ELOÁ GOMES
Eu permiti que Corrado me trouxesse para cidade porque percebi que ele estava sendo sincero. Mais me magoei muito com seu jeito de me tratar em sua casa. E jurei pra mim mesma não o procurar nunca mais. Não sou masoquista para gostar de ser humilhada. Eu sou boa até certo ponto, amo ajudar as pessoas. E por sempre vê o bem que observei que Corrado usa do modo sarcástico, ácido e grosseiro para se proteger, para manter as pessoas afastadas. Eu percebo em seu olhar quando ele permite lampejos de tristeza e dor. Alguém o machucou, o tornando o que é hoje Insensível e pra se proteger fere as pessoas. Por esses motivos aceitei a carona que me ofereceu.
- Tudo bem Corrado. - falo sem lhe dirigir o olhar.
- Tem certeza?
- Sim, tenho. - Ele está dirigindo concentrado, mais reparo no aperto que dá no volante.
- Então vai parar de responder com poucas palavras?
- Por que? Pensei que irritasse você, meu falatório.
- Me acostumei com você falando igual uma maritaca. - eu acabo sorrindo.
- Eu não falo tanto assim. - tento soar indignada
- se você está dizendo. - ele da de ombros.
- Não faça isso Corrado
- Não fazer o que Eloá? - ele se fingi de bobo
- você me chamando de Maritaca. Rum.
- Ah! Não é tão ruim assim, Eloá. Elas são falantes e muito inteligentes.
- Sei, você quer que eu acredite que você falou isso para me elogiar.
- em partes, sim. - e parece que posso ver um começo de sorrir em seus lábios. E acabo sorrindo. Afinal, acredito que ele pode ter salvação.
- Você vai fazer alguma coisa na cidade?
- eu só vou ao correio pegar algumas encomendas. Depois estarei a seu dispor.
- muito bom, vou te fazer de meu chofer por um dia. - falo sorrindo e ele só balança a cabeça.
Chegamos a cidade Vale do café e vamos direto para o centro. São pouco mais de 16 mil habitantes, é uma cidadezinha de interior mesmo. Até que desenvolvida. Como o próprio nome da cidade já diz, aqui se tem vários cafeicultores. Mas a maior fazenda de café é a da família de Corrado. Eles seguem comprando as terras dos que querem vender, faltando pouco para serem praticamente donos da cidadezinha, apesar de nunca falarem sobre o assunto a boatos de que a maioria dos negócios da cidade são deles.
- Qual é o primeiro lugar que vamos, Eloá?
- Pagar algumas contas aqui no centro. - eu passei nos lugares que precisava pagar enquanto Corrado me esperava na caminhonete.
Eu notei que ele falava ao telefone quase o tempo todo. Deve ser sobre trabalho. Ele pode até estar aqui, mas está ligado a BH o tempo inteiro. Minha raiva dele até passou um pouco. O coitado está tomando um chá de cadeira.
Às vezes pego ele fazendo umas expressões de entediado e irritado. Eu me afasto para ele não me ver rindo das suas caras e bocas.
Corrado chama a atenção por onde passa. É difícil ele passar sem ser notado e suponho que ele sabe do efeito que causa nas mulheres, mas ignora ou não percebe. Policio-me para não ficar babando por ele.
Eu estou encostada na caminhonete esperando ele ir até o correio. Observando ele de longe, percebo que ele anda como se fosse o dono do mundo todo, exalando poder em cada passada que dá.
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Meu Caminho Até Você
RomanceCEO + VIRGEM + AGEGAP + ENEMIES TO LOVE + SLOW BURN 💔 Um Ceo amargurado com desejo de vingança. ❤️ Uma menina com desejo de viver algo novo. 💔 Um homem endurecido pelo passado. ❤️ Uma menina doce e inocente. 💔 Um homem determinado a nunca se ren...