capitulo 8

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CORRADO MARTINELLI

- Como assim Homens como você?. - Essa voz doce, e o perfume suave, está me deixando louco, não era nem para ter me aproximado dessa menina. Mas, a algo em Eloá que me atrai, sei que é perigoso, mas quase impossível de se evitar. Esses olhos tão inocentes e curiosos, e os lábios carnudos e rosados, que inocentemente ela leva a língua para molhá-los, queria por meus dedos neles para sentir sua suavidade, puta que pariu, estou ficando duro olhando para essa menina. A vontade que tenho, de falar como gostaria de Foder ela é grande. Mas desvio meu olhar da boca dela ou faria uma loucura, fecho minha mão em punho no meu bolso. E me controlo e digo.


- Acabei falando mais que devia menina. Porque esta aqui no escuro? Você veio sozinha? -mudo de assunto, me afastando, e mantendo uma distancia segura, pra não fazer merda. Chamo ela de menina, para vê se eu acordo, sou muito mais velho que ela, tenho que ter em mente isso, antes de pensar em Fode-la, não se faz isso com garotas tão inocentes como ela. Pigarreando ela diz


- Não Corrado, estou aqui com minha irmã e uma amiga. - meu nome em sua boquinha saiu tão lindo, como sairia meu nome enquanto eu... tento evitar pensamentos impróprios.


- Certo, porquê quis se isolar aqui, e não foi aproveitar a festa? As suas amigas devem está se divertindo.- tento parti para um assunto seguro.


- Eu gosto de ficar sozinha. Natália e Laura nunca entende minha necessidade de me esconder. Mas a verdade é que não sei me divertir.


- como assim? Você não vai a festas? ou qualquer comemoração que seja?


- não, minha vida se resume a cuidar do Haras.


- não se deve viver assim Eloá, você é tão jovem, tem um mundo de oportunidades, e pessoas para se conhecer. Não se prenda só no haras.


- minha amiga sempre fala quase a mesma coisa que você, que deveria curti a vida, e que o tempo não para. - ela fala desviando os olhos dos meus, olhando para onde está acontecendo a festa.


- e está certa, o tempo não nos espera.


- E Você, se diverte muito? Porque estar aqui escondido também. - fala com a boca atrevida. eu que não ia falar que estou evitando ver Ana, minha mãe e eu, no mesmo lugar poderia resultar em uma explosão do meu temperamento, com sua falsa bondade comigo, mas também, esse tipo de festa não me agrada, sou mais a festa onde se pode pegar uma, ou duas mulheres por vez. Em vez de dizer qualquer uma dessas frases digo;


- Não gosto de ser o centro das atenções.


- Você seria mesmo, porque acho que todos estão aqui curiosos para ver você.


- Porque acha isso?.- Pergunto e vejo ela sorrindo.


- não é sempre que a vizinhança toda e até algumas pessoas da cidade vem para este tipo de festa.


- essa é uma das coisas que não gosto das cidades pequenas


- o quê? a curiosidade das pessoas?. - ela fala olhando em meus olhos, e desce os olhos para minha boca, me deixando com desejo de beijá-la.


- não. E sim a rede de fofoca. Todos sabem de tudo, e de todo mundo. Não se tem privacidade.


- verdade, e nós dois aqui sozinhos. vamos dar e muito combustível para eles falarem. - ela fala continuando olhando para meus lábios, porra menina, você quer foder com meu juízo.


- E você não está com medo, de amanhã se tornar assunto por toda essas pessoas?.- Pergunto olhando para seu corpo, imaginando coisas nada inocentes.


- Não. nenhum pouco de medo. - diz e se aproxima, eu não me afasto, e ela levanta a cabeça olhando para mim de perto, eu me aproximo um pouco mais, ficando novamente quase com os corpos colados um no outro, vejo seu peito subir e descer com uma respiração ofegante.


- tem certeza que não tem medo Eloá?. - Pergunto com a voz rouca, olhando para seus lábios carnudos, e muito beijáveis. será que se eu enfiasse minhas mãos em seus cabelos, e agarrasse sua cintura, ela permitiria que eu a beijasse?.


- não de jeito nenhum.- Diz em um sussurro, e quando ela vai colocar a mão em meu peito, que estou a ponto de segurar em sua cintura... Aparece alguém falando ao celular, Jogando um balde de água fria em nós.


- encontrei ela Laura, pode ficar despreocupada... sim menina, ela está mais que bem, pelo que vejo aqui. - diz a moça, fazendo com que Eloá se afaste de mim, e eu coloque minhas mãos nos bolsos, Eloá esta com a bochecha vermelha, acredito que de vergonha.


- Natalia, isso é jeito de falar perto do Corrado?. - Diz envergonhada.


- nossa então esse é o nome do bonitão que cuidou da minha amiga. Muito obrigado Corrado. - balanço a cabeça, não vou entrar no meio disso.


- Acho que você bebeu demais, né Natália.


- Sim amiga, talvez eu bebi um pouquinho demais. - fala mostrando com os dedos o tanto, e rindo da própria fala.


- Só um pouquinho Natália? Você está totalmente sem filtro. - fala Eloá com o rosto franzido, olhando para a amiga que se apoia nela.


- eu acho que sou sempre assim Eloá. - ela fala gargalhando. E então Eloá olha para mim com pedido de desculpas.


- Corrado vou ter que ir cuidar da minha amiga, e procurar por minha irmã, que não deve está melhor que ela, então a gente vai se falando por aí. Foi muito bom conversar com você, tenha uma boa noite.


- Ok, boa noite. - foi o que disse, e vi as duas se afastando.


Eu permaneço onde estou. Com os pensamentos ainda no que quase aconteceu aqui. Eu nunca me deixei ser seduzido por uma menina. E essa menina atrevida não fez nada para me enredar, e mesmo assim eu a desejei, e quase a beijo. Acho que estou ficando velho. Sigo para um banco que tem aqui perto, onde estava sentado antes dessa pequena traiçoeira aparecer, pego uma bebida e continuo ali, bem distante de toda aquela bagunça.


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