta delicadamente, fazendo a luz do ambiente refletir sobre um rosto, o rosto de Gavi, ele estava ali no chão, batendo a cabeça na parede, triste. Como uma vez eu estava.
-Gavi.- entro, fechando a porta. Gavi me olha seu olhar estava cabisbaixo. -Batata eu sinto muito.- me abaixo junto a ele, o chão estava gelado, úmido.
-Perdemos Ana.- sua voz estava fraca. -Podemos.- ele apoia sua cabeça em meu ombro. -E não me diga que eu fui o suficiente, por que eu não fui.- meu coração aberta a cada palavra que saia de sua boca.
-Não diga isso.
-É a verdade, se eu tivesse sido suficiente, tinhamos ganhado, se eu tivesse me esforçado mais, se eu fosse mais.- cada palavra me entristecia, era como cair diversas vezes. -Eu não fui o suficiente.- enclino o rosto, e consigo ver suas lágrimas caindo.
-Por favor não diga isso, você me mágoa em cada palavra. Gavi você é incrível, joga bem para caralho, e você ainda fala que não é suficiente?.
-Não sou, ver aquelas pessoas, aquelas pessoas do meu país, chorando, e triste, é uma culpa horrível.- me viro de frete a ele. -Então não diga que sou suficiente, eu não onrei o meu país.
-Gavi.- meus olhos se enchem de água por suas falas. -Se você não se acha o suficiente, eu peço desculpas, por que você é espetacular, você é bom em tudo que faz, então não se culpe. Você pode até acha que não é suficiente no futebol, mas você é suficiente para mim.- ele chova mais ainda em minhas palavras. -Suficiente para mim.- aproximo meu rosto do seu, e beijo delicadamente as lágrimas que escoriam em seu rosto, igual ele fazia comigo. -Suficiente para mim.- repito diversas vezes.
-Obrigado.- diz quando beijo sua última lágrimas. -Obrigado por eu ser suficiente para você, eu prometo nunca te desapontar, igual eu fiz hoje.
-Você não me desapontou, e não desapontou ninguém, muito pelo contrário, você jogou para caramba, vocês jogsram, você fez um gol.
-Você viu meu gol?
-É claro, aquele A era do que mesmo?.- coloco o dedo indicador em meu queixo, e faço cara de pensativa. Gavi ri baixinho.
-Aquele A, era do amor da minha vida, era para você Ana Luiza.- mesmo a situação não sendo boa, meus olhos brilham em suas palavras. -Você gostou?- sua voz ainda estava um pouco fraca.
-Eu amei.- confesso.
-A partir de hoje, eu prometo que todos os gols que eu fizer, vão ser dedicados a você. Sempre. - aquela promessa era valiosa. -Mesmo que eu não faça sua inicial em todos, mas quero que saiba que todos vão ser a você, por me achar suficiente.- por algum motivo eu fico boba, tão boba que fico sem jeito. Sinto o frio na barriga, meu rosto a vermelhar, meu corpo arrepiado, a eletricidade percorrer meu corpo, meu coração acelerado.
-Como você consegue?.- ele me olha sem entender. -Como consegue me fazer me apaixonar mais por você, mais a cada segundo.- eu me apaixonava em cada momento, triste, românticos, bobos, de raiva, em todos os gêneros.
Como ele conseguia me fazer apaixonar mais e mais por ele?.
Oi amores tudo bem? Gostaram desse capítulo?
Obrigado por lerem beijos até amanhã 💞
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𝑴𝒆𝒖 𝑱𝒐𝒈𝒂𝒅𝒐𝒓 - 𝑃𝑎𝑏𝑙𝑜 𝐺𝑎𝑣𝑖
Fanfiction-EU TE ODEIO PABLO GAVIRA- digo gritando. -Odeia?- diz o jogador chegando tão perto de mim que eu conseguia sentir sua respiração.