CORRADO MARTINELLI
Estamos em um restaurante muito bem recomendado. Eu pedi uma sala privativa para nós dois, já que às vezes tenho reuniões de negócios aqui. Além disso, fica perto da empresa. Vejo que minha Eloá está encantada, então pego a mão dela e a beijo.
— Está gostando, minha linda?
— Muito, Corrado. É perfeito aqui. — Ela olha tudo com curiosidade.
— Você teria coragem de vir morar em BH, Eloá? — Pergunto seriamente, com medo da resposta, pois Eloá se tornou tão importante para mim que não quero perdê-la. Vejo seus olhos brilharem.
— Antes, eu acho que teria dito que nunca sairia do Haras. Mas depois de tudo pelo que passei, e depois de te conhecer e passar esses dias maravilhosos com você, percebi que sim, teria coragem de morar aqui. Sabe por quê? — Balanço a cabeça negando, realmente sem saber onde ela quer chegar.
— Porque percebi que minha felicidade está onde você está. E sim, seria feliz aqui, porque estaria perto de você.
— Ah, Eloá, eu jurei que nunca mais iria dizer a palavra "amor" novamente, porque para mim, algumas pessoas a usam de forma vazia. — Digo, segurando a mão dela em cima da mesa e fazendo carinho em círculos. Olho para ela com amor nos olhos para que ela perceba que pertenço a ela.
— Mas eu amo você, amo seu sorriso, amo seu olhar doce, sua personalidade, e amo você por ter feito de mim uma pessoa melhor, uma pessoa que dá valor à vida novamente, que não é só trabalho. — Vejo lágrimas nos olhos dela. — Não chore, meu amor.
— Estou chorando de alegria, Corrado. Você não imagina o quanto sonhei com a gente assim. — Beijo suas lágrimas. E depois beijo seus lábios.
— Você me trouxe de volta, linda. — Falo, e ela me abraça. E assim, esperamos pelo nosso almoço. Quando estávamos na sobremesa Eloá resolveu brincar comigo.
— Quer experimentar? — Ela pergunta, me oferecendo sua sobremesa, um sorvete com bolo.
— Quero. — Eu não sou muito fã de doces, mas adoro vê-la comendo assim. Então ela corta um pedaço.
— Abre a boca. — Eu sorrio e balanço a cabeça, mas faço o que ela pediu. Ela então me deixa experimentar.
— Huummm, muito gostoso. Mas podia ficar melhor, sabe como? — Ela nega com a cabeça.
— Como?
— Assim, oooh! — Eu a puxo e beijo sua boca até deixá-la sem ar, e então sorrimos afetados.
— Vamos para casa, amor? — Ela confirma com a cabeça, e então eu pago a conta e saímos de mãos dadas.
Estávamos caminhando pela calçada. O lugar em que estamos é bem tranquilo, mas não deixo de sair com meus seguranças, especialmente tendo uma ameaça em meu encalço. A segurança foi redobrada tanto na minha cobertura quanto na empresa. Mesmo assim, precisei passar na joalheria. Eu pedi a um dos maiores joalheiros do Brasil que fizesse um par de brincos, um colar e um anel para minha Eloá. Eu não contei a ela sobre isso, pois sei que ela os rejeitaria.— Amor, tenho que passar na joalheria. Você quer vir comigo? — perguntei.
— Sim, amor.
— Quer olhar alguma joia? Sabe que posso te dar qualquer coisa que quiser.
— Não, Corrado, estou satisfeita. — ela sorriu para mim e eu beijei sua mão. Então, entramos na joalheria Gusmão. Ela pertence a eles desde quando meu pai ergueu a empresa Martinelli. Eles são amigos da nossa família há anos. A loja tem um ar sofisticado, com vários relógios, colares, pulseiras e brincos expostos. Isso chamou a atenção de Eloá, que permaneceu entretida com as joias, enquanto eu sorria para ela e analisava as vitrines. Carol se aproximou sorrateiramente de mim.
— Boa tarde, Corrado. Tudo bem? — ela me abraçou. Ela sabe que não gosto de contato físico, mas ela não se importa e não faz por mal. Ela faz isso com todos. No entanto, Eloá não gostou muito que ela me abraçasse. Eu percebi isso pelo olhar dela.
— Boa tarde, Carol. Quero que conheça minha namorada. Eloá, essa é uma amiga da família Carol. — Eloá pegou a mão que Carol estendeu para ela e sorriu forçadamente. Eu tive vontade de sorrir, mas me segurei.
— Olá, Carol. — Eloá disse e se aproximou de mim, segurando meu braço para mostrar que sua insegurança era sem fundamento. Eu beijei seus lábios rapidamente e ela olhou para meus olhos, confusa. Eu sorri para ela. Carol se afastou e acredito que foi buscar as joias que eu tinha encomendado há dias. Eloá continuou olhando para as vitrines, enquanto eu olhava alguns e-mails.
Quando vi Carol, segui até o balcão onde ela me esperava. Ela sorriu para mim.
— Sua garota é muito bonita, Corrado. Mas parece ser ciumenta. É estranho, considerando que você nunca foi fã de mulheres grudentas. — eu acabo sorrindo da sua fala. Carol é uma loira bonita, alta, corpo escultural, rosto marcante e submissa, mas não chega aos pés da minha Eloá.
— Acredito que as preferências podem mudar. E a Eloá é jovem ainda. Com o tempo, ela vai amadurecer e perceber que, bem, eu só tenho olhos para ela. — Carol solta um chiado de desaprovação. Nossas famílias pensaram por um tempo que poderíamos ser um casal. Já eu nunca nem cogitei a ideia.
— Nem comece, Carol. E as joias? Ficaram prontas?
— Sim, estão aqui. Coloquei cada uma em suas respectivas caixinhas. Eu sei que você pretende dar uma por uma. — Ela sorri e pisca o olho para mim.
— Certo, obrigado pela ajuda. Estou te devendo essa. — Ela passa a mão em meus braços. Eu lanço um olhar de reprovação a ela, que se encolhe.
— Desculpa, força do hábito. — Eu percebo que o tempo todo Eloá estava nos encarando. Vejo decepção em seu olhar, e isso me desestabiliza.
— Que isso não se repita, Carol. — Pego as sacolas e saio da frente de Carol depois de pagar.
— Vamos, amor? — Ela me olha com o olhar desconfiado. Mas não deixo que Carol atrapalhe nosso relacionamento. Já chega a peste da Vilma. Pego suas mãos e a levo aos meus lábios. E depois, beijo seus lábios, e saímos da joalheria juntos.
— Por que aquela mulher parecia ter tanta intimidade com você? — Eu entendo que Carol ainda não aprendeu seu lugar e às vezes extrapola. Não quero falar do meu passado e entrar em detalhes de caos.
— Ela é uma amiga da família, amor. Nossos pais se conheceram quando estavam solidificando seus negócios e criaram uma amizade. — Ela não pareceu acreditar muito. Eu só estive com Carol duas vezes e mesmo assim foi no clube, algo sem importância alguma para mim.
— Hum. — É o que ela diz.
— Amor, você sabe que te amo. Acabei de me declarar para você, fui sincero, não preciso de mais ninguém em minha vida, só de você. — Reafirmo meus sentimentos. Depois de um tempo, ela parece com o humor um pouco melhor.
— O que você comprou, Corrado?
— Comprei um presente para você.
— Outro? Você me deu tantos presentes nos últimos dias, roupas, acessórios. Não sei como vou levar tudo isso para casa.
— Você pode deixar algumas coisas aqui. Ou melhor, você nem precisa ir embora, pode ficar aqui comigo de vez. — Falo, vejo que ela para de andar e olha nos meus olhos, parecendo surpresa pelo que eu disse. Até mesmo eu me surpreendo com a vontade que tenho de ficar sempre perto de Eloá.
— Está falando sério?
— Claro, meu amor. — Digo, beijando sua mão.
O carro estava nos esperando, então entramos e Carlos nos levou de volta para a cobertura. Eloá ficou pensativa durante todo o caminho de volta para casa. Eu sei que ela tem medo de dar um passo tão grande assim, mas espero que com o tempo ela possa ver que meus sentimentos por ela são sinceros.
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Meu Caminho Até Você
RomanceCEO + VIRGEM + AGEGAP + ENEMIES TO LOVE + SLOW BURN 💔 Um Ceo amargurado com desejo de vingança. ❤️ Uma menina com desejo de viver algo novo. 💔 Um homem endurecido pelo passado. ❤️ Uma menina doce e inocente. 💔 Um homem determinado a nunca se ren...