CORRADO MARTINELLI
depois de tomar um banho, e vestir uma roupa mais confortável, desço a escada, e encontro Vilma no hall.
— Vai sair Corrado?
— Sim Vilma, vou procurar Dario, e aproveitar para andar um pouco. –digo não gostando de ter que dar satisfação a ela.
— Posso ir também?
— Não acredito que você vá gostar de andar por aqui Vilma. – digo porque não estou querendo companhia, e porque caminhar na fazenda não faz o estilo dela.
— por que não Corrado?
— Porque o sol está quente, e você está de salto alto e a estrada de chão é sinuosa.
— Não tem problemas eu consigo andar tranquilamente, e também quero conhecer a fazenda.
— tudo bem, só não diga que não avisei depois. — Falo por que não tenho paciência para conversas que não vão levar a lugar algum. E saímos do casarão para fora, E ela observa encantada o jardim que minha mãe cultiva, e a fonte de água que tem no meio. Saímos para a entrada da estrada e ela começa a reclamar, eu já tinha avisado, pessoas da cidade, geralmente sentem-se desconfortável, ate se acostumarem leva tempo.
Pego a Dodge Ram 3500, bom gosto de Dario, essa caminhonete é uma maquina. E saímos pelas fazendas, eu tenho uma casa em uma delas...
Encontrei com Dario depois de meia hora que saímos do casarão, passando pelas fazendas.
— Oi Corrado, eu já estava indo no casarão ver você. Da Trabalho de mais para marcar as quadras por aqui, e temos poucos Capatazes. – diz ele me cumprimentando com um aperto de mão, nós não somos muito chegados, apenas nos suportamos.
— Vilma, que bom que veio nos fazer uma visita. Está gostando da hospedagem?.
— Sim, tudo aqui é muito lindo Dario, estou amando esse lugar. – diz sorrindo, mais se abanando por causa dos insetos que tem por aqui, e que sempre fica ao redor de nós. Por isso tentei insistir para que ela permanecesse no casarão.
— por saber que você estava com muito trabalho que vim ao seu encontro. Como anda as coisas na fazenda? Ainda não tive tempo de conversar com nosso pai.
— Está correndo tudo bem Corrado, sabe que as vezes temos alguns imprevistos mas sempre damos um jeito.
— Certo, você ouviu algo sobre a venda do Haras? – Dario olha para mim balançando a cabeça em negação.
— Nada Corrado, é até estranho sabe, Osvaldo tem muito amor por aquelas terras. – eu tenho que concordar, morei aqui por um bom tempo, e conheço bem o amor dele por seu pedacinho de chão, como ele chamava.
— Quero ir no haras perguntar a ele. – porque não faz sentido nenhum.
— Mais tarde tratamos com calma sobre o assunto, quero te mostrar a nova quadra de café arábica. — E assim seguimos andando pela estrada, já que não dava para ir com carro. Ainda bem que o sol não estava muito quente. Falávamos sobre o café, até que eu percebi uma moça encima de um cavalo, ela estava falando com ele e não viu que tinha pessoas na estrada, e se assustou com o grito de Vilma
— gente essa doida vai passar por cima de nós. – E se agarrou a mim tropeçando nos saltos, e tive que amparar ela. Eu estava para soltar um palavrão por toda aquela situação, quando ouvi a voz doce da pequena mulher, que estava acalmando sua égua, o que me fez engolir as palavras, não querendo ser ignorante e causar uma cena de constrangimento.
— calma garota está tudo bem. E a voz era tão melodiosa que a égua se acalmou. Vilma usou palavras grosseiras com a moça, que se desculpou pelo ocorrido, e trocou algumas palavras com meu irmão, eu estava incrédulo com toda aquela situação, que só percebi que Vilma ainda continuava agarrada nos meus braços quando a moça olhou para nós, e Vilma se esfregando em mim com uma intimidade que não temos, eu não gostei nada daquela atitude dela, ela trabalha para mim a tanto tempo, era pra me conhecer melhor. A moça se despede e vai.
— Mas que merda foi essa Vilma. – Falo me afastando de Vilma, mantendo distância dela.
— Eu torci meu pé Corrado. E por isso precisei me segurar em você.
— Sei, e pra isso precisa se esfregar em mim. — digo me afastando e indo em direção ao carro, Dario que se vire com ela. Não gosto que fiquem me fazendo de trouxa, isso me deixa puto.Voltamos para o casarão em silêncio, quando chegamos subi as escadas para meu quarto, precisava ficar sozinho. Já era uma merda está nesse Maldito lugar, ainda tenho que suportar os caprichos de Vilma, uma mulher de 33 anos, faça me o favor.
Tomei um banho para tentar relaxar, e vesti uma camisa social azul, calça branca, e desci para almoçar.
— quer almoçar na mesa de jantar meu menino? — todos já tinham almoçado e não tenho essas frescuras, então me sento a ilha da cozinha após me servir.
— não aqui mesmo esta ótimo Conceição. Obrigado.
— Porque parece esta tão nervoso meu menino?
— Está aqui já é um motivo, esse lugar me sufoca.
— As vezes temos que enfrentar nossos demônios Corrado, já está na hora de você deixar toda essa raiva do mundo para trás, e viver meu menino.
— isso nunca vai acontecer Conceição, o ódio que eu sinto por tudo que aconteceu comigo não passou em 8 anos, sempre me acompanhou, e só se aumentou com o passar do tempo.
— não faça isso com você mesmo Corrado. Você sempre está afastando todo mundo que tenta se aproximar de você.
— pessoas não são confiáveis Conceição, elas só querem nos usar, tirando algum proveito, sempre com segundas intenções. – digo isso encerrando o assunto. Porque nada nunca vai me fazer confiar em alguém de novo.
Depois de almoçar, vou para o escritório que vou ocupar enquanto estiver aqui, e trabalho até me esgotar.DIA SEGUINTE
Acordo cedo, tomo um banho, me visto, e vou para a sala de jantar, onde meus pais, Dario e Vilma estão.
— Bom dia.— Falo
— Bom dia filho. Dormiu bem? — pergunta minha mãe.
— Sim. — respondo. — Pai sabe alguma coisa sobre as negociações de Walter e o senhor Osvaldo?
— Não filho, como te falei ao telefone não acho que Osvaldo vá vender qualquer parte que seja de suas terras.
— concordo com nosso pai Corrado. Até porque em uma cidade pequena as notícias correm rápido.
— Certo. Mesmo assim quero ir ao rancho dele para tirar as coisas a limpo.
— vou com você Corrado. — Dario comunica.
— também vou. – diz Vilma e sem paciência não opino. Terminamos o café e saímos.
Pegamos a estrada e chegamos ao rancho uma hora depois.
Haras ferradura de Ouro, o lugar é bonito e organizado. Descemos do carro, e nos disseram que Osvaldo estava nos estábulos, e vamos até ele.
— Bom dia senhor Osvaldo. Digo quando aproximamos.
— Bom dia meninos, senhorita. Quanto tempo que não nos vemos Corrado.
— Sim, já tem alguns anos. — digo. — se instalou mesmo na cidade grande, como meu filho João Pedro. – disse parecendo saudoso. — sim temos muitos negócios na capital, tive que assumi-los.
— Está certo garoto. Veio comprar algum dos nossos garanhão? —Perguntou sorrindo. Não gostando de enrolação fui direto.
— Eu ouvi alguns boatos que o senhor estava vendendo o Haras?
— São boatos sem fundamento, jamais vou vender meu Haras. Até porque amamos morar aqui. — diz indignado. E isso é estranho.
— Certo ouve um equívoco. Eu só perguntei porque estava curioso com os boatos.
— quem falou com vocês um absurdo Desses?. – Perguntou desconfiado
— é um mal entendido, talvez por ouvirmos o nome de Osvaldo acabamos associando ao senhor. — diz meu irmão querendo apaziguar e pelo visto não vamos poder falar mais sobre o assunto, e não podemos falar nada sem ter certeza.
— com certeza foi isso mesmo que aconteceu. — minto para deixar baixo por enquanto. — Sem duvidas, não abro mão do meu lar.— visivelmente incomodado ele se vira para Dario, e muda de assunto.— Você queria saber quando a égua Eve tivesse o potro, ele nasceu, quer vê-lo Dario?. Vamos lá com a gente Corrado bom que você conhece um pouco o Haras, Podemos fazer um tour. — diz.— obrigado, mas vou deixar para outro momento Osvaldo, vou esperar meu irmão por aqui mesmo. — digo precisando de espaço para pensar.
— Sim claro.— Meu irmão foi com ele e Vilma foi junto, amém.
Fui andando até um redondel onde Sebastião estava Domando um potro. E viajei sobre essa coisa de venda e não venda do haras, que porra era essa. Estava tão distraído que não vi alguém se aproximando.
— Esse potro é o que mais dá trabalho ao Sebastião. — essa voz, eu me viro e vejo a moça que estava cavalgando ontem. Eu não tinha visto ela direito, mas agora assim próximo, vejo como ela é linda, olhos grandes verdes, tão expressivos, boca carnuda avermelhada, cabelos castanho escuro, longos e ondulado, o corpo com curvas nos lugares certo, tão pequena, parece quase frágil, algo que poderia se quebrar fácil. Era curioso como os olhos dela me olhava. Pela primeira vez fiquei calado, porque não sabia o que falar.
— Ele está sendo domado a bastante dias, e ainda não obedece nenhum comando. Mas Sebastião não desistiu dele. — Ela diz olhando para o cavalo, dando trabalho a Sebastião para colocar o cabresto e nada.
— Ele já conseguiu colocar o cabresto antes? — pergunto realmente curioso.
— sim, algumas poucas vezes. Sebastião não gosta de forçar os cavalos, ele respeita o tempo deles, e esse é especial, é filho de um puro sangue, o pai dele é campeão. — ela conta, e pela primeira vez eu não quero encerrar um assunto.
— então é um potro valioso. — digo e ela confirma com a cabeça, e seus cabelos caíram por seu rosto bonito.
— Sim, a uma chance grande dele ser como o pai. — diz sorrindo, e que sorriso lindo e encantador. — e sua namorada Ela se machucou?. — Pergunta me pegando de surpresa.
—Não tenho namorada. — Respondo incomodado, pois só esse título me dá calafrios.
— Eu achei que era já que vocês. . — não deixei ela completar a frase porque era absurdo demais. — não. ela é somente minha secretária. — digo secamente.
— A sim desculpe. Eu não sabia. –diz com a cabeça baixa. Queria dizer que não precisava se desculpar quando...
— aí está você Corrado. Estava te procurando.— diz Vilma, chegando perto de mim, encostando seus seios, querendo pegar em meu braço. me afasto logo, não dando mais munição para suas investidas.
— O que você quer Vilma? — acabo sendo rude com ela, incomodado com suas insinuações.
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Meu Caminho Até Você
RomanceCEO + VIRGEM + AGEGAP + ENEMIES TO LOVE + SLOW BURN 💔 Um Ceo amargurado com desejo de vingança. ❤️ Uma menina com desejo de viver algo novo. 💔 Um homem endurecido pelo passado. ❤️ Uma menina doce e inocente. 💔 Um homem determinado a nunca se ren...