capitulo 12

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ELOÁ GOMES

Dia seguinte

Acordo cedo e faço minha higiene pessoal, depois de arruma meu quarto. E vestir um vestido e uma sandália, cabelos presos em um rabo de cavalo, desço as escadas, todos estão a mesa.
— está melhor minha filha?
— Sim, mamãe.
— estava passando mal Eloá?
— Não era nada papai, acho que andei muito em Estrela ontem e me cansei de mais. — minto, e não sei como meu pai não me reprimiu, já que estou acostumada a viver montando a cavalo.
— tem que se cuidar Eloá, ainda mais se...
Ainda bem que Natalia chegou, para não deixar eu ter a conversa que estou fugindo a dias.
— Cheguei família. Estou vendo que cheguei na melhor hora. — Cheguei família. Estou vendo que cheguei na melhor hora. — ela diz sorrindo
— Sim Natália, sente-se,  e tome café conosco. — minha mãe fala
— muito obrigada Helen,  mas acabei de tomar café em casa antes de vir pra cá.
— já terminei meu café. Vamos lá para o meu quarto Natália. Quero te mostrar uma coisa. — despistei. E então subimos para meu quarto e tranquei a porta.
— agora desembucha amiga. — Natalia fala já se sentando em minha cama e olhando para mim com seriedade. — madruguei em sua casa preocupada, anda comece a falar
— ontem estava chateada porque meus pais começaram a jogar piada sobre as inscrições do campeonato de hipismo.
— eu vi que já começaram mesmo, e já vão começar a seleção.
— E você já sabe que não vou participar
— Sim, e te apoio,  se não é mais seu sonho, não deve seguir só para agradar seus pais, você já é uma mulher,  sabe o que quer. — ela me olha se acomodando em minha cama.
— então, me conta o que aconteceu?
— Como estava chateada saí pra cavalgar, e encontrei Corrado
— espera ai o irmão  bonitão do Dario?
— Sim, esse mesmo.
— continue, vai, conta o que te afligir
— e então ele me chamou para ir até o riacho da fazenda dele, e eu aceitei.
— Até aí tudo bem. Continue
— e eu comecei a falar da minha vida, e eu estava muito triste, e chateada, e deitei minha cabeça no peito dele.
— Você fez o que Eloá? — Ela dá um grito.
— não vou repetir Natália, acho que você não é surda. — falo porque já estou nervosa de mais.
— Eu ouvi,  só não estou acreditando que você, que sempre foi toda tímida, fez um ato tão ousado desse.
— essa não é nem a pior parte
— quer dizer que ainda piora?. Ainda bem que estou sentada continue.
— eu me levantei da pedra que estávamos sentados, e meio que joguei água nele com as mãos.
— A Eloá acho que você ficou doida,  bateu a cabeça foi?.
— e depois disso... eu disse que faria como minha missão fazer ele sorrir, já que nunca tinha visto ele sorrir.
— Continue
— Então eu disse que ele já tinha perdido, e que ele teria que me dar um prêmio.
— o que fizeram com minha amiga Eloá.
— para de me interromper Natalia, e essa cara sua não tá ajudando. — ela estava com os olhos arregalados e com a boca aberta, está certo que nunca tinha agido assim antes mais não e pra tanto.
— tá bom amiga, continue.
— Ele então se levantou e perguntou qual seria meu prêmio e me chamou de garotinha. E eu me irritei e disse para ele não me chamar assim. Que eu era uma mulher. E que eu poderia provar E então ele olhou para mim em desafio e olhando bem dentro dos meus olhos pediu para mim provar que era mesmo uma mulher.
— Aiai... e o que você fez para provar?.— me sentando com os olhos cheio de lágrimas
— Nada amiga. Eu fui uma covarde. Quis ser ousada, porque algo em Corrado me deixa louca, eu quero beijá-lo, eu quero tudo com aquele homem. Meu corpo começou a treme, e meu coração a dispara, e eu amarelei.
— E o que ele falou
— que foi o que ele pensou, que eu não passava de uma garotinha, uma menininha que não sabe de nada...
— Ah eu vou fazer picadinho de Corrado, onde está aquele imbecil. — minha amiga se levanta furiosa.
— A culpada sou eu amiga, e na hora não tive jogo de cintura para ir adiante.
— verdade amiga, você quis mostrar algo que você não estava preparada.
— nem me fala amiga. Eu fiquei com raiva dele e dei um tapa em sua cara, e saí de lá chamando ele de cretino idiota.
— ah não Eloá, você não fez isso.— Ela perguntou morrendo de rir.
— pior que fiz amiga. E agora estou envergonhada. Mas na hora fiquei com ódio dele me chamar de garotinha, eu tenho 22 anos poxa.
— mais acho que é pela idade dele amiga. Ele é bem mais velho que você.
— e eu lá me importo com a idade dele Natália?.
— e porque você não foi até o fim e o beijou então?
— fiquei com medo dele me rejeitar
— mas se ele não se afastou, e perguntou o que você faria, era porque estava ainda mas consciente que você, sua tonta. Ele é vivido,  e antes mesmo de você pensar, ele já calculou tudinho.
— será Natália?.
— Não seja tão inocente Eloá, você que deu mole. era pra ter lascado um beijão nele e aceitado alguns amassos.
— Agora não sei onde vou enfiar a cara quando ver ele. Eu bati no rosto dele amiga, ele deve me odiar.
— haja naturalmente, não faça ainda mais drama, e finja que nada aconteceu.
— Vou evitar Corrado, ou ele vai achar que sou mesmo uma garotinha, e também não sei como desculpar-me.
— Então comece a agir como mulher, e mostre pra ele que não é uma garotinha. E não é batendo na cara dele que você vai consegui, não se bate na cara das pessoas Eloá, se resolve tudo com conversa.
–– eu sei Natália não me faça sentir ainda pior. ele nunca mais vai querer me vê agora.
— Calma amiga nada que o tempo não resolva, vai da tudo certo.
— obrigada por sempre me ouvir.
— amigas são pra essas coisas Eloá. — ela diz me abraçando. — Agora por favor haja naturalmente
— Sei não amiga. Acho melhor desacelerar.
— Você está gostando dele amiga?
— tá tão na cara assim?
— Talvez — diz minha amiga.
— Só toma cuidado pra não se iludir amiga. Se lembre que ele está aqui a passeio, e que já já ele vai embora
— Mais um motivo pra me manter distante amiga, isso só pode terminar de uma maneira. E não vai ser com meu coração inteiro que vou sair.
— faça o que você se sentir bem amiga. Mas seria uma experiência boa.
— nem vem colocando minhocas em minha cabeça Natália.
— Não está mas aqui quem falou. — e assim voltamos a fofocar por horas e me senti um pouco melhor.

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