ELOÁ GOMES
Eu fiquei mais de 35 dias sem ver Corrado, e vê-lo transtornado daquela forma não estava nos meus planos. Eu me afastei um pouco de todos e olhei para o redondel, onde um cavalo corria livremente. Me perguntei por que ninguém me disse nada, eu não sabia que Walter tinha traído Corrado com a noiva. Ele se sentia traído por mim, como se tivesse me contado algo. Eu olhei para o carro dele, que corria em alta velocidade para fora do Haras, e ele levou um pedaço do meu coração com ele. Ficou apenas um vazio. Quando teremos paz? Quando esse passado vai parar de atrapalhar nossas vidas?
Ele estava tão frio comigo, me direcionou um olhar de ódio, dor e decepção. Sei que só piorei a situação ao dar-lhe um tapa no rosto, mas queria que ele me respeitasse e não me humilhasse daquela forma. Sei que ele estava se sentindo traído, mas isso não dá o direito dele ser cruel comigo daquela forma. Estou tão confusa. Me viro e vou para perto de Paolo, que está falando ao celular, buscando respostas.
— Paolo, o que aconteceu aqui? — Paolo me pediu para esperar e me virei para o primo deles.
— Walter?
— Você é namorada do Corrado e não sabe? — ele falou com desdém, me pegando de surpresa. Já irritada com tudo o que está acontecendo, acabei respondendo mal a ele.
— Se soubesse, não estaria te perguntando. — respondi irritada.
— Eu sou o cara que pegou a noiva dele, sou o primo também, e o responsável por ele odiar a mãe dele. — toda essa história para mim é tão surreal, eu ainda não acredito que um ser humano pode fazer outro sofrer assim, por nada.
— O que você está fazendo aqui, Walter? — perguntou Paolo. Walter não falou nada, só passou a mão atrás da nuca.
— Você arruinou a vida do meu irmão Walter. Você sabe o quão quebrado Corrado ficou depois daquele dia? Você sabe o quanto de ajuda ele precisou? Ele se afundou em um poço sem fundo, e quase perdi meu irmão para a bebida. — eu não sabia dessa parte, acho que só conhecia a ponta do iceberg. Não sabia que Corrado tinha ficado tão mal assim, ele me contou superficialmente, não entrou em detalhes, e essa descoberta me deixa triste.
— Você sabe que sempre tentei saber dele, sempre estive por perto, mesmo invisível. Acha que quem o encontrou naquele bar de esquina em BH onde ele foi assaltado? Fui eu. Eu o encontrei, levei-o para casa e chamei Jana. E me culpo todos os dias da minha vida. — fala Walter alterado, e vejo que não conheço nenhuma das dores de Corrado. Parece que ele foi ao fundo do poço. Não queria que ele tivesse sofrido assim.
— Pensa que é fácil viver com a destruição de uma família nas costas? Não é. Como eu me amaldiçoo todos os dias. Não tenho paz, não consigo viver, sem saber que Corrado odeia a própria mãe, que ele a despreza. Logo ele, que amava tanto Ana, que falava que sua mãe era o centro do seu universo, que a adorava, e eu destruí tudo. Sabe o que é pior em tudo isso, Paolo? Ele tem razão em me culpar. Eu sabia de todos os seus sonhos, cada um. Sabia de todos os seus desejos, e os sentimentos que ele tinha por Manu. Sabia que ele nunca a traiu, que ele é correto com as suas coisas e tem princípios. Sabia de tudo e mesmo assim, destruí tudo. E no meio disso tudo, eu também me destruí, porque naquele dia, uma parte de mim morreu. — são tantas revelações que meus olhos se encheram de lágrimas. A dor de Walter é tão visível, o desespero e a culpa. Mas não sinto pena dele, porque é culpa dele que Corrado esteja tão machucado. Eu sofro por Corrado, que ficou tão machucado por causa desse dia. Não quero nem imaginar o quão traumático deve ter sido.
— Alguém sabe para onde ele foi? Precisamos ir até ele e saber como ele está. — perguntei olhando para Paolo, precisando de respostas. Preciso saber que ele ficará bem.
— Quando ele some assim, só Ângelo sabe onde encontrá-lo. E Ângelo disse que vai até ele, mas não disse onde. Ele entrará em contato quando o encontrar. — não acho isso justo.
Deveríamos saber onde ele está.
Sento-me no chão e choro, porque não sei mais o que fazer.
Estar com Corrado é carregar bagagens enormes nos ombros. E ter que ficar esperando seu tempo.
Sinto tanto por ele. Vejo quando Walter senta ao chão também, mais distante de mim. Paolo já senta mais próximo e ficamos ali em silêncio.
— Acho que o que tínhamos acabou, Paolo. Sempre tive medo que Corrado se afastasse de mim, mas acredito que essa foi a gota d’água. Depois que vim embora, ele demorou a me deixar se aproximar e agora isso... Não suporto seu desprezo nem frieza.
— Não acho. Ele só está com a cabeça quente. Você nem sabia que Walter era quem ele odiava. — tomara que Paolo esteja certo, porque tudo que mais quero é estar nos braços do meu amor.
— Nem imaginava mesmo. E até agora não entendi nada. — falo olhando para a porta de casa onde meus pais estão a uma certa distancia, mas creio que eles conseguem ouvir tudo o que é falado aqui. Eu queria saber o que aconteceu, qual é a história. Por que Walter fez seu primo sofrer tanto assim? Por que traíram e o machucaram tanto? Isso não se faz...
— Você deve estar se perguntando o porquê de Corrado estar assim. Por que eu fiz o que fiz? Ele só falou aquelas coisas com você porque pensa que você traiu a confiança dele, ele só enxergou o passado quando me viu perto de você. Mas vou te contar o que realmente aconteceu. — ele sorri triste. — A verdade nua e crua. — Walter fica em silêncio por um tempo antes de começar a falar:
— Eu conheci Manuela quando ela tinha 17 anos e eu tinha 26. Eu frequentava a casa dela por causa das encomendas da fazenda Martinelli, que vendia tudo que precisávamos na época, desde milho para plantar a muda de café e outros itens. Então sempre ia lá e conversávamos até que um dia ela me beijou e disse que gostava de mim. Ela já tinha feito 18 anos nessa época. Os pais dela nos pegaram e, achando que eu não passava de um faz tudo, não permitiram nosso namoro, dizendo que eu era pobre demais. Com isso, eu fui embora do país. Alguns anos depois, quando voltei, fui surpreendido com Manu namorando Corrado. Corrado havia acabado de voltar ao país com Paolo e não sabia de nada. Eles estavam juntos há cerca de um ano quando eu apareci e, sem querer, voltei a ter amizade com Manu, já que vivia com Corrado. Ele queria realizar o sonho de ser CEO, mas queria levar Manu com ele. Ela não pôde ir porque estava cursando a faculdade que conquistou com muito custo. Corrado queria desistir, mas acabou indo por insistência de Francesco, que queria ver o filho mais velho em seu lugar. No começo, ele vinha todo fim de semana, depois a cada 15 dias e, finalmente, uma vez por mês. Foi nessa época que comecei a me aproximar de Manu, para ajudá-la. Eu morava próximo dela, a acompanhava para ir à faculdade e, quando chovia, dormia com ela e assistíamos a seriados juntos. No dia do aniversário dela, Corrado não ligou nem apareceu, e Manu ficou arrasada. Eu falei com Corrado, que disse que estava em uma viagem de negócios e que não podia ligar, mas pediu que comprasse um bolo e levasse para ela. Ele comprou flores e chocolates, não esqueceu, só não apareceu nem ligou. Manu chorou a noite toda e fiquei ao lado dela, a consolando. Depois, assistimos séries e filmes e dormimos no chão da sala. Corrado apareceu dois meses depois, e eles planejaram a noite de núpcias e onde passariam a lua de mel. Eu ouvi tudo, vi ele a beijar e tocar Manu, até quando foram para o quarto. Aquilo me destruiu, porque percebi que estava apaixonado pela mulher do meu primo. — Ele parou um pouco de falar e olhou para longe.
— Eu me assustei com aquela descoberta sobre meus sentimentos, porque senti ciúmes do meu primo com a noiva dele. Percebe o grau da loucura? Me isolei em outra cidade, não aceitava ligações nem mensagens dela, só falava com Corrado. Fiquei sem notícias de Manu por mais de dois meses, até que ela descobriu onde eu estava por meio da tia Ana. Ela chegou lá chorando, falando como sentia minha falta, sobre Corrado não ter aparecido e que eu não podia abandoná-la. — Walter parou e eu vi que ele pegou um pingente com a letra M e apertou-o forte em suas mãos.
— Eu me declarei para ela, disse que não podia ser apenas amigo dela porque a amava demais para vê-la sofrendo por Corrado. Ela ficou confusa, eu estava meio alterado devido à bebida, a beijei e ela retribuiu. Passamos a noite juntos. Quando acordei, ela não estava mais na cama... — Ele parou e olhou para longe, parecendo ausente.
— Eu corri e contei para tia Ana. Eu queria ligar para Corrado e contar que tinha ficado com Manu, que a amava, mas minha tia disse que isso faria mal para Corrado e que deveria falar pessoalmente e com calma. Um mês depois, quando ele chegou, eu ia falar com ele. Ele veio falando que tinha comprado uma cobertura para eles morarem e que tinha montado um escritório para Manuela. Eu vi a merda que tinha feito com meu primo, que ele não merecia o que fizemos com ele, não quando ele só pensava no futuro em dar algo melhor para sua noiva, e eu tinha ferrado tudo. Covarde, me afastei de todos. Faltando 20 dias para o casamento, Corrado apareceu e fizeram uma festa grandiosa. Ele veio com flores e o carro pronto para partirem, eu ajudei em tudo, mas sua mãe estava lá também. Então, ele se declarou para Manu em um discurso lindo, até ficar de joelhos ele ficou e entregou as joias para ela. Lembro como se fosse hoje, eram rubis vermelhos, os que ela mais amava. Eu apenas baixei a cabeça em culpa. Havia muitas pessoas na festa e todas presenciaram a humilhação do Corrado, todas ouviram Manu confessando que havia traído ele comigo. Ele não acreditou, achou que era uma pegadinha. Ele perguntou à mãe dele, que o olhou com culpa, Manu tentou explicar o inexplicável, dizendo que ele se afastou muito dela, Corrado ficou muito revoltado. Eu disse que a culpa era minha, que a seduzi e me apaixonei por ela... — Não sei se perdoaria Ana também no lugar de Corrado. Apesar dela ser mãe dele, é difícil, quando se é traído dessa maneira. Sinto tanta dor por Corrado, meu coração está ferido, me sinto vazia só por ouvir, lágrimas escorrem dos meus olhos.
— Ele então xingou Manu de puta e me xingou de tudo que foi nome. Eu merecia cada palavra, então aceitei todos os insultos, mas não gostei que ele ofendesse Manu. Paolo me alertou para não defendê-la porque Corrado poderia ficar pior, então engoli as palavras. Corrado chorava muito e estava louco e desesperado. Ele ainda estava ajoelhado quando sua mãe revelou a ele que sabia de tudo. Foi ali que vi Corrado se quebrando. Ali ele se perdeu, porque a mãe dele tinha viajado com ele sabendo de tudo, tinha comprado joias e feito reservas nos hotéis. Tinha passado dias com ele e não falou nada. Ele colocou a cabeça no chão e eu me aproximei dele, também chorando, porque meu primo estava se perdendo em sua dor. Eu expliquei que não foi algo premeditado, que aconteceu. Ele se levantou e bem, me espancou e eu deixei. Aceitei cada chute, cada soco, cada porrada, e não revidei uma só vez. Até porque, como iria revidar sendo que causei tanta dor e sofrimento a Corrado? Pra mim, aquilo era minha punição, pra quem sabe assim, um de nós dois se sentisse bem depois. Eu estava perdendo a consciência quando tia Ana gritou para segurarem Corrado, ou ele seria preso por me matar. — Walter acabou de relatar. E eu não digo nada, não quando não consigo encontrar palavras para expressar o que estou sentindo. Corrado não merecia sofrer assim. Eu só consigo chorar, só queria estar agarrada a ele. Paolo então começa a falar:
— Então, meu pai e eu seguramos Corrado. Ele chorando e revoltado disse que odiaria Manu e Ana para sempre, e disse que os três mereciam sofrer o dobro do que ele estava sofrendo. Ele ameaçou Manu para sumir da frente dele ou ele não responderia por si mesmo. E para Walter nunca mais pisar nas terras dele ou ele iria terminar o que começou. Disse para nossa mãe esquecer que ele era filho dela, que ele tinha morrido naquela noite para todos, que aquilo não se fazia, não se engana uma pessoa daquela forma, e quis saber por que não falaram com ele antes, por que deixaram chegar àquele ponto, por que quiseram humilhá-lo na frente de todos. Ele estava tão arrasado se perguntando o que tinha feito para ser traído daquela forma. Ele estava arrasado, quebrado, destruído, perdido. Ele agarrou a mim e a nosso pai chorando e se perguntando por quê. Acabei chorando com ele, porque a dor dele era muito grande.
Eu estou chorando tanto, minha alma está em pedaços com esse relato de Paolo. Coitado do meu Corrado.
Agora eu te entendo, amor.
Entendo por que se afastou tanto, por que lutou para não se entregar, por que não me queria por perto. Mas nunca vou feri-lo. Aperto forte meu pingente tentando sentir ele, tentando buscar força em Corrado, mesmo que ele esteja longe.
— Depois de um momento, ele parou de chorar e limpou suas lágrimas. Ele tirou a poeira de suas roupas e seu olhar estava vazio. Algo dentro dele se partiu ali, e ele estava irreconhecível. Parecia sem vida. Ele pegou o carro e saiu em alta velocidade sem dizer uma palavra a ninguém. Ele desapareceu por três semanas e, quando voltou, não era mais o mesmo. Ele vivia fechado em sua concha impenetrável, bebia muito e, às vezes, tínhamos que buscá-lo em bares sem sua carteira e sem saber onde estava o carro. Papai e eu tivemos uma conversa séria com ele e, com dificuldade, ele procurou ajuda profissional e, aos poucos, superou a escuridão que o havia agarrado. Mas demorou. Por um tempo, pensei que havia perdido meu irmão para sempre. Ele nunca mais foi o mesmo. — disse Paolo, triste e distante. Eu estava com os olhos embaçados de lágrimas até que ele olhou para mim.
— Até você chegar. Você apareceu e trouxe um pouco do que Corrado era antes. Aos poucos, Eloá, você trouxe meu irmão de volta ao que ele era. Ele sorri mais, tem conversas descontraídas e, por sua causa, ele não espancou nosso primo até a morte. — revelou Paolo. Tanta coisa para digerir, tanta revelação. Tentei enxugar minhas lágrimas e respirar fundo, mas uma coisa era certa: eu lutaria pelo meu Corrado. Não o deixaria se perder novamente, não quando o amava tanto. Queria mostrar que era diferente, que não o usaria.
— E você, Walter, ficou com a tal Manu? — pergunto em tom acusatório, porque pessoas que causam sofrimento a inocentes não merecem ser felizes.
— Não. Depois que saímos da casa da tia Ana, Manu me levou ao hospital e, depois, nós dois nos sentamos e chegamos a um consenso de que nunca seríamos felizes com a infelicidade de Corrado. Sabíamos que sempre seríamos assolados pela tristeza e dor que causamos a ele e que vimos em seus olhos. O sofrimento de Corrado por nossas traições nos assombraria para sempre. Então, com muita dor, choro e tristeza, decidimos que seguiríamos nossos próprios caminhos separados, mesmo nos amando muito. Eu sabia que Manu também amava Corrado. Só sei que no meio de tudo isso, saíram três corações quebrados, três pessoas que se machucaram tanto que acho que nunca vão se cicatrizar. Até hoje, tenho pesadelos com aquela noite, me culpo. Já tentei tantas vezes fazer a dor parar, mas nada faz passar. Me sinto vazio, morto. — ele olha para frente e se perde em pensamentos até olhar para Paolo. Eu não sinto nada com o relato de Walter. Para mim, todo o sofrimento dele é pouco, e Deus me perdoe se eu estiver muito ressentida, mas não tem como não me compadecer pelo sofrimento de Corrado.
— Eloá, Corrado precisa de você. Não deixe que o que aconteceu aqui o destrua. Da última vez, ele se autodestruiu, afundando-se em um lamaçal de dor e sofrimento, afogando-se em bebidas e escuridão. Não deixe que isso aconteça novamente, não quando você o ama. Não desista dele. Tente encontrá-lo. Vocês precisam trazê-lo de volta. — pediu Walter, tudo isso é surreal e demais para qualquer um. Estou com excesso de informação na cabeça. Isso tudo me deu um cansaço mental. Eu olho para Paolo. Ele está com a cabeça entre as mãos.
— Paolo, por favor, encontre Corrado. Não podemos deixá-lo sozinho. Não sabemos o que ele está pensando. Quero estar perto dele. Preciso estar perto dele. Só assim conseguirei encontrar um pouco de paz depois de tudo o que ouvi. — implorei ao único que poderia achá-lo.
— Vou fazer tudo o que puder para convencer Ângelo a me dizer onde ele está, Eloá. — Paolo respondeu, enquanto eu balançava a cabeça e olhava para Walter, que ainda parecia perdido em seus pensamentos, segurando o pingente.
— Eu... eu realmente fiquei abalada com tudo o que ouvi. Agora sei o que Corrado sentiu. Só de ouvir você, acho que consegui sentir um mínimo da dor que Corrado sentiu. Estou com o coração doendo, um grande desespero imaginando como ele deve ter se sentido perdido e sozinho, já que as pessoas que ele mais amava e confiava o traíram. Fico pensando em quem o socorreu, ou se ele teve que colar seus cacos sozinho, ou se foi por isso que ele se enfiou nas bebidas. Enfim, estou muito comovida e sofrendo por Corrado e sua dor. E sinceramente, não sei se vocês merecem perdão, pois não se fazem esse tipo de coisa com quem amamos, mas espero que um dia Corrado consiga perdoar vocês, porque só assim poderemos seguir em frente. Agora, se me dão licença... — Virei minhas costas, chorando, para tentar aliviar essa dor que estava sentindo e pegar meu celular para tentar falar com Corrado.
Quando entro em casa, minha mãe e meu pai me olham com um pedido de desculpas estampado no rosto.
— Não queria que Corrado encontrasse Walter aqui. Sinto muito, filha. Eu só estava muito agradecido a Walter por ter salvado João.
— Eu sei, papai. — Vou passando para meu quarto quando paro e olho para eles.
— Vocês sabiam do que tinha acontecido com Corrado? — pergunto querendo respostas.
— Não, filha. Nós ouvimos boatos, mas não estávamos presentes no dia. E não sabíamos da dimensão dessa história toda. Estamos tão abalados quanto você. — Eu sabia que meus pais ouviram a discussão, mas não se intrometeram, até porque Paolo estava presente.
— Ok, vou para meu quarto. — Saio de lá e entro em meu quarto. Vou para o banheiro, tiro minhas roupas e tomo um banho tentando me acalmar. Quando termino, me deito em minha cama e tento ligar para Corrado. Só dá caixa postal. Eu mando uma mensagem de texto:
Eu: Meu amor, sei que você precisa de um tempo sozinho, mas acho que não deveria se esconder de mim quando você diz que sou tão importante para você. No primeiro problema, você se fecha em sua concha, deixando-me de fora. Quando amamos, dividimos os problemas. Eu não sabia sobre Walter, senão nunca teria nem lhe dirigido uma palavra. Enfim, espero que você esteja bem. Te amo muito.
Envio a mensagem e aguardo que, quando ele estiver com a cabeça mais tranquila, ligue para mim ou me procure. Espero ser um pouco maior que o ódio que ele sente por quem o machucou. E pensando nele, adormeço.
💔💔💔NOTA DA AUTORA:
ENTÃO MEUS LEITORES, QUERO SABER O QUE ACHARAM DESSE CAPÍTULO??
Walter quer que eu conte sua história. Vocês topam ler sobre ele?
Ele insiste em querer contar sua história, e eu sinto que tenho que escrevê-la.
Espero que este capítulo tenha mexido com vocês, assim como mexeu comigo.
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Meu Caminho Até Você
عاطفيةCEO + VIRGEM + AGEGAP + ENEMIES TO LOVE + SLOW BURN 💔 Um Ceo amargurado com desejo de vingança. ❤️ Uma menina com desejo de viver algo novo. 💔 Um homem endurecido pelo passado. ❤️ Uma menina doce e inocente. 💔 Um homem determinado a nunca se ren...