capítulo 26

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    CORRADO MARTINELLI

Eu acordei cedo hoje e resolvi fazer uma caminhada. Como estou aqui esperando João Pedro aparecer, decidi fazer uma área para uma pequena academia no meu chalé. Tenho que escolher o local. Mas está mais que na hora de me exercitar, então já estão trabalhando para colocarem o projeto em prática.
Eu passei o dia todo com alguns relatórios para analisar. Não me surpreendi com a ligação de Wallace.
— Eu estou ligando para saber Corrado se você vai ao Club Dell’Ângelo?
— claro, vou sim. — preciso relaxar, beber um pouco e quem sabe encontrar uma companhia. Eu tenho que colocar na cabeça que quem eu quero é proibida para mim em várias formas e uma delas é que não posso brincar com Eloá como faço com outras mulheres.
— Então, combinado, nos encontramos lá.
— Ok. — E desligamos. Não sei se é a decisão mais acertada, mas preciso tentar antes de cometer uma loucura sem tamanho.
As 8 horas começo a me vestir para sair. Do Vale do Café até Albuquerque, em uma viagem de carro, demora-se duas horas e meia. E penso que é melhor sair mais cedo. Eu visto uma camisa social azul, meu relógio e uma calça preta, sapatos, perfume, celular, chaves e saio.
No momento em que eu estava saindo para a estrada vejo um corpo pequenino andando devagar, na hora em que minha atenção vai para aqueles cabelos ondulados soltos até quase a cintura, constato ser Eloá, não tem Como esquecê-la e o que ela está fazendo aqui? Logo que me aproximo e baixo o vidro do meu carro vejo que ela esta chorando e solta um soluço quando me vê. Eu corro para ela para saber o que aconteceu.
E meu coração, que até então pensava que não batia mais, estava arrebatado por ver seu sofrimento.
Eu a acolhi nos meus braços e deixei que chorasse e me doeu tanto vê-la assim. Eloá me pediu que eu a deixasse ali e fosse embora, jamais faria isso com ela. Por isso eu a convidei para o meu chalé, a levei até meu carro e afivelei seu o cinto e seguimos para lá.
Percebi que ela estava perdida em seus pensamentos. O que aconteceu pra ela sair chorando assim? Desse modo, quando chegamos ao meu chalé, eu salto do carro e vou até à porta do passageiro e a abro atento que ela está meio adormecida, portanto a pego em meus braços, fecho a porta do carro com um empurrão e sigo para meu chalé. Abri a fechadura com certa dificuldade e subo as escadas com ela em meus braços para meu quarto. A  deito em minha cama e assisto ela se enrolar em uma bola. Tomo a decisão de deixar ela ali no seu tempo, não querendo forçá-la a falar comigo.
Estou preocupado com o que possa ter acontecido para ela estar desse jeito. Mas se alguém a machucou, eu sou capaz de caçá-lo. Eu vou até à cozinha e pego uma xícara e faço um pouco de chá para ela. Conceição sempre deixa alguns saquinhos de chá aqui dizendo que posso precisar e assim que está pronto eu vou para o meu quarto.
— Eloá? — espero ela perceber minha presença.
— Eu trouxe uma xícara de chá para você. — ela se senta e olha-me com os olhos tão tristes que chego a engolir em seco.
— Você já jantou? — Ela balança a cabeça que não.
— Está com fome? — Ela nega com a cabeça.
— Nesse caso, tome pelo menos um pouco de chá.— Ela demora pegar a xícara de minha mão. Eu me sento perto dela e espero que ela tome todo o chá.
— está melhor? — ela confirma com a cabeça.
— Você quer voltar para sua casa? Eu posso levar você de volta. — Ela nega com a cabeça.
— por favor, me deixa ficar aqui essa noite. Eu não tenho aonde ir e não quero voltar para casa. —  pede com lágrimas nos olhos e percebo que e algo aconteceu em sua casa.
— diga-me o que aconteceu, Eloá? me deixe ajudar.
— eu só quero ficar quietinha aqui, Corrado, por favor.
— tudo bem, pode ficar aqui, não precisa chorar, tá?.— Ela joga os seus braços nos meus ombros, apertando o meu tórax contra ela.
Eu passo as minhas mãos por suas costas e ficamos ali naquela espécie de abraço. Sentir o seu corpo colado no meu, está me deixando excitado. Sei que não é o momento, mas não consigo controlar o meu pau quando se trata de Eloá. Espero que ela não note e tudo piora quando ela dá um beijo no meu pescoço. Acredito que ela nem imagina as reações que isso está me causando.
— Muito obrigado, Corrado. Não sei o que seria de mim se não fosse você.
— quando precisar de algo, pode me procurar, Eloá. Não quero que se coloque em perigo. Ok?
— tá bom. — Ela continua agarrada a mim.
— Os seus pais não vão ficar preocupados com você, Eloá?
— O meu problema foi com eles, Corrado. Mas não quero falar disso hoje. Pelo menos não agora. Será que posso tomar um banho? Estou me sentindo suada.
— Claro, vou pegar uma camisa e cueca limpa para você usar. Pode ser?
— Sim, muito obrigada, Corrado.— então eu pego uma camisa e uma cueca e a entrego. Ela vai para o banheiro e porra, imaginar Eloá nua no meu banheiro não diminui nem um pouco a ereção que até então estava começando a voltar ao normal.
Essa noite vai ser longa, ainda bem que a sala e no andar debaixo, Não sei se dormiria bem estando em quartos próximos um do outro. Como já estava de banho tomado, só troco minha roupa por moletom e uma camisa branca. Quando estava saindo do meu closet,  Eloá sai do banho e a vejo com minha camisa que parece mais um vestido para ela. E imaginar que ela está usando minha cueca por baixo e sem sutiã me deixa louco. Louco para acariciar os seus seios e colocar minha boca neles.
Porra, você vai me enlouquecer Eloá.
— O que disse Corrado?
— Nada. — caralho, eu falei alto? Estou louco mesmo
— eu encontrei uma escova de dentes na gaveta e a usei. tudo bem?
— Sim, sem problemas. Você não quer mesmo comer nada?
— Não estou com fome. Muito obrigada por tudo. Você me salvou.
— não foi nada. Nunca deixaria você sozinha, jamais. — ela sorriu para mim, tão linda.
— Você pode ficar no meu quarto. Eu vou dormir na sala. — começo pegando um travesseiro e uma manta, já que está calor.
— não vá, Corrado, por favor, fica aqui comigo. Não quero dormir sozinha. Eu preciso de você. — Você está dificultando minha vida pra caralho, Eloá, porra.
— por favor, Corrado. — ela estende a mão para o meu lado, não conseguindo negar nada a ela, eu pego sua mão.
— Tudo bem mais só até você adormecer esta bem? — Ela ainda esta muito triste mais concorda.
— Obrigado, Corrado.— Ela se deita e eu me sento encostado na cabeceira da cama, olhando para ela.
— Vem, mas pra perto, Corrado.
— Por que Eloá? — minha voz já está rouca de tesão. Essa menina quer me matar.
— eu quero te sentir perto de mim, Corrado. — desistindo de resisti e atendendo seu pedido me deito mais recostado e nada me preparou pra ela deitar sua cabeça em meu peito e colocar sua mão em meu abdômen.
— Eloá! — digo em aviso
— o que Corrado? — ela pergunta em um sussurro
— Você está brincando com fogo menina, e pode se queimar se continuar assim. Porque estou usando meu resto do autocontrole, então por favor me ajude.
— Não estou fazendo nada Corrado. — Parece inocente.
— por favor, não seja tão inocente assim baby, Hum! Homens tem um limite para provocações, Eloá.
— não estou te provocando Corrado. Só não quero ficar sozinha. Eu tive uma discussão muito séria com meus pais. E me senti tão mal, não sei mais o que fazer da minha vida. — diz chorosa. E vê-la assim me desmonta.
— não fica assim Eloá para tudo, se tem um jeito. Tudo vai se resolver.— não gosto de vê-la triste. Ela confirma com a cabeça.
— obrigada.— e ficamos assim com sua cabeça em meu peito e eu passando as mãos em seus cabelos e com uma bela ereção se formando e esperando que Eloá não veja  nada. Sinto quando suas mãos começam a fazer carinho em meu abdômen.
— Eloá. Já avisei, por favor, colabora.
— posso te pedi uma coisa, Corrado? — Pergunta num sussurro.
— Sim, claro.
— me beija. — esse pedido me deixou sem reação.
— me beija. — e a danada foi se aproximando com seu rosto pairando sobre o meu.
— Eloá! — advirto, mas ela continua.
— preciso sentir outra coisa que não seja tristeza. Corrado, preciso dos seus beijos — porra, se meu pau estava meia bomba agora está duro feito ferro. E então eu a puxo com a mão puxando seus cabelos e com a outra passo os dedos por seus lábios.
— linda, muito linda e vai ser meu suplício.— eu levo meus lábios para os dela e diferente de quando nos beijamos da primeira vez, não é doce e delicado, é faminto. E ela me dá tudo que estou exigindo e geme em minha boca quando sente minha mão em seu seio direito e eu aperto o bico dele com meus dedos, ela junta as pernas. Porra, que tesão de mulher! Eu passo a beijar seu pescoço perto da orelha e vou descendo causando arrepios nela. Fazendo ela gemer baixinho.
— Corrado... — Isso linda, chame meu nome, eu desço meus lábios por sua clavícula e por cima da blusa eu aperto o bico do outro seio dela, ela solta um gritinho surpresa.
— Quer que eu continue?
— Sim...— Diz com a voz trêmula.
— Alguém já chupou aqui antes, Eloá? — pergunto passando os dedos no bico do seio dela. ela balança a cabeça que não.
— E aqui. Alguém já tocou aqui antes? — indago pairando com minha mão por cima de sua bocetinha. ela também nega com a cabeça tímida. Saber que minha menina é tão pura faz o homem das cavernas dentro de mim, aplaudir.
— Quer gozar minha menina? — ela me olha envergonhada.
— Já se tocou, Eloá? Já tocou nessa boceta gostosa até gozar? — Ela nega com a cabeça.
— Já tentei, mas nunca cheguei ao...— fala baixinho querendo se esconder.
— Não se esconda de mim. Vou te dar prazer hoje. você quer? — Ela confirma com a cabeça.
— quero que fale, Eloá, você quer?
— Sim.
— deite-se de barriga pra cima... Isso linda... Hoje vou te tocar por cima da roupa ok? — Ela está com a respiração alterada. Vejo que suas mãos estão tremendo. Ela olha para mim com mistura de medo e desejo.
— calma linda, vai ser bom pra você. Só relaxa e sinta ok?
Eu fico meio de lado perto dela e começo a beijá-la lentamente  passo minhas mãos por seu corpo chegando novamente em seus seios, dou atenção aos dois com minhas mãos e depois desço beijando seu pescoço e clavícula. Vou distribuindo beijos até me aproximar do seu seio por cima da camisa, ela arfa surpresa, mas está entregue, eu chupo ele enquanto esfrego o outro com meus dedos apertando o bico. Assisto ela esfrega as pernas uma na outra procurando por alívio. Tesão da porra. Meu pau está quase saindo do meu moletom. Eu dou atenção ao outro seio chupando por cima da camisa. Minha vontade é deixá-la nua e tomá-la mas me controlo. Eu desço minha mão por sua barriga causando arrepios e fazendo ela gemer baixinho, vou em direção a cueca que ela está usando, eu procuro por seu montinho e começo a esfregar meus dedos ali causando fricção e ela se contorce.
— Aann Corrado... — ela ofega e anseia por meus toques.
Eu continuo esfregando sua boceta por cima da cueca e já estou ficando louco de desejo e demais até para mim vê-la tão entregue e não poder me juntar a ela. Preciso fazê-la gozar e sair rápido para me recompor. Então eu beijo sua boca tomando seus gemidos gostosos e com cuidado para não esfregar minha ereção nela.
— Goza para mim Eloá. Goza em meus dedos. — e esfrego seu montinho mais rápido fazendo mais fricção. Ela geme alto de prazer, se contorcendo e buscando sua liberação. Eu sinto quando ela consegue alcançar sendo lindo assisti-la gozar. Passo a mão por cima da sua bocetinha e eu sinto como ela está molhada com o tecido ensopado.
— Gostosa... — ela tenta tampa o rosto.
— Está tudo bem, Eloá?
— muito bem... hum!... — ela não consegue falar e nem abrir os olhos, os seus cabelos estão espalhados por meus travesseiros e suas bochechas estão rosadas, deixando ela perfeita pra caralho. Eu acabo sorrindo com essa visão maravilhosa e ela sorri para mim.
— Você fica lindo sorrindo, sabia?— Ela pergunta alisando meu rosto com sua mão. E me permito curti esse carinho por alguns segundos, até que me afasto.
— Vou conferir se as portas estão fechadas, ok?
— Você vai voltar para dormi comigo Corrado? — Pergunta manhosa.
— Vou sim.— mas a verdade é que não sei se voltarei. Eu estou com uma ereção enorme, com muita vontade de fodê-la mas não posso. Então me levanto da cama e saio do quarto.
Eu estou confuso. Com mil lutas internas dentro de mim. Não sei se fiz certo trazendo Eloá para minha casa. Eu tenho medo de me machucar, de machucá-la me sinto perturbado com tudo que estou sentindo quanto a isso. Encontro-me em uma guerra comigo mesmo e preciso de ar. Diante disso eu ando para fora do chalé e me encosto na pilastra e fico lá buscando por controle para aliviar minha mente. No momento em que eu ficava assim, fugia para a academia que fica na minha cobertura mesmo. No entanto, aqui não tem, por isso resolvo fazer algumas flexões no chão da varanda mesmo. Necessito me cansar, nem mesmo o tesão que sinto por Eloá e maior que o barulho da minha mente. Nem eu entendo o que me assustou e despertou esse meu descontrole, mas acredito que foi quando ela pediu para dormi com ela. Eu nunca mais dormi com outra mulher depois de...
Peguei trauma de dormi acompanhado. Ou carinho depois do sexo pra mim não dá. Por isso sempre transei no Club, nunca levava mulheres para minha cobertura. No Club Dell’Ângelo tem quartos para todos os gostos e bem, eu já usei quase todos. No momento em que estou exausto eu me sento e olho para a paisagem, a minha frente, as árvores tão verdes. É incrível como isso consegue me acalmar. Quando julgo que estou bem, que não vou pirar, me levanto e vou pra dentro do chalé. Agradeço internamente que Eloá esteja lá em cima. Eu uso o banheiro que tenho na parte de baixo, tomando um banho frio. isso ajuda a diminuir o tesão e a confusão que estou sentindo. Logo que termino, pego uma bermuda que deixo sempre no armário do banheiro e olho para o espelho. Meu reflexo: eu sou um homem feito, não entendo porque sou tão fodido. Eu quero ser diferente, juro que queria ser. Mas é meu jeito. Quando uma pessoa invade meu mundo todo organizado e planejado, bagunça tudo dentro de mim. Dirijo-me pra fora do banheiro e sigo para a sala e então me sento no sofá e resolvo ficar por aqui mesmo e tentar dormir um pouco. Não posso dormir no mesmo quarto com Eloá, espero que ela me perdoe.

               DIA SEGUINTE


Eu acordo todo moído, dormi no sofá, não é muito bom. Não importa o quão confortável ele seja, suponho que sou grande demais para usá-lo como cama. Quando abro meus olhos vejo que já amanheceu e olho para o meu corpo que está coberto por uma manta. Deduzo que Eloá me viu dormindo no sofá e me cobriu. Sento-me e olho para a cozinha e lá está ela, linda, nível máximo, com minha camisa abraçada a seu corpo maravilhoso e cozinhando algo perfeita de mais para foder meu juízo, logo agora de manhã. Vou até onde ela se encontra.
— Bom dia, Eloá.
— bom dia, Corrado. — Ela parece estar envergonhada, não querendo olhar para mim. E parece ainda muito triste.
— Vou ao banheiro e quando eu voltar vamos conversar, ok?
— Sim. — a deixo na cozinha e subo para o meu quarto, escovo meus dentes e tomo um banho. visto uma calça mais formal e uma camisa social. Hoje tenho algumas videoconferências, gosto de estar sempre presentes nas reuniões, mesmo que remotamente. Depois de pronto desço as escadas. Eloá me olha com admiração e desejo.
— Você vai sair?
— Não. Eu tenho algumas reuniões remotas.— Digo e já vou para Perto dela, na bancada da cozinha. — Fez café?
— não, esse eu deixei com você. — ela diz sorrindo. Ainda bem que ela não falou nada sobre eu não ter ido dormir com ela, não saberia como me explicar.
— Certo, vou fazer para gente tomar com...— Olho para um prato — huum. Você fez biscoito de polvilho, não acredito que você sabe fazer.
— Sim, aprendi com minha mãe.— diz triste.
— Certo, estou curioso para experimentar.— rapidamente preparo o café e sentamos a bancada mesmo e então nos servimos. — nossa! Muito bom o biscoito de polvilho. Está maravilhoso!
— que bom que gostou. — ela dá um sorriso contido.
— Sim, muito. Agora me conte, Eloá, porque estava chorando daquele jeito ontem?
— eu já havia te falado que eu praticava Hipismo?
— Sim, uma vez, mas vi que não queria que eu fizesse perguntas, então não fiz.
— eu acredito que nasci com um propósito para meus pais. Desde dos 2 anos que meu pai andava comigo a cavalo. Aos 3 anos eu comecei a  entender e até gostava. Aos 5 anos eu ganhei um pônei. E aos 8 anos eu comecei com os saltos. Com 11 anos já entendia bem sobre adestramento, e assim comecei a participar das primeiras etapas, torneios e campeonatos, às vezes com equipes, às vezes individual. — Ela conta e vejo que está sendo difícil desabafar. Eu fico calado, não querendo interrompê-la deixando que falasse em seu tempo.
— aos 16 anos eu passei a competir oficialmente em campeonatos, torneios e até participei de um jogo olímpico. Estava tudo bem até eu desistir.
— E porque você desistiu? — vi os olhos dela encher de lágrimas e colhi algumas. — Não chore linda! se você não quiser falar, tudo bem. Não suporto te ver chorando.

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